Bicentenário vira comício e Bolsonaro é denunciado no TSE
Pela primeira vez desde a redemocratização do país, o feriado de 7 de Setembro, e justamente o Bicentenário da Independência, foi usado como palanque político de um candidato à reeleição. Jair Bolsonaro (PL), que há meses conclamava apoiadores para encher as ruas no feriado, fez discursos, atacou adversários e pediu votos em Brasília e no Rio de Janeiro. Os demais poderes da República se recusaram a fazer parte do ato. Mesmo convidados, os presidentes do STF, Luiz Fux, da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), não compareceram nem mandaram representantes ao desfile na capital. Se em seus discursos Bolsonaro evitou atacar diretamente o STF e seus ministros, os cartazes entre o público não deixavam dúvidas quando ao tom golpista, com pedidos de intervenção militar e fechamento do Supremo e do Congresso. (UOL)
Crise climática deixa Paquistão 1/3 embaixo d’água
Eco-ansiedade é o nome dado ao sentimento de angústia ao se aprofundar sobre as mudanças climáticas. Crianças e adolescentes anseiam pelo futuro do mundo, que parece perdido. O Paquistão está sofrendo com a crise, e adivinha só? É um país que mal contribui para o agravamento da situação. A Curadoria dessa semana passa pela crise global climática e, também, por alguns momentos emocionantes da semana.
Brasil, 200 anos de Casa Grande
“Como você quer ser apresentado? Com quais credenciais?”, o Meio perguntou a Sérgio Abranches ao final da entrevista. Absolutamente coerente com a tese que está desenvolvendo para seu novo livro, ele respondeu: “Não gosto de credencial, a sociedade da credencial nos atrapalha”. Abranches, a contragosto, se define. “Sou escritor.”
Edição Extra: Hoje é o tudo ou nada de Bolsonaro
Se o desfile do Bicentenário da Independência em Brasília terá hoje algum verniz de festa cívica, no Rio o evento da tarde é explicitamente político, apesar da participação de militares. A começar pelo local, a orla de Copacabana, palco de atos de apoio ao presidente. Como conta Malu Gaspar, o presidente Jair Bolsonaro (PL) não vai ocupar o palanque montado pelo Exército, e sim o trio elétrico do pastor Silas Malafaia, um dos mais ferrenhos apoiadores do governo. Ali se reunirão autoridades, líderes evangélicos e empresários, incluindo os investigados por pregarem um golpe de Estado. A escolha do trio busca evitar problemas com a Justiça Eleitoral, como aconteceria se Bolsonaro pedisse votos em instalações das Forças Armadas. Uma ausência notável, revela Lauro Jardim, será a da primeira-dama Michelle Bolsonaro, estrela em eventos com evangélicos. O comando da campanha teme que “o clima esteja confuso”. Certamente estará barulhento. O Exército avisou aos moradores de prédios vizinhos ao Forte de Copacabana que serão feitas salvas de canhão ao longo do dia. A orientação é manter as janelas abertas para “evitar danos”. (Globo)
Forças Armadas não tentarão golpe no Brasil, diz Celso Amorim
O diplomata e ex-ministro da Defesa e das Relações Exteriores Celso Amorim disse não acreditar em uma tentativa de golpe pelas Forças Armadas. Em uma conversa com Christian Lynch, Mariliz Pereira Jorge e Pedro Doria na edição desta semana do #MesaDoMeio, ele lembra que os últimos golpes no Brasil foram apoiados pela elite econômica, os principais veículos de imprensa e "potências externas”, como os Estados Unidos, que deram sustentação ao movimento antidemocrático. Ele diz que hoje não vê esses grupos apoiando um movimento golpista, o que desestimularia a atuação dos militares. “Isso me faz crer que as Forças Armadas também não atuarão de maneira a comprometer a democracia”.