Edição de Sábado: A Ucrânia ameaçada

Conforme este sábado, 22 de janeiro, amanhece, tropas russas se avolumam a cada semana em três flancos da fronteira ucraniana. Trinta mil soldados estão dentro e nas redondezas de Luhansk e Donetsk, dois estados uranianos já não mais controlados pelo governo em Kiev, inflamados por separatistas. Outros trinta mil noutro flanco, próximos à fronteira com Belarus, país cujo presidente é fantoche de Moscou. E há a frente da Crimeia, a província à beira do Mar Negro, que a Rússia tomou em 2014. Ao todo são mais de cem mil soldados. Oficialmente, diz o Kremlin, estão apenas engajados em exercícios militares. Mas até tropas de reservistas foram convocadas. Ninguém tem como saber se é blefe ou não. É, porém, um sinal de hostilidade ímpar em território europeu. Seria o maior conflito armado no continente desde a Segunda Guerra.

CoronaVac liberada para crianças a partir de 6 anos

A imunização das crianças brasileiras contra a covid-19 já não depende mais somente de uma vacina, a Pfizer. Ontem a Agência Nacional de Vigilância Sanitária liberou o uso da CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan, para pessoas com mais de seis anos de idade. Desenvolvida pelo laboratório chinês SinoVac, a vacina tem a mesma fórmula e dosagem para crianças e adultos, o que permite a utilização dos 15 milhões de doses em estoque. O Butantan queria a liberação para crianças a partir de três anos, mas técnicos da Anvisa disseram ainda haver lacunas nos estudos sobre a efetividade e segurança para menores de cinco anos e imunossuprimidos. Na avaliação do infectologista Marco Aurélio Sáfadi, essa liberação deve acontecer em breve. (CNN Brasil)

Racismo reverso no Brasil?

"Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo". Este é o título do artigo publicado pelo antropólogo Antonio Risério na Ilustríssima, da Folha de São Paulo. Alvo de polêmicas e críticas, além de trazer à tona a discussão sobre o racismo no Brasil, o texto nos faz refletir sobre silenciamento e questões sociais passíveis de questionamento.

Este é um país racista

O Brasil é um país profundamente racista. A política toda, não só o movimento negro, se tribalizou, se tornou identitária da esquerda à direita. Os dois são debates importantes demais para termos. Mas misturar os dois, fazer parecer que o problema do tribalismo é apenas do movimento negro e não de toda a política, faz o serviço de quem quer impedir os avanços de direitos civis no país.

TSE pode proibir Telegram no Brasil

Escaldada pelos disparos em massa de mensagens e pela disseminação de notícias falsas nas eleições de 2018, a Justiça Eleitoral estuda para este ano uma medida drástica: suspender o funcionamento no Brasil do aplicativo russo Telegram. A plataforma, presente em 53% dos smartphones no país, foi abraçada entusiasticamente pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) e por seus seguidores, diante das restrições impostas por aplicativos como WhatsApp e Twitter. O banimento do Telegram valeria até que a empresa instalasse uma representação no Brasil. Sem isso, por exemplo, a Justiça não tem como notificá-la em caso de abusos. O Telegram permite grupos de até 200.000 participantes e não limita o disparo de mensagens. Em dezembro, o presidente do TSE tentou contato com o CEO da empresa russa, Pavel Durov, para discutir estratégias contra a desinformação. Ainda não obteve resposta. (Veja)

Curadoria: A revolução da arte em NFTs físicas

A novela Novak Djokovic (NoVax Djocovid) chegou a um fim. E a discussão dessa semana é sobre NFTs físicas. Como pode algo digital ser tangível? É, descubra nessa Curadoria Meio Maravilhosa.

Ômicron faz covid-19 bater novos recordes no Brasil

A alta transmissibilidade da variante ômicron pegou de jeito o Brasil: a média móvel diária de novos casos variou ontem 575% em relação aos 14 dias anteriores, ficando em 83.630. Um recorde - a máxima anterior era 77.295, de junho do ano passado. A média vem subindo acima de 500% todos os dias. E o país também registrou, nesta terça-feira, o maior número de novos casos de covid-19 desde o início da pandemia, 132.234, segundo apuração do consórcio de veículos de comunicação. Com 317 mortes ontem, a média móvel de óbitos foi a 185, com alta de 88%. (g1)

Por que ‘adoramos’ certos candidatos?

Um jesuíta do século 16 tem tudo a ver com a maneira como ‘adoramos’ certos políticos. Tem a ver com o fato de que nós e os mexicanos tivemos imperador, com o motivo de termos votado contra o parlamentarismo. Culturalmente, esperamos que os líderes sejam pais ao invés do que de fato são — nossos funcionários.

Com desmatamento recorde, Bolsonaro celebra queda de multas do Ibama

O desmatamento na Amazônia em 2021 foi o maior em dez anos, com crescimento de 29% em relação ao ano anterior, segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A região perdeu 10.362 km2 de mata nativa, o que equivale à metade do estado de Sergipe. Quase a metade, 47%, dessa destruição aconteceu em florestas públicas federais. Outro alvo dos desmatadores foram as unidades de conservação federais. Um dos motivos apontados por especialistas foi a redução desde 2019 das operações e multas de órgãos ambientais como Ibama. (Jornal Nacional)

Estoura a guerra civil entre os políticos

Todas as brigas políticas que estamos assistindo agora são internas. Lula põe na roda os economistas da era Dilma, Alckmin manda recado. Aí PT e PSB, que querem ser parceiros, brigam pelo governo de São Paulo. Logo ali ao lado, deputados pedetistas abrem guerra contra Ciro Gomes. Os militares se estranham com Bolsonaro que, por sua vez, se estranha com os olavistas e estes arrastam a asa para Sérgio Moro. O aparente fratricídio tem razão de ser: a hora de tomar decisões importantes está chegando.