Peça sobre autora e astros de ‘Harry Potter’ discutindo direitos trans poderá ter protestos

Os produtores de uma peça de teatro, que imagina um confronto entre J.K. Rowling e as estrelas de Harry Potter, sobre os direitos de pessoas trans, estão se preparando para possíveis protestos antes da estreia no próximo mês. Chamada TERF (em referência à sigla para “feminista radical trans-excludente”, em inglês, geralmente usada em um contexto pejorativo), a produção traz as trocas de farpas entre a escritora e os atores como uma “conversa familiar” entre entes queridos com visões diferentes. Nos últimos meses, as falas de Rowling, consideradas transfóbicas, têm feito a autora entrar em atrito com Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint. Em abril, ela acusou Radcliffe e Watson de estarem “aconchegados em um movimento com a intenção de corroer os direitos duramente conquistados pelas mulheres”. A preocupação dos produtores é de que os fãs de Rowling tentem interromper o espetáculo, que ocorrerá no Festival de Edimburgo, por entenderem que a apresentação é um ataque à escritora, o que eles negam. (Deadline)

Dólar sobe pelo terceiro dia e encerra a semana cotado a R$ 5,60

A alta do dólar no mercado internacional e a percepção de problemas na política fiscal brasileira fizeram com que a moeda americana emplacasse na sexta-feira a terceira alta consecutiva, encerrando a semana cotada a R$ 5,604, uma alta de 0,30% em relação à véspera. Na semana, a valorização acumulada do dólar chegou a 3,20%. Já o Ibovespa terminou o dia praticamente estável, com queda de 0,03%, aos 127.616,46 pontos, o que não deixa de ser uma vantagem, diante do que ocorreu nos mercados dos EUA. Wall Street já vinha de uma quinta-feira nervosa com a expectativa dos balanços de grandes empresas, mas o cenário foi agravado pelo apagão cibernético global. A grande perdedora, claro, foi a Crowdstrike, empresa de cibersegurança responsável pelo problema. Os papéis da companhia caíram 11,1%. O Dow Jones caiu 0,93%, o S&P 500 perdeu 0,71% e o índice de tecnologia Nasdaq caiu 0,81%. (InfoMoney)

Twitch restabelece perfil de Donald Trump após três anos de banimento

Plataforma de lives da Amazon, a Twitch disse nesta sexta-feira que está restabelecendo a conta do ex-presidente Donald Trump antes da eleição presidencial, após ter sido banido, em 2021. A equipe de Trump utilizava o canal de streaming para transmitir algumas de suas campanhas, mas foi impedida de continuar com o perfil depois que uma turba invadiu o Capitólio tentando impedir a confirmação do resultado eleitoral, em 6 de janeiro daquele ano. A decisão de reativar o perfil do candidato à presidência dos Estados Unidos foi tomada porque a companhia disse ver “valor em ouvir os indicados presidenciais diretamente, quando possível”. Na semana passada, a Meta também decidiu retirar as suspensões mais severas das contas de Trump no Facebook e Instagram. (TechCrunch)

Google vai remover aplicativos considerados de baixa qualidade da Play Store

O Google está aumentando os requisitos mínimos de qualidade para os aplicativos do sistema Android e vai começar a remover da Play Stores os que não se enquadrarem às novas exigências. De acordo com a nova política de spam da companhia, apps com “funcionalidade e conteúdo limitados”, como aqueles somente de texto ou papel de parede único, serão excluídos da loja a partir de 31 de agosto. Atualmente, é vetado aplicativos que travam, não abrem, nem instalam, ou funcionam de forma anormal. O Google afirma que a medida visa “garantir que os aplicativos possam atender aos padrões elevados para o catálogo do Play e envolver os usuários por meio de funcionalidades de qualidade”. Cerca de 2,28 milhões de aplicativos foram bloqueados do serviço em 2023 por violar políticas e colocar a segurança dos usuários em risco. (The Verge)

Filme brasileiro é selecionado para mostra competitiva do Festival de Veneza

Primeiro longa de ficção dirigido por Marianna Brennand, o filme Manas vai participar da Giornate Degli Autori, uma das mostras competitivas do Festival de Veneza, que acontece entre 28 de agosto e 8 de setembro. O elenco traz Dira Paes, Jamilli Correa, Fátima Macedo, Rômulo Braga e atores da região amazônica para contar a história de uma jovem que enfrenta o cenário de violência no qual convive sua comunidade. A ideia inicial para o filme foi quando a cineasta ficou sabendo dos casos de exploração sexual infantil na Ilha do Marajó (PA). O objetivo era realizar um documentário sobre as denúncias na região, mas Brennand optou por não fazer as crianças e mulheres vítimas reviverem os traumas em seus relatos. “Seria cometer mais uma violência contra elas”, afirma. (Globo)

