Pacheco avalia votar da Lei Orçamentária no sábado
De sábado não passa? O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou na última terça-feira que pode convocar uma sessão do Congresso Nacional no próximo sábado para votar a Lei Orçamentária Anual (LOA). O principal entrave é a necessidade de aprovação, pela Câmara e pelo Senado, do projeto de lei que ajusta as despesas do salário mínimo aos limites do novo arcabouço fiscal antes da análise da LOA. Isso porque sem as regras novas aprovadas, o crescimento do salário acompanhará a inflação mais a média de crescimento econômico dos anos anteriores. Com o pacote fiscal da Fazenda, o crescimento acima da inflação é limitado a 2,5%. Segundo o relator do orçamento, senador Angelo Coronel (PSD-BA), disse que precisará de dois dias para finalizar o parecer com as alterações no mínimo, o que atrasaria a votação da LOA para o sábado. Pacheco afirmou que a possibilidade é regimental, mas destacou o esforço para agilizar o processo e permitir o amadurecimento das discussões sem que a sessão de sábado seja necessária. A previsão é que a Câmara vote o projeto nesta quarta-feira e o Senado na próxima quinta-feira. (Valor)
Tesouro prevê pico da dívida pública em 2027 e estabilização apenas em 2028
O Tesouro Nacional revelou em relatório divulgado ontem que projeta que a dívida pública atingirá o pico em 2027, aos 81,8% do PIB. Depois, em 2028, a dívida passará a estabilizar. A previsão é mais otimista do que a mediana do mercado, que estima a dívida em 88,9% do PIB em 2028. Para estabilizar a dívida, o governo calcula a necessidade de um superávit primário de 0,7% do PIB em 2028. Já para reduzir a dívida a 74,4% do PIB até 2034, seria necessário um superávit médio de 1,3% do PIB ao ano entre 2025 e 2034. Apesar do crescimento previsto nos limites orçamentários, os gastos não obrigatórios devem cair para 0,9% do PIB em 2034. O espaço para esse tipo de despesa deve se esgotar já em 2032, pressionando o funcionamento da máquina pública e os investimentos. Analistas ainda alertam que as projeções dependem de medidas fiscais que enfrentam desafios no Congresso, incluindo o pacote de cortes de gastos e medidas para aumentar a arrecadação. (Valor)
Apoio à democracia cai para 69% no Brasil, aponta Datafolha
Pesquisa do Datafolha divulgada nesta quarta-feira mostra que 69% dos brasileiros preferem a democracia como regime de governo, número majoritário, mas que representa uma queda em relação aos 79% registrados em outubro de 2022. O levantamento foi realizado nos dias 12 e 13 de dezembro, com 2.002 eleitores de 113 municípios, e possui margem de erro de dois pontos percentuais. O apoio ao regime democrático é maior entre pessoas com ensino superior (87%) e renda acima de cinco salários mínimos (80%). Entre os menos escolarizados e com renda de até dois salários mínimos, os índices caem para 56% e 61%, respectivamente. A pesquisa também aponta que 68% dos entrevistados acreditam que houve risco de golpe entre a derrota de Jair Bolsonaro nas urnas e a posse de Lula em 2022, sendo que 43% avaliam esse risco como grande. Apesar disso, 52% consideram impossível o retorno de uma ditadura no país. (Globo)
Câmara aprova primeiro projeto do pacote de corte de gastos
Após reunião fora da agenda entre ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), texto-base que limita benefícios fiscais e despesa com pessoal em caso de déficit recebe aval de deputados e deve ser votado até sexta-feira no Senado. Vini Jr. é eleito melhor jogador do mundo pela Fifa. “Ainda Estou Aqui” é pré-indicado ao Oscar de melhor filme estrangeiro. E Meta recebe multa de € 251 milhões por violação de segurança no Facebook.
