Bolsonaro em dia de ira ataca STF e imprensa

A decisão da Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) de manter a cassação do deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR) provocou no presidente Jair Bolsonaro (PL) um ataque de fúria intenso até para seus padrões. Ele participou ontem do lançamento do programa “Brasil pela vida e pela família”, do Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, mas praticamente ignorou o tema em seu discurso. Em vez disso, atacou a fala do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Edison Fachin, de que a eleição é assunto das “forças desarmadas”. “Eu que sou chefe das Forças Armadas. Nós não vamos fazer o papel de idiotas. Eu tenho a obrigação de agir”, afirmou. Bolsonaro reclamou muito da condenação de Francischini, cassado por disseminar notícias falsas contra as urnas eletrônicas, conduta que o presidente repete continuamente. No Dia Nacional da Liberdade e Imprensa, Bolsonaro acusou veículos jornalísticos de serem “fábricas de fake news” e sugeriu seu fechamento. Bolsonaro insinuou ainda que não cumpriria ordens do STF. (UOL)

Fazer política em meio à violência, com Manuela D’Ávila

Essa semana no Conversas com o Meio, Manuela D'Ávila explica por que não vai ser candidata este ano e, também, como é fazer política em meio à violência do "Brasil bolsonarista". __ CONVERSAS COM O MEIO

Mendonça interrompe julgamento e salva deputado bolsonarista

Durou apenas um minuto o julgamento no Plenário Virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) do recurso contra a decisão monocrática de Kassio Nunes Marques suspendendo a cassação pelo TSE do deputado estadual bolsonarista Fernando Francischini (UB-PR). Tão logo a votação foi aberta, André Mendonça, o outro ministro indicado à Corte por Jair Bolsonaro, pediu vista e interrompeu o processo. Com a manobra, Nunes Marques fica livre para levar o caso para a sessão de hoje da Segunda Turma sem a pressão dos votos dos outros ministros. Ele preside a Turma, integrada pelo próprio Mendonça e por Gilmar Mendes, Edson Fachin e Ricardo Lewandowski. Como os prazos de vista raramente são cumpridos, caso o ministro terrivelmente evangélico interrompa o processo também na Segunda Turma, Francischini ficará livre para cumprir até o fim do ano seu mandato. (UOL)

O PT não entendeu o momento histórico

Saiu o esboço do programa de governo da campanha Lula-Alckmin. E é uma proposta Lula sem Alckmin, PT puro. É só esboço e outros cinco partidos precisam concordar com ele. Mas ao produzir um programa de esquerda raiz, sem contemplar o centro em nada, demonstra que não entendeu sua missão histórica: a de promover um governo de união nacional. A esta altura, é um risco.

O Grande Irmão que nos tornamos

O mundo hoje está muito mais visível do que anos atrás. Um fato que acontece hoje, na rua de qualquer grande cidade, vai ter sido filmado por, pelo menos, três ângulos diferentes. Exemplos disso são os casos George Floyd e Genivaldo. Mas e quando o benefício de um mundo tão conectado se torna um problema? Saiba neste episódio de Pedro+Cora.

STF vai enfrentar decisões pró-bolsonaristas de Nunes Marques

As decisões monocráticas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Kassio Nunes Marques em benefício de políticos bolsonaristas condenados pelo plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) devem ter vida curta. A pedido da ministra Cármen Lúcia, o presidente do Supremo, ministro Luiz Fux, pautou para amanhã, no Plenário Virtual, a ação movida por um suplente do deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR). Ele foi cassado pelo TSE por 6 votos a 1 por disseminação de fake news nas eleições de 2018, mas teve a perda do mandato suspensa por Nunes Marques. A determinação de Fux é uma derrota séria para o ministro indicado por Jair Bolsonaro. Na sexta-feira, Nunes Marques afirmou que qualquer recurso teria de passar pela Segunda Turma, da qual é presidente e cuja agenda controla. Além disso, no Plenário Virtual, os ministros têm 48 horas para registrarem seus votos, sem debates. Ontem, o suplente de deputado Márcio Macêdo (PT-SE) também entrou no STF contra a outra decisão de Marques, que suspendeu a cassação, por abuso de poder econômico, de Valdevan Noventa (PL-SE), decidida por unanimidade pelo TSE. Na sexta-feira, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), deu posse a Noventa, fazendo com que Macêdo perdesse a vaga. O suplente quer que o caso também seja julgado amanhã. (CNN)

Edição de Sábado: O meritíssimo algoritmo

Por Bruna Buffara e Tay Oliveira

Nunes Marques confronta TSE por Bolsonaro

Com duas decisões monocráticas no Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Kássio Nunes Marques atropelou condenações de políticos bolsonaristas pela maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do qual também é integrante. Primeiro, suspendeu a sentença de outubro do ano passado cassando o deputado estadual Fernando Francischini (UB-PR), primeiro político brasileiro que perdeu o mandato por divulgação de notícias falsas. Na véspera, o caso havia sido apontado como modelo pelo ministro Alexandre de Moraes, próximo presidente do TSE. Mais tarde, Marques suspendeu também a cassação, por abuso de poder econômico, do deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE). Durante a campanha de 2018, Francischini usou uma live para citar, sem provas, fraudes em urnas eletrônicas. Na condenação por 6 votos a 1, os ministros enfatizaram a tolerância zero com desinformação nas eleições. Já Noventa teria usado na campanha recursos não declarados e recebidos de fontes vedadas. (UOL)

Os 30% radicais entre nós

O piso de Lula é 30%, o piso de Bolsonaro é 30%. Qualquer candidato que queira chegar ao segundo turno vai ter de tirar um deles. Agora, além disso, a gente tem de entender por que um terço da população foi parar na direita dura. Essa é a missão a partir de 2023. Precisamos reinventar o Brasil.

Existe comida pornográfica?

O Ministério da Justiça e da Segurança Pública publicou no Diário Oficial da União, na última quarta-feira (1º), uma medida que proíbe a venda de qualquer alimento em formato de genitais. Qual é a piada de mau gosto aqui? Os crepes de "piroca" e "pepeka" ou a ação do Ministério? É puritanismo, é censura, é hipocrisia. Vem saber o que mais Mariliz Pereira Jorge pensa sobre esse assunto no novo episódio de De Tédio a Gente Não Morre.