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Brasil ultrapassa Reino Unido e é 3º no mundo em Covid

Os números: 16.792 pessoas perderam a vida para a Covid-19 e 254.220 estão oficialmente registrados com a doença, de acordo com o Ministério da Saúde. Nas últimas 24 horas, o país registrou mais 674 mortes e 13.140 novos infectados. Com estes números, o Brasil ultrapassou o Reino Unido, galgou uma posição no ranking e chegou a terceiro maior no mundo em doentes. A taxa de expansão da doença caiu desde o início da pandemia no país. Foi de 3,5 para 1,4. Ou seja, cada dois brasileiros infectados transmitem o novo coronavírus para outros três. O valor, no entanto, ainda é alto. (Globo)

Zero Um pode ter sido informado por PF de investigação

Um delegado da Polícia Federal alertou o senador Flávio Bolsonaro, ainda entre o primeiro e o segundo turnos da última eleição presidencial, de que ele era investigado pelo caso Queiroz. A acusação feita a Mônica Bergamo pelo empresário Paulo Marinho, suplente de Flávio e, à época, aliado de Bolsonaro. Este mesmo policial recomendou ao já eleito senador que demitisse Queiroz e uma filha, alocada no gabinete do pai Jair, o mais rápido possível e prometeu que o caso seria segurado até após a eleição. A história veio a público, num furo do jornal O Estado de S. Paulo, em dezembro. Se o alerta de fato ocorreu, houve crime. (Folha)

Edição de Sábado: A tradição eugenista no mundo e no Brasil

No ano de 1912, chegou às livrarias americanas um pequeno livro que causou grande impacto: A Família Kalikak. Seu autor era um psicólogo ainda desconhecido que em pouco tempo e por algumas décadas se tornaria um dos mais respeitados intelectuais americanos. Henry Goddard tinha 46 anos, dirigia uma escola voltada para a educação daqueles que, no tempo, eram chamados ‘débeis mentais’. Deborah Kalikak, um pseudônimo, era aluna na instituição. Investigando sua genealogia, Goddard chegou ao tataravô da moça e, nele, acreditou ter encontrado uma prova contundente de que políticas sociais estavam causando dano à humanidade, interferindo no processo de Seleção Natural de nossa espécie e, assim, ampliando o número de pessoas com deficiências de toda ordem. Não foram poucos que saíram da leitura do estudo convencidos. Goddard foi um dos principais líderes do Movimento Eugenista Americano, que em nome de purificar o banco genético da sociedade promoveu programas de concursos de melhores bebês a leis para proibição de casamentos interétnicos e, até, programas de esterilização em massa.

Arnaldo Lichtenstein: "Isso se chama eugenia, lembre-se de que sistema político mundial usava isso” – YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=TDztePweQqc

Doctor Who (1963) – Original Theme music video – YouTube

https://www.youtube.com/watch?v=75V4ClJZME4

Jair Bolsonaro precisa sair

Nelson Teich não é mais ministro da Saúde. É o segundo no cargo a cair em meio a uma pandemia, o terceiro ministro importante que sai durante uma crise gravíssima em menos de um mês. As ações de acirramento de conflitos e anticientíficas de Bolsonaro causarão dezenas de milhares de mortes. Numa pandemia, pessoas morrem. Mas as políticas recomendadas podem diminuir a mortandade. Politicamente, hoje, o impeachment é dificílimo. E, no entanto, o custo para não fazê-lo é alto demais.

Jair Bolsonaro pede guerra contra governadores

O presidente Jair Bolsonaro, ontem, pediu a empresários que entrem em guerra com os governadores de seus estados — principalmente, São Paulo. Aumentou o fogo na frigideira do ministro da Saúde, Nelson Teich, dizendo que exigia que o ministério recomendasse ativamente o uso de cloroquina. Acusou Rodrigo Maia de querer “ferrar o governo”. Depois se reuniu com o presidente da Câmara e a ele pediu paz. “Voltamos a namorar”, afirmou Bolsonaro. “É meu papel institucional, principalmente num momento de crise e de perdas de tantas vidas, o mais importante é sempre o diálogo, ver de que forma o governo federal vem atuando, conhecer o gabinete e toda a sua estrutura”, afirmou o deputado. Para políticos ouvidos pelo Painel, é indício de quanto o presidente está desnorteado. (Folha)

Conversas: Vera Magalhães e os desafios do jornalismo político

Principal colunista de política do Estadão, uma das fundadoras do site BR Político, âncora do Roda Viva, da TV Cultura. Vera Magalhães não é apenas uma das mais atuantes jornalistas do momento — simplesmente não é possível ser bem-informado sobre política sem ler o que ela escreve. Nesta conversa, com o editor Pedro Doria, discutiu-se o exercício do ofício do jornalismo perante um presidente agressivo, que pressiona os limites da democracia. Mas não só. O que sustenta a popularidade de Jair Bolsonaro? Como fica a biografia de quem escolhe continuar neste governo? E a democracia — ela resiste?

Família Bolsonaro era investigada pela PF do Rio

Um dos principais argumentos do presidente Jair Bolsonaro, ao defender que não tinha motivos pessoais para interferir na Polícia Federal do Rio, era de que sua família não estava sendo investigada. Segundo o depoimento do ex-superintendente da PF no estado, Carlos Henrique Oliveira, a informação é falsa. O senador Flávio Bolsonaro foi investigado até 1º de março por lavagem de dinheiro e falsidade ideológica. A PF não pediu quebras de sigilo do senador e encaminhou a inquérito para arquivamento. O Ministério Público ainda precisa dizer se concorda. E o atual superintendente no Amazonas, Alexandre Saraiva, confirmou ter recebido uma ligação do diretor da Abin, Alexandre Ramagem, o convidando para assumir a posição no Rio. O delegado aceitou o convite mas pediu que viesse através do diretor-geral da PF. A Abin não faz parte da Polícia Federal, mas Ramagem era o candidato do presidente para dirigi-la. A afirmação de Saraiva confirma que houve interferência de Bolsonaro para tentar indicar alguém mais próximo para o cargo. (Globo)

Vídeo incrimina Bolsonaro, segundo quem viu

Após a sessão fechada em que o vídeo da reunião ministerial do dia 22 de abril foi assistido por pessoas ligadas ao inquérito para apurar as acusações do ex-ministro Sérgio Moro, seu conteúdo começou a vazar por toda a imprensa. É, segundo mais de uma fonte, muito ruim para o presidente Jair Bolsonaro. “Não vou esperar foder alguém da minha família”, ele teria afirmado, com grande exaltação. “Troco todo mundo da segurança. Troco o chefe, troco o ministro.” Segundo quem assistiu, o contexto geral era de um presidente obcecado com mudar o comando da Polícia Federal no Rio. Ele afirma que queria ‘saber das coisas’ que se passavam em seu estado e manifestou preocupação com a família e também com seus amigos. Se as descrições estiverem precisas, a acusação de Moro de que houve interferência política, que é crime, se confirma. (G1)

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