Atentado contra Trump deixa o Serviço Secreto na berlinda

Donald Trump e Joe Biden elogiaram publicamente ao Serviço Secreto por ter agido rapidamente para tirar o ex-presidente do comício onde ele sofreu um atentado na tarde de sábado. Agora, porém, as circunstâncias do ataque estão expondo a críticas os agentes responsáveis pela segurança do republicano, que tem direito a uma guarda pessoal na condição de ex-ocupante da Casa Branca e de candidato à presidência. O principal questionamento é sobre como Thomas Matthew Crooks, apontado como autor dos disparos, conseguiu acesso ao telhado de um prédio a apenas 140 metros do local onde Trump discursava. A alegação de que o edifício estava fora do perímetro de segurança também foi mal recebida, uma vez que um fuzil to tipo AR como o usado pelo atirador tem um alcance de grande precisão a até 400 metros. Deputados republicanos falam em abrir uma investigação sobre as possíveis falhas dos agentes. (CNN)

Argentina vai vender dólares no mercado paralelo de câmbio

A partir de amanhã, o Banco Central da Argentina vai vender dólares americanos nos mercados de câmbio paralelos do país. A medida foi definida pelo ministro da Economia, Luis Caputo, como “um aprofundamento do arcabouço monetário”. O objetivo é de conter a diferença entre a taxa de câmbio oficial e as paralelas no mercado argentino. Para se ter uma ideia, a taxa oficial do peso é de 919 por dólar, mas uma das principais taxas paralelas fechou a sexta-feira em 1.405 por dólar. O ministro está com o presidente Javier Milei na Conferência de Sun Valley em Idaho. Ele disse que a autoridade monetária venderá dólares em um dos mercados paralelos de câmbio, conhecido como “contado con liquidacion”. E os bancos venderão, a partir de quarta-feira, dia 17, ao banco central suas opções de venda, garantias que a autoridade monetária havia fornecido para recomprar notas se elas caíssem abaixo de um certo preço. Mas Caputo não ofereceu maiores detalhes de como isso vai funcionar. (Folha)

Morre o jornalista Sérgio Cabral, fundador do ‘Pasquim’

Jornalista, escritor, compositor, pesquisador musical, político bissexto e acima de tudo um apaixonado pela cultura brasileira. Esse era Sérgio Cabral, que morreu na manhã deste domingo no Rio de Janeiro, onde estava internado. A notícia foi dada nas redes sociais pelo filho dele, o ex-governador Sérgio Cabral Filho, que não informou a causa da morte. O jornalista sofria há anos com a doença de Alzheimer. Nascido no subúrbio de Cascadura, ele começou a carreira aos 20 anos no Diário da Noite, mas se notabilizou ao escrever sobre música, em particular sobre samba, no Jornal do Brasil. “Trabalho com o samba. Trabalho e gosto. Com o samba, com a música popular, com o futebol. Com as coisas bem cariocas”, disse nos anos 1980. Em 1969, foi um dos fundadores do Pasquim, junto com Tarso de Castro e Jaguar, o que lhe custou algumas passagens pelas prisões da ditadura. Escreveu mais de 20 livros, incluindo biografias de nomes como Nara Leão, Tom Jobim e Pixinguinha. Na política, foi vereador no Rio pelo PMDB entre 1983 e 1993. (g1)

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Edição extra: Donald Trump sofre atentado nos EUA

Ex-presidente dos EUA e candidato republicano à Casa Branca estava em comício na Pensilvânia quando tiros foram disparados. Uma pessoa morreu, duas ficaram feridas gravemente e o atirador foi morto. Trump teve um leve ferimento na orelha e passa bem. Para analistas, o atentado priva os Democratas, ao menos temporariamente, de sua principal plataforma: a de atacar pessoalmente a falta de moral do republicano.

Trump sofre atentado, mas está bem; suposto atirador e outra pessoa morreram

O ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia na noite deste sábado, mas, segundo seus assessores, passa bem. Ele discursava para uma plateia de apoiadores na cidade de Butler quando diversos disparos foram ouvidos. Trump levou a mão à orelha direita e abaixou-se, sendo cercado em seguida por agentes do Serviço Secreto que fazem sua segurança, enquanto a multidão gritava e estampidos continuaram a soar (veja o momento aos 8’30’’ deste vídeo da PBS). Em seguida, os agentes o retiraram do palanque, mas o ex-presidente, com sangue no rosto, ainda levantou o punho para a plateia, aparentemente indicando estar bem. Um porta-voz do serviço secreto, Anthony Guglielmi, disse que Trump estava “em segurança” após “um incidente acontecer” durante o comício. A equipe do ex-presidente publicou uma nota no X informando que ele está “bem e passando por exames médicos em um hospital” e agradecendo a pronta reação dos agentes de segurança. (New York Times)

