Emoção e pedido de justiça marcam primeiro dia de julgamento do caso Marielle
Mais de seis anos após a execução da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, os assassinos confessos começaram a ser julgados. Primeira a depor, Fernanda Chaves, assessora de Marielle, que também estava no carro atacado, contou os momentos de horror que viveu na noite do atentado. Após os tiros, saiu do carro engatinhando e pediu ajuda a pessoas que estavam no local. “Parece que as coisas vão amenizando, mas não. Não há normalidade desde que isso aconteceu.” (g1)
Assassino confesso, o ex-PM Ronnie Lessa disse que o crime teria ocorrido antes de 14 de março de 2018, se não fosse a exigência dos mandantes de que não fosse executado na Câmara dos Vereadores. Além disso, afirmou ter recebido uma oferta para matar o ex-deputado federal Marcelo Freixo, mas a considerou “inviável”. Quanto à morte de Anderson, alegou que ocorreu por causa da munição inadequada. “Se fosse um revólver, só a vereadora teria morrido.” (Globo)
No depoimento mais emocionado da sessão, a viúva Monica Benício relembrou a personalidade “afetuosa” e de “muita energia” de Marielle, que “estava no momento mais feliz da vida”. E disse esperar que “se faça a justiça que o Brasil, que o mundo espera há 6 anos e 7 meses”. A viúva de Anderson, Agatha Arnaus, também pediu que os assassinos paguem pelos crimes. (CNN Brasil)