Militares se distanciam de Bolsonaro e EUA elogiam urnas eletrônicas

Pelo menos um dos governos de peso representados na reunião em que Jair Bolsonaro (PL) tentou vender a embaixadores sua Grande Mentira (um conjunto de teorias conspiratórias sem provas contra o sistema eleitoral) não comprou as denúncias. A Embaixada dos EUA no Brasil divulgou ontem comunicado afirmando que as “eleições brasileiras, conduzidas e testadas ao longo do tempo pelo sistema eleitoral e instituições democráticas, servem como modelo para as nações do hemisfério e do mundo” e que “o país tem um forte histórico de eleições livres e justas, com transparência e altos níveis de participação dos eleitores”. Representantes de outros países presentes no evento classificaram, nos bastidores, a fala de Bolsonaro como “uma tática trumpista” para preparar um questionamento do resultado de outubro. (Folha)

O voto econômico está de volta, com Daniela Campello

Esta semana a convidada do Conversas com o Meio é Daniela Campello, PhD em Ciência Politica pela Universidade da Califórnia e professora em Princeton e na FGV. O papo irá analisar a situação do governo Bolsonaro nessas eleições e como o voto econômico terá peso na decisão dos eleitores

Bolsonaro aposta na estratégia da ‘Grande Mentira’

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, reagiu ontem à tentativa de Jair Bolsonaro (PL) de desacreditar as urnas eletrônicas e o sistema eleitoral brasileiro perante a comunidade internacional. Em discurso na OAB do Paraná e sem citar o nome do presidente, o ministro afirmou que é hora “de dizer basta à desinformação e ao populismo autoritário que coloca em xeque a Constituição de 1988”. Ele ressaltou que os ataques de hoje foram ainda mais graves por envolverem a política internacional e as Forças Armadas. “É importante a sociedade civil e o cidadão entenderem que esse tipo de desinformação, como a de hoje, pode continuar, uma vez que ao negacionismo não interessa as provas incontestes e os fatos. Portanto, precisamos nos unir e não aceitar sem questionarmos a razão de tanto ataque.” (CNN Brasil)

O Facebook e as eleições no Brasil

Na última semana, Cora esteve com Frances Haugen, ex-funcionária do Facebook que vazou documentos para a imprensa. O papo foi sobre o Whatsapp e toda relação da rede social da Meta com as eleições brasileiras.

Bolsonaro mente

O que o presidente Jair Bolsonaro fez, nesta segunda-feira, foi mentir. Não é a primeira vez que ele mente. Não é nem a primeira vez que ele mente sobre as urnas. Só que desta vez não foi para um cercadinho. Foi para, nas contas do Estadão, pelo menos setenta diplomatas estrangeiros em evento oficial do governo. A panela de pressão do golpe foi ligada hoje.

Bolsonaro chama embaixadores para atacar urnas eletrônicas

O presidente Jair Bolsonaro (PL) decidiu vender para o público externo suas teses, nunca comprovadas, de fraudes eleitorais e fragilidades nas urnas eletrônicas. Ele convocou para hoje um encontro com embaixadores e tentará convencê-los (e a seus governos) das supostas irregularidades. Embora dissesse na noite de ontem que já havia 40 representantes diplomáticos confirmados, Bolsonaro não divulgou uma lista. Mais cedo, sabia-se que embaixadores de países de peso, como EUA, Rússia, Reino Unido e Japão, não haviam respondido ao convite. Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral, Luiz Fux e Edison Fachin, também foram convidados, mas recusaram. (Estadão)

Quem é o leitor do Meio em 2022?

Assim como no ano passado, pedimos aos nossos leitores que nos ajudassem a conhecê-los melhor. E, como sempre, eles não nos deixaram na mão. Com um total de mais de quatro mil respostas coletadas ao longo da última semana, traçamos um perfil atualizado dos leitores do Meio. Estamos compartilhando os principais achados e traçamos alguns paralelos interessantes com as pesquisas 2021 e 2019.

Edição de Sábado: Em busca da esperança perdida

Por Flávia Tavares e Pedro Doria

Bolsonaro é culpado pela violência no país

O presidente tenta descolar sua imagem do assassinato em Foz do Iguaçu, mas a cena do crime está cheia de suas digitais.

Bolsonaro transforma promulgação da PEC Kamikaze em comício

Embora a promulgação de uma Emenda à Constituição seja atribuição do Legislativo, o presidente Jair Bolsonaro (PL) fez questão de ir ao Congresso ontem participar da cerimônia que oficializou a chamada PEC Kamikaze. Não foi sem motivo: a medida cria um Estado de Emergência e lhe entrega cerca de R$ 41 bilhões para gastar em programas sociais a menos de três meses das eleições, driblando a Lei Eleitoral e o teto de gastos. A emenda eleva de R$ 400 para R$ 600 o Auxílio Brasil, aumenta o vale-gás e cria vouchers para caminhoneiros e taxistas. O governo quer começar a pagar ao menos o Auxílio Brasil e o vale-gás turbinados já em agosto. Mais cedo, Bolsonaro negou que a medida seja eleitoreira, mas omitiu que ela vale somente até dezembro. (UOL)