Ataque israelense a líder do Hamas deixa dezenas de mortos em Gaza

Pelo menos 90 pessoas morreram e centenas ficaram feridas – segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas – em ataque israelense neste sábado a um campo de desalojados na cidade de Khan Younis, no sul do território palestino. Sem comentar os números as Forças Armadas de Israel confirmaram o ataque, que teve como alvos Mohammed Deif, considerado o idealizador dos atentados terroristas de 7 de outubro, e Rafa Salama, outro comandante do Hamas. Segundo fontes sauditas, Deif teria sido seriamente ferido e Salama estaria morto, mas nenhum dos lados confirma a informação. De acordo com Israel, os dois e vários outros militantes estavam escondidos em meio a civis numa área que foi classificada como “não segura para a população”, o que Hamas nega. (Guardian)

Documentário generativo tem versão diferente em cada sessão

Quem assistir ao documentário Eno, de Gary Hustwit, e gostar tanto a ponto de ficar para outra sessão vai ter uma surpresa. Será um filme diferente. Graças a um software desenvolvido pelo próprio cineasta e por seu parceiro Brendan Dawes, os trechos do longa se rearranjam a cada exibição, proporcionando uma experiência diferente. Não se trata de inteligência artificial, mas da recombinação de 30 horas de entrevistas e 500 de registros em filme e vídeo sobre o produtor e multi-instrumentista Brian Eno (Spotify), ele próprio um desbravador da tecnologia na arte. “Estávamos experimentando [com o software] e logo percebemos que Brian seria o tema ideal para aquela abordagem. Mostramos a ele uma versão bem inicial do software generativo que criamos, e ele adorou. Disse: ‘Isso é exatamente o que eu quero fazer’”, conta Histwit. Eno estreia neste sábado no Film Forum de Nova York. (The Verge)

Trava do IVA pode mudar no Senado, diz relator da reforma tributária na Câmara

Nas negociações finais para votar a regulamentação da reforma tributária, os deputados incluíram e aprovaram uma trava que limita em 26,5% o futuro Imposto sobre Valor Agregado (IVA) – caso essa alíquota seja ultrapassada, o governo terá de fazer cortes nos regimes exclusivos ou diferenciados. Porém, em entrevista ao Valor, o relator do projeto na Câmara, Reginaldo Lopes (PT-MG), disse acreditar que essa regra possa ser aperfeiçoada no Senado. “O texto tramita nas duas Casas Legislativas justamente para fazer alguns aperfeiçoamentos. Se voltar para a Câmara, nós vamos também debater esses aperfeiçoamentos”, afirmou o deputado. Ele lembrou que a PEC da reforma prevê revisar, a cada cinco anos, o impacto dos regimes exclusivos diferenciados e favorecidos, permitindo ajustes na tributação. Lopes também disse não acreditar que o Senado vá incluir as armas no Imposto Seletivo, apelidado de “imposto do pecado”. “Vai ser derrotado. Eu não incluí porque o meu resultado seria 115 votos. Acho que deveria ter Imposto Seletivo [sobre armas], mas faz parte do debate perder”, avaliou. (Valor)

Morre Bill Viola, o ‘Rembrandt da videoarte’

Cada vez que alguém entra em um galeria de arte e aprecia uma instalação com elementos de vídeo e áudio, está prestando – mesmo sem saber – uma homenagem ao novaiorquino Bill Viola, que morreu neste fim de semana, aos 73 anos, em sua casa na Califórnia. Segundo a família, o artista teve complicações decorrentes da doença de Alzheimer. Chamado pela crítica de o ‘Rembrandt da videoarte’, Viola se formou em Belas Artes em 1973 e se mudou para Florença, na Itália, onde trabalhou no art/tapes/22, um dos primeiros estúdios de videoarte do mundo. Ao longo de cinco décadas, expandiu os limites da videoarte em um casamento constante com a arte clássica, além de levar suas instalações a apresentações de música erudita e rock, como as do grupo Nine Inch Nails. “Cheguei à conclusão de que o lugar mais importante no qual meu trabalho existe não é na galeria de um museu, numa sala de projeção, numa TV ou mesmo na tela do vídeo, e sim na mente de quem o vê”, disse Viola em 1989. (Guardian)