Meio

O fenômeno El Niño, que contribuiu para as temperaturas extremas em 2023 e este ano, entrou em sua fase final, mas isso não significa necessariamente alívio nos termômetros. Segundo meteorologistas, os efeitos do aquecimento anormal das águas do Pacífico Norte, por conseguinte do resto do Planeta, vão ser sentidos pelo menos até abril. O El Niño acontece aproximadamente a cada sete anos e eleva a temperatura do Pacífico em 0,5º C, mas o fenômeno em 2023 foi muito mais intenso, com o aumento chegando a 2ºC. “Esse El Niño, além de ter sido o mais forte desde 2015-2016, chamou atenção por seu comportamento. Houve uma expansão da faixa de aquecimento do Pacífico para outras áreas que não costumavam ficar tão aquecidas em fenômenos anteriores”, diz o climatologista Vinícius Lucyrio, da Climatempo. (g1)

O Ministério da Gestão informou neste sábado que o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), apelidado de Enem dos Concursos, alcançou 2,65 milhões de inscritos. As inscrições terminaram na sexta-feira, mas os candidatos ainda têm até o dia 16 para pagar a taxa – 1,28 ainda não o fizeram. O CPNU pretende preencher 6.540 vagas em 21 órgãos do governo federal, com salários iniciais variam de R$ 3.741,84 a R$ 22.921,70. As provas acontecerão em 220 cidades no dia 5 de maio. (g1)

Novas projeções divulgadas nesta sexta-feira pelo Ministério da Saúde apontam para um novo recorde de casos de dengue em 2024. Segundo a secretária de Vigilância em Saúde da pasta, Ethel Maciel, o Brasil pode chegar a até 4,2 milhões de diagnósticos, quase o triplo dos 1,6 milhão do ano passado. “Nós nunca chegamos a esse número. Por isso, a preocupação, e também pela pressão que isso pode causar no serviço de saúde”, disse. Até o momento, o país registrou 395 mil casos, com 53 mortes confirmadas. No mesmo período de 2023, haviam sido contabilizados pouco mais de 93 mil casos. Maciel também explica que o perfil de ação do mosquito mudou, “com circulação ao longo de todo o dia, e não apenas no começo da manhã e fim da tarde como tradicionalmente acontece”. (g1)

Dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta sexta-feira mostram que os alertas de desmatamento caíram na Amazônia e no Cerrado em janeiro. Foram perdidos 118,8 km² de vegetação nativa na Amazônia, uma redução de 29% em relação aos 166,5 km² registrados no mesmo mês de 2023. Após quatro meses de aumento no desmate, o Cerrado apresentou queda de 33% em relação a janeiro do ano passado, com 295,9 km² de desflorestamento frente a 440,5 km² perdidos no mesmo mês do ano anterior. Comparados com dezembro de 2023, os índices apresentam uma redução de 32% na Amazônia e 35% no Cerrado. (Folha)

A vacinação contra dengue para crianças de 10 e 11 anos não vai ser interrompida para o Carnaval, anunciou nesta sexta-feira o Ministério da Saúde. A expectativa é concluir até o final de março a imunização desse grupo nas 512 cidades incluídas no programa. O cronograma inicial previa vacinar crianças até 14 anos, mas a baixa quantidade de doses fez com que a faixa etária fosse reduzida, com ampliação conforme mais vacinas forem recebidas. (Metrópoles)

A cidade de São Paulo registrou a primeira morte por dengue neste ano. Na última terça-feira, a prefeitura havia decretado situação de emergência. Esse é o sexto óbito no estado, somando outros dois em Pindamonhangaba, um em Bebedouro e um em Bauru, todos no interior, além de outro em Guarulhos, na Grande São Paulo. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, 34.995 casos foram confirmados, 6.651 deles na capital. No Brasil, 392.724 casos prováveis da doença foram contabilizados pelo Ministério da Saúde, além de 54 mortes confirmadas e outras 273 em investigação. Minas Gerais é o estado com mais diagnósticos (135.716), seguido por São Paulo (61.873) e Distrito Federal (48.657). (CNN Brasil)

Cientistas europeus bateram um novo recorde de produção de energia por fusão nuclear. De acordo com o anúncio do grupo EUROfusion, nesta quinta-feira, os pesquisadores geraram 69 megajoules de energia durante cinco segundos com apenas 0,2 miligramas de combustível utilizando o Joint European Torus (JET), uma enorme máquina conhecida como tokamak, no Reino Unido. A fusão nuclear é o mesmo processo que alimenta o Sol e é considerada a forma mais limpa para produzir quantidades gigantescas de energia com pouco combustível e baixas emissões de carbono na atmosfera. Em 2022, outro experimento no mesmo laboratório produziu 59 megajoules, mais do que o dobro alcançado em um teste de 1997. (CNN Brasil e BBC Brasil)

Pela primeira vez no Brasil um paciente teve implantado no cérebro um dispositivo para controlar os sintomas do transtorno obsessivo-compulsivo, conhecido como TOC, doença que provoca padrões de pensamentos, imagens e impulsos contra a vontade da pessoa. A técnica, chamada Deep Brain Stimulation (DBS), consiste em implantar eletrodos muito finos em partes específicas do cérebro ligadas ao TOC e enviar sinais elétricos que ajudam a interromper esses padrões. O paciente, cujo nome não foi divulgado, sofre de TOC grave e crônico e não respondeu adequadamente a tratamentos convencionais, como medicamentos, terapia e eletroconvulsoterapia. (Viva Bem)

A imagem bela e comovente de um jovem urso polar adormecendo em um iceberg deu à fotógrafa amadora britânica Nima Sarikhani o prêmio de Fotógrafa de Vida Selvagem do Ano no People's Choice Award. O registro foi realizado em meio à espessa neblina do arquipélago norueguês de Svalbard. Outras quatro fotos finalistas ganharam destaque: uma tartaruga dos Balcãs caminhando em águas rasas; uma nuvem de estorninhos em Roma; duas leoas protegendo um filhote e as águas-vivas lunares iluminadas pela aurora boreal, no norte da Noruega. As cinco imagens serão exibidas online e no Museu de História Natural de Londres até 30 de junho. (BBC)

Em outubro do ano passado, a imagem do Rio Negro e de outros grandes rios da Bacia Amazônica praticamente secos chocou o mundo e expôs a crise climática na região. Agora, com o pior da estiagem para trás, o Negro se recupera e já se aproxima do nível que apresentava há um ano. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), na última terça-feira o rio atingiu 21,46m, quase o dobro dos 12,7m registrados em 26 de outubro do ano passado, o pior nível desde que a medição começou a ser feita, em 1902. Tanto quanto a recuperação do meio ambiente, a normalização do Rio Negro reacende setores da economia que dependem do transporte fluvial. (g1)