Por assédio moral coletivo, Mercedes-Benz é condenada a pagar R$ 40 milhões
A segunda instância da Justiça trabalhista de Campinas condenou a Mercedes-Benz a pagar R$ 40 milhões em indenização por dano moral coletivo. O processo foi aberto em 2019 pelo Ministério Público do Trabalho e ainda cabe recurso ao Tribunal Superior do Trabalho. De acordo com as denúncias, a montadora cometeu assédio moral, discriminação racial e contra pessoas com deficiência. As denúncias são do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas, de Material Elétrico e Eletrônico e de Fibra Óptica de Campinas, Americana e Indaiatuba. Os relatos indicam que, durante o processo de reabilitação após afastamento pelo INSS, os profissionais eram isolados dentro da fábrica, perdendo oportunidades de ascensão profissional, promoções e acesso a salários mais altos. Os trabalhadores reabilitados teriam relatado no processo situações vexatórias, como serem chamados pela médica do trabalho de “vagabundos”, além de afirmar que a empresa não emite Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT). A Mercedes afirmou que “não comenta processos que estejam em andamento e reforça que adota todas as medidas de proteção, saúde e segurança de seus trabalhadores”. (Folha)