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Ruth Marcus: “Em circunstâncias mais comuns, em tempos mais comuns, minhas simpatias tenderiam para os apelos à reconciliação nacional, os sentimentos que animaram Gerald Ford, há 50 anos, a perdoar Richard Nixon. Em retrospectiva, essa decisão parece sábia e altruísta. Mas não é o modelo certo para pensar em Trump. Se vencer, Kamala Harris deveria permitir que o procurador especial Jack Smith prosseguisse com seus processos contra o ex-presidente, ou o que sobrou deles após a decisão do Supremo Tribunal sobre a imunidade presidencial. Se Trump for condenado e a condenação for mantida, Harris não deverá usar seu poder para perdoar Trump ou comutar sua sentença. Trump não é nenhum Nixon, e não digo isto no bom sentido. Os erros de Nixon foram flagrantes e criminosos. Mas ele não representava uma ameaça à democracia no mesmo nível que Trump, com as suas incessantes alegações de um sistema fraudado contra ele, de eleições roubadas e de processos judiciais por motivação política. Nixon deixou o cargo sob pressão política, mas, ainda assim, deixou o cargo”. (Washington Post)

O Índice de Desenvolvimento da Educação Brasileira (Ideb) em 2023 mostrou melhorias pontuais na qualidade da educação no Brasil em comparação a 2021, mas os avanços não foram suficientes para atingir todas as metas do Ministério da Educação (MEC). O desempenho melhorou nos anos iniciais do ensino fundamental, com um aumento do Ideb de 5,8 para 6, atingindo a meta estabelecida para essa etapa. No entanto, houve uma queda nos anos finais do ensino fundamental (Ideb de 5,0, abaixo da meta de 5,5) e no ensino médio (Ideb de 4,3, abaixo da meta de 5,2). A melhora observada nos anos iniciais é atribuída, principalmente, ao aumento da taxa de aprovação dos alunos. O Inep destacou que, apesar dos progressos, ainda há desafios a serem enfrentados para melhorar o desempenho dos alunos, especialmente em matemática e língua portuguesa. A avaliação de 2023 é a primeira nacional em larga escala desde a pandemia de Covid-19. (G1)

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a mpox, anteriormente conhecida como “varíola dos macacos”, voltou a ser classificada como uma Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional (ESPII). A decisão foi tomada por conta da rápida disseminação de uma nova variante da doença na África, especialmente na República Democrática do Congo, onde foram registrados este ano quase 14 mil casos e 450 mortes. Fora da África, "o surto continua com um baixo nível de transmissão", afirmou a OMS. No Brasil, a vacinação contra a doença começou em março do ano passado para grupos específicos. Conforme o Ministério da Saúde, em caso de novas evidências que demonstrem  a necessidade de alterações no planejamento de imunização, as ações necessárias serão adotadas e divulgadas. (G1)

Um aposentado de Ontario, no Canadá, de 82 anos, foi vítima de um golpe envolvendo vídeos deepfake do Elon Musk. Ele investiu mais de US$ 690 mil em uma suposta oportunidade de investimento após ver um vídeo falso de Musk endossando o projeto. Os golpistas usaram inteligência artificial para editar uma entrevista verdadeira do empresário, fazendo parecer que Musk estava promovendo o investimento. Os vídeos, conhecidos como deepfakes, são produzidos rapidamente e com baixo custo, sendo promovidos nas redes sociais, como Facebook e YouTube, para enganar investidores. “É provavelmente o maior golpe impulsionado por deepfakes de todos os tempos”, disse Francesco Cavalli, cofundador e chefe de inteligência de ameaças da Sensity, empresa que monitora e detecta deepfakes. (New York Times)

