PF acusa Bolsonaro de crime ao vazar investigação sigilosa

O presidente Jair Bolsonaro cometeu crime ao vazar, numa live em redes sociais, um inquérito sigiloso da Polícia Federal sobre um suposto ataque hacker ao TSE. Essa é a conclusão da investigação feita pela própria PF sob ordem do ministro do STF Alexandre Moraes. O presidente e o deputado Filipe Barros (PSL-PR), que teria obtido o inquérito, só não foram indiciados por terem foro privilegiado. (g1)

Curadoria: Cocaína em cocos e pirataria salvando o dia?

A Curadoria dessa semana veio recheada de notícias bizarras! Exportação de cocos dando errado, Kanye West com companhias duvidosas e o Canal Viva recorrendo à pirataria. Que semana, heim?

Barroso acusa Bolsonaro de auxiliar hackers que atacam TSE

O ministro Luís Roberto Barroso, que deixa a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) no próximo dia 28, mostrou que vai sair atirando. Na cerimônia virtual ontem para a reabertura dos trabalhos da Corte, ele acusou o presidente Jair Bolsonaro de auxiliar “milícias digitais e hackers” ao vazar a íntegra de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um suposto ataque cibernético à corte. Bolsonaro é alvo de uma investigação no STF por conta do vazamento, feito em agosto do ano passado. Segundo o ministro, “faltam adjetivos para a atitude deliberada de facilitar ataques criminosos”. “O presidente da República vazou a estrutura interna da TI do TSE. Tivemos que tomar uma série de providências de reforço da segurança cibernética dos nossos sistemas para nos protegermos”, disse Barroso. (g1)

Conversas: política sem rede social com Gabriel Azevedo

No Conversas de hoje temos o vereador convicto belorizontino Gabriel Azevedo(sem partido), um político que se engajou cedo no mundo digital, criou o seu próprio aplicativo para interagir melhor com o seu eleitorado. Ele não tem redes sociais há um ano e acredita que melhorou como político ao tomar esta decisão. __ CONVERSAS COM O MEIO

PF isenta Bolsonaro de crime no caso Covaxin

No que depender a Polícia Federal, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não precisa se preocupar com uma das muitas acusações que lhe foram feitas pela CPI da pandemia. Em relatório enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF concluiu que ele não cometeu crime de prevaricação na compra frustrada da vacina indiana Covaxin e que não era necessário tomar o depoimento do presidente. Em depoimento à CPI, o funcionário do Ministério da Saúde Luís Ricardo Miranda e o irmão dele, o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), disseram ter relatado a Bolsonaro irregularidades na negociação da vacina, que ele prometeu levar a denúncia adiante, o que não fez. De acordo com a PF, não cabe ao presidente comunicar eventuais crimes. (g1)

Democracia é a luta da nossa geração

Manter viva a ideia de democracia é a luta da nossa geração. Existe uma guerra que vem de fora e que brota de dentro das democracias. Você sabe de que lado está? Vem comigo.

Picasso em NFT

NFT e polêmica são duas palavras que andam caminhando juntas recentemente. Desde pessoas queimando obras de arte até a especulação de valores em cima do token não fungível. Recentemente a neta e bisneto de Pablo Picasso decidiram vender, em NFT, uma peça do artista que nunca foi exibida ao público. A pergunta que fica é: até onde esse arquivo digital de uma obra física é considerada original?

Temporais provocam tragédia em SP

Chuvas pesadas caem em São Paulo desde o sábado e, até a noite de domingo, 23 pessoas haviam morrido — dentre elas, sete crianças. De acordo com as contas do governo estadual, outros 500 estavam desalojados. Há deslizamentos e alagamentos em todo o estado. O governador João Doria, que sobrevoou as regiões mais atingidas, anunciou a liberação de R$ 15 milhões para as cidades atingidas. (g1)

Edição de Sábado: O negócio dos videogames

Foi um motim. Os quatro programadores da Atari, o lendário David Crane à frente, entraram na sala do CEO da companhia furiosos. Dezembro, 1979. Apenas um dia antes, o departamento de marketing havia feito circular um memorando com a lista dos jogos mais vendidos ao longo do ano. O objetivo era ilustrar quais games faziam sucesso e, portanto, em que tipo investir no ano seguinte. Mas aqueles quatro descobriram na lista que, sozinhos, eram responsáveis por 60% das vendas num departamento de 30 engenheiros. Ganhavam, cada um, US$ 30 mil por ano. Suas criações haviam rendido US$ 100 milhões em vendas. Estavam indignados. Queriam participação. Exigiam algum tipo de bônus em cima dos lucros. “Design de games era muito técnico naquele tempo”, lembraria Crane muitos anos depois. Quando já era o lendário David Crane. “A gente não criava um jogo e depois implementava. Primeiro tínhamos de entender o que o pouco hardware conseguia entregar e aí bolávamos algo que fosse divertido e factível.” Um cartucho do VCS 2600, o primeiro console da Atari, tinha 2Kb de memória. Num pendrive atual de um giga caberiam 500 mil cartuchos destes. Mas o CEO da companhia, Ray Kassar, achou abuso daqueles engenheiros. “Vocês não são mais importantes do que os operários que montam fisicamente os cartuchos”, afirmou. Kassar estava no comando da Atari fazia um ano. Seu emprego anterior havia sido o de vice-presidente de uma companhia de tecidos e o comentário havia sido de todo sincero. Ele realmente não percebia aqueles quatro engenheiros como outra coisa que não técnicos. Quatro entre trinta outros engenheiros, cada um em sua baia, escrevendo o código de videogames. E, na sua incompreensão, disparou um processo que lhe custaria o emprego e, muitas ondas à frente, reinventaria por completo a indústria do entretenimento.

Moraes diz basta a Bolsonaro

Demorou, mas a paciência do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes parece ter se esgotado. Num gesto inédito na História do país, ele determinou que o presidente Jair Bolsonaro (PL) preste depoimento presencial hoje à Polícia Federal, às 14h. Bolsonaro é investigado por ter vazado em uma live, em agosto do ano passado, a íntegra de uma investigação sigilosa da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao STF. Em 29 de novembro, Moraes determinara que o presidente depusesse em 15 dias, mas, a pedido da AGU, estendeu o prazo para dois meses. Quando a AGU informou esta semana que Bolsonaro desistira de depor, Moraes decidiu intimá-lo. A situação não tem precedente. A recusa a cumprir uma decisão judicial é um crime de responsabilidade previsto explicitamente na Lei 1.079, o que ensejaria um processo de impeachment. Mas este, como todos os outros já apresentados, depende do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), aliado de Bolsonaro. (Metrópoles)