Inflação acelera a 0,44% em setembro, puxada por energia e alimentos
A inflação medida pelo IPCA acelerou a 0,44% em setembro, após deflação de 0,02% em agosto, segundo o IBGE. O resultado foi influenciado principalmente pela alta de 1,80% no grupo Habitação, devido à elevação de 5,36% no preço da energia elétrica residencial. Segundo o gerente da pesquisa, André Almeida, a mudança para a bandeira tarifária vermelha foi a principal responsável pelo aumento na conta de luz, com a cobrança de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, impactando o índice geral em 0,21 ponto percentual. O grupo Alimentação e bebidas, com alta de 0,50% após dois meses de quedas, também puxou para cima o resultado do mês. Outro fator relevante foi o aumento no preço da carne bovina devido à redução da oferta. O IPCA acumulado no ano é de 3,31%. Em 12 meses, é de 4,42%, encostando no teto da meta do governo, de 4,50%. (Meio)
Para o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a variação da inflação em setembro é temporária. Ele destacou a influência de fatores climáticos, como a seca, sobre os preços de energia e alimentos. Segundo o ministro, o aumento nos preços desses itens deve se normalizar com a chegada das chuvas. Haddad explicou que o IPCA de setembro reflete um “choque de oferta”. E pediu cautela ao Banco Central na definição da taxa básica de juros, comentando que “juro não faz chover”. Ao ser questionado se o governo pararia de criticar o BC com a aprovação de Gabriel Galípolo para o comando da instituição, afirmou que mantém um relação técnica com a autoridade monetária e elogiou a institucionalidade da sabatina no Senado. (Meio)