O Prêmio Shell de Teatro anunciou os indicados do primeiro semestre para sua 35ª edição. A diretora Yara de Novaes se destacou com duas das três peças líderes em indicações: "Lady Tempestade" e "Prima Facie", ambas indicadas em três categorias, incluindo melhor direção. A terceira peça mais indicada é "Arqueologias do Futuro", de Mauricio Lima e Fabiano Dadado de Freitas. Andrea Beltrão e Débora Falabella foram indicadas a melhor atriz por "Lady Tempestade" e "Prima Facie", respectivamente, junto com Mel Lisboa por "Rita Lee, uma Autobiografia Musical" e Noemi Marinho por "O Vazio na Mala". Na categoria de melhor ator, Othon Bastos, Renato Livera e Márcio Vito foram indicados pelo júri do Rio de Janeiro, enquanto Sidney Santiago Kuanza e Bruno Lourenço foram escolhidos pelo júri de São Paulo. Uma nova lista será divulgada em dezembro, incluindo produções lançadas no segundo semestre e na categoria de destaque nacional. (Folha)

A Mars anunciou nesta quarta-feira a compra da Kellanova, antiga Kellogg Company, por quase US$ 36 bilhões, em um dos maiores negócios do ano e que une duas gigantes de alimentos. Conhecida por fabricar chocolates e doces como Snickers, M&M’s, Twix e Skittles, a Mars, que é uma empresa de capital fechado, pagará em dinheiro o equivalente a US$ 83,50 por ação pela fabricante da Pringles. Para a Mars, a compra da Kellanova ajudará a diversificar seu portfólio, concentrado em chocolates, reduzindo a exposição ao cacau, cujos preços subiram a níveis históricos neste ano. Também contribuirá para a expansão em mercados internacionais. (Bloomberg Línea)

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira a chamada PEC da Anistia, que livra os partidos políticos de multas por descumprimento de repasses mínimos para candidaturas de negros e cria um perdão amplo para outras irregularidades em prestações de contas eleitorais. O texto também lança um programa de refinanciamento de dívidas das siglas partidárias e permite a utilização de recursos do Fundo Partidário para pagar multas eleitorais.

No início da sessão do Supremo Tribunal Federal desta quarta-feira, o ministro Alexandre de Moraes se manifestou sobre a revelação da Folha de troca de mensagens extraoficiais para a produção de relatórios para o inquérito das fake news e disse que o “caminho mais eficiente para a investigação naquele momento era a solicitação [de relatórios] ao TSE” e que “naquele momento a Polícia Federal pouco colaborava”. “Seria esquizofrênico eu, como presidente do Tribunal Superior Eleitoral [à época], me auto-oficiar”, afirmou. “Nenhuma das matérias preocupa meu gabinete, me preocupa a lisura dos procedimentos. Todos os procedimentos foram realizados no âmbito de inquéritos já existentes”, disse, citando os inquéritos das fake news e das milícias digitais. O presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, e o decano, Gilmar Mendes, também se manifestaram a favor do colega na sessão. (Folha)

O Índice de Preços ao Consumidor nos Estados Unidos caiu em julho, com inflação geral de 2,9%. As informações do Bureau of Labor Statistics tornam quase certo que o Federal Reserve (Fed) irá reduzir os juros em sua reunião do mês que vem. É a primeira vez desde 2021 que a inflação cai abaixo de 3%, percentual registrado em junho. O índice ficou abaixo das expectativas dos analistas. Embora ainda acima do patamar anterior à pandemia (2%), o número é muito inferior ao pico de 9,1% em 2022. Economistas esperam que o Fed reduza os juros em 0,25%. Um corte maior, de meio ponto percentual, seria surpreendente. Após mais de dois anos de críticas pela alta nos preços, os democratas respiram aliviados a menos de três meses das eleições presidenciais. (New York Times)

Blogueiros bolsonaristas foram alvo de uma operação da Polícia Federal nesta quarta-feira por ataques e ameaças a integrantes da corporação. Entre eles estão Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio, que vivem no exterior e são considerados foragidos. O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, emitiu novo mandato de prisão contra ambos atendendo a um pedido PF. Os investigadores apontam que o plano de ataques foi iniciado por Santos com o “objetivo de intimidar e sujeitar à execração midiática os policiais que atuam” nos casos sob relatoria de Moraes. Na representação enviada ao ministro há detalhes das ameaças a delegados, que incluem fotos, dados de seus familiares e até um objeto deixado no carro de um dos policiais, para mostrar que o grupo conhece seu endereço. (Globo)