Viver

Emissões de CO2 por produção de energia batem recorde em 2023

As emissões de dióxido de carbono provocadas pela produção de energia bateram um novo recorde em 2023, apesar da redução do uso de combustíveis fósseis nos Estados Unidos e na União Europeia. É o que mostra o relatório da Agência Internacional de Energia (AIE), divulgado nesta sexta-feira. Foram jogados 37,4 bilhões de toneladas de CO2 na atmosfera, um aumento de 1,1% em comparação ao ano anterior. China e