Câmara aprova texto-base do 1º projeto do pacote fiscal às vésperas do recesso
Câmara dos Deputados aprova texto-base do 1º projeto do pacote fiscal e Reforma tributária segue para sanção de Lula. Vini Jr. é eleito melhor jogador do mundo pelo Fifa The Best, e Marta recebe prêmio de gol mais bonito da temporada. Mundo se despede da ensaísta argentina Beatriz Sarlo e da atriz espanhola Marisa Paredes. Governo publica projeto de lei para fixar 55 anos como idade mínima de aposentadoria militar. Operação policial na favela da Rocinha resulta em morte e impacta diversas escolas da região. Modelos de IA chineses estão se tornando populares e competem com rivais dos EUA. Essas e outras notícias você escuta No Pé do Ouvido, com Yasmim Restum.
Pesquisa em escolas do Rio mostra ganhos após veto de celulares em sala de aula
Uma pesquisa realizada pelo município do Rio de Janeiro mostra que os alunos têm mais chance de um melhor aprendizado se não estiverem usando dispositivos eletrônicos, além de uma redução de bullying e cyberbullying no ambiente escolar. O projeto de lei aprovado na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados que proíbe o uso de celulares nas escolas é inspirado no modelo usado na rede carioca de ensino. Mas, o texto é criticado por professores, que apontam falhas e dificuldades no cumprimento da lei. Para Thais Coutinho, professora da rede municipal, falta um plano de ação concreto para executar a regra. “Temos casos de enfrentamento e agressões de professores por motivos variados e esse acaba sendo mais um desgaste”, afirma. (Globo)
Modelos de IA chineses estão alcançando e até superando rivais americanos
Na corrida pelo domínio da inteligência artificial, os modelos de IA chineses já são extremamente populares e estão acompanhando seus rivais dos EUA, em alguns casos até superando-os em desempenho. É o que dizem os especialistas e analistas de tecnologia consultados pela CNBC. Com as restrições a chips de ponta impostas pelo governo americano, a China adotou uma estratégia própria para aumentar o desempenho de seus modelos de IA, como a dependência de tecnologia de código aberto e o desenvolvimento de seus próprios softwares e processadores. A startup DeepSeek disse no mês passado que seu modelo R1 compete com o o1 da OpenAI. Outras companhias afirmam que suas opções de código aberto podem competir com outras concorrentes semelhantes, como o Llama da Meta. (CNBC)
Em Wall Street, principais índices fecham em queda à espera de decisão do Fed
Os principais índices das bolsas de Nova York terminaram o dia em queda, à espera da decisão desta quarta-feira do Federal Reserve (Fed, do banco central americano) sobre os juros. A expectativa é de um corte de 0,25 ponto percentual, deixando a taxa no intervalo entre 4,25% e 4,5% ao ano. O Dow Jones caiu 0,56%, o S&P 500 perdeu 0,39% e o Nasdaq recuou 0,32%. (Bloomberg Línea)
Após tocar R$ 6,20 e BC intervir, dólar registra novo recorde ao fechar a R$ 6,095
Mais um dia de cotação recorde do dólar. Apesar de a moeda americana ter encerrado a sessão praticamente estável, com variação positiva de 0,07%, registrou nova máxima nominal, ao fechar cotada a R$ 6,095. E o valor só não foi mais alto porque o Banco Central fez dois leilões extraordinários de câmbio, injetando um total de US$ 3,287 bilhões no mercado e desacelerando a alta da divisa, que chegou a romper a barreira dos R$ 6,20 na máxima do dia. Desde a última quinta-feira, o BC já injetou US$ 12,76 bilhões no mercado de câmbio. Se o dia começou com reação negativa à ata do Comitê de Política Monetária, apontando a piora da inflação de curto e médio prazo, os ânimos se acalmaram um pouco depois do anúncio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), de que todo o pacote fiscal será votado até esta quarta-feira, embora não tenha garantido aprovação. O dólar atingiu a mínima do dia minutos após a declaração de Lira. Já o Ibovespa fechou em alta de 0,92%, aos 124.698 pontos. (Folha)