‘Prévia do PIB’ registra alta de 0,23% em agosto, acima das expectativas do mercado
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma prévia do PIB, registrou crescimento de 0,23% em agosto frente ao mês anterior. O resultado ficou acima da expectativa do mercado, cuja mediana projetou um crescimento de 0,10%, e recuperou parte da queda de 0,59% em julho. O desempenho trimestral também foi positivo, com o índice subindo 1,5% em relação aos três meses anteriores. No ano, o IBC-Br cresceu 2,9%, enquanto nos últimos 12 meses o avanço foi de 2,5%. Comparado a agosto de 2023, a expansão foi de 3,1%. (Valor)
O Boletim Focus divulgado ontem pelo BC elevou discretamente as expectativas para o crescimento do PIB deste ano, de 3% para 3,01%, mantendo a previsão para 2025 em 1,93%. Já a estimativa para o IPCA deste ano avançou de 4,38% para 4,39%, a segunda alta consecutiva. Por outra parte, a previsão para a inflação em 2025 recuou de 3,97% para 3,96%. Os analistas mantiveram a estimativa para a Selic em 11,75% no fim deste ano, mas elevaram a taxa esperada para o fim de 2025, de 10,75% para 11%. Em relação ao câmbio, a projeção para 2024 foi mantida em R$ 5,40, sendo elevada para o ano que vem, de R$ 5,39 para R$ 5,40. (Meio)
E Gabriel Galípolo, diretor de Política Monetária e próximo presidente do BC, afirmou ontem que o crescimento da economia brasileira continua surpreendendo, mesmo com os juros elevados. Ele destacou a força do mercado de trabalho como um fator que mantém a inflação de serviços acima da meta, tornando o processo de desinflação “mais lento e custoso”. O economista destacou que o papel do BC é perseguir a meta de inflação e opinou que a autarquia não deveria discutir ou votar sobre ela. Sobre o câmbio, Galípolo reforçou que as intervenções do BC só ocorrerão em situações de escassez de liquidez ou volatilidade excessiva, seguindo critérios técnicos específicos para garantir a estabilidade da moeda. (Valor Investe)