Agência Nacional de Águas declara situação crítica no rio Xingu, onde fica Belo Monte
A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) declarou ontem situação crítica de escassez hídrica no rio Xingu e seu afluente, o rio Iriri, até 30 de novembro. O rio Xingu abriga a hidrelétrica de Belo Monte, responsável por 11% da capacidade de geração do sistema interligado nacional. Com essa decisão, a agência pode estabelecer regras especiais para uso da água e operação dos reservatórios, além de corroborar declarações de emergência nos municípios afetados. A decisão também abre caminho para aumentar o valor das tarifas de água. A bacia do Xingu banha Mato Grosso e Pará, sendo usada para abastecimento de 23 cidades com mais de 560 mil habitantes. (g1)
O governo Lula reduziu em 18% os recursos destinados à transição energética para 2025, segundo relatório do Instituto de Estudos Socioeconômicos. O valor caiu de R$ 4,4 bilhões em 2024 para R$ 3,6 bilhões no Projeto de Lei Orçamentária Anual de 2025. Essa queda, segundo o Inesc, pode comprometer as metas do país no enfrentamento das mudanças climáticas. (Folha)
Enquanto isso… o Reino Unido encerrou ontem a geração de eletricidade a partir da queima de carvão, pondo fim a 142 anos de dependência do combustível fóssil que impulsionou a revolução industrial, capitaneada pelos britânicos. A última central elétrica a carvão do país, em Ratcliffe-on-Soar, encerrou suas operações. A medida é um marco nas ações de Londres para mitigar as mudanças climáticas. E o país é primeiro entre os ricos a abandonar esse combustível fóssil, optando por gás natural, energia nuclear e uma combinação de fontes renováveis. (Washington Post)