Desistência sob pressão em 2015 faz Biden querer se manter na disputa

Para ler com calma. A insistência de Joe Biden em se manter na campanha pela reeleição não é baseada somente na crença na vitória ou na teimosia. Há uma dose de rancor. Em 2015, meses após a morte de seu filho Beau, ele anunciou que não disputaria, como seria natural para o vice-presidente, a indicação democrata às eleições do ano seguinte. Por fora, um gesto de desprendimento. Por dentro, a capitulação às pressões da cúpula do partido em favor de Hillary Clinton, que acabou derrotada por Trump. Biden, dizem pessoas próximas, não quer se deixar dobrar novamente. (New York Times)

Barroso rejeita pedido para suspender privatização da Sabesp

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, negou nesta sexta-feira o pedido da Advocacia Geral da União (AGU) para anular a lei estadual que permitiu a privatização da Sabesp, a concessionária de tratamento de água e esgotos de São Paulo. Na ação, pedida pelo PT, a AGU alegava conflito de interesses de uma executiva que participou do processo, mas Barroso considerou que “não compete ao STF arbitrar a conveniência política e os termos e condições do processo de desestatização da Sabesp”. Além disso, o ministro considerou que a decisão, por exigir a produção de provas, não poderia ser tomada durante o plantão da Corte. (g1)

Biden dá sinais de que não pretende desistir

Em meio a pressões generalizadas dentro do próprio Partido Democrata para que retire a candidatura à reeleição, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, dá sinais de que pretende continuar na disputa. Em isolamento por conta da covid-19, o político de 81 anos, anunciou que pretende retomar na próxima semana os eventos de campanha para “continuar a expor a ameaça” que Donald Trump e seu plano de governo representam. Ele apelou à unidade da legenda, afirmando que “juntos, como partido e como nação, podemos e vamos derrotá-lo na urnas”. Jen O’Malley Dillion, chefe da campanha democrata, reconheceu que o apoio interno ao presidente diminuiu, mas afirmou ainda haver “caminhos para a vitória. (AP)

COP29 anuncia criação de fundo financiado pelo petróleo para projetos climáticos

A organização da Conferência do Clima das Nações Unidas (COP29) anunciou nesta sexta-feira a criação de um fundo para a prevenção de desastres e projetos de adaptação às mudanças climáticas financiado pelo setor do petróleo. O negociador-chefe da COP29, Yalchin Rafiyev, disse que o Azerbaijão, país-sede do evento e um dos principais produtores de petróleo e gás do planeta, será o primeiro doador para o projeto que precisará de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 5,5 bi) para começar a operar. O valor da contribuição dos anfitriões não foi definido, tampouco os demais países que contribuirão com o fundo, mas sua sede será no Azerbaijão e uma empresa será responsável por auditá-lo. Metade do valor arrecadado será destinado a projetos em países em desenvolvimento com foco em transição energética, populações vulneráveis e desenvolvimento de novas tecnologias. A outra parte deverá ajudar as nações a atingirem suas metas de corte de emissões de gases do efeito estufa. (Folha)

Lula reage a Maduro e diz que Venezuela ‘elege quem quiser’

Normalmente tímido nas críticas ao regime de Caracas, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva reagiu à ameaça de Nicolas Maduro de um “banho de sangue” uma “guerra civil”, caso não seja reeleito no pleito do próximo dia 28, dizendo que os cidadãos da Venezuela “elegem o presidente que eles quiserem”. A radicalização do discurso de Maduro tem colocado Lula em uma situação delicada. Ao mesmo tempo em que cobra eleições limpas no país vizinho, ele não quer se indispor com o aliado. “Por que que eu vou querer brigar com a Venezuela, com a Nicarágua, com a Argentina?”, questionou Lula, juntando em um mesmo balaio outro aliado acusado de atitudes ditatoriais, o nicaraguense Daniel Ortega, e um desafeto, o argentino Javier Milei. (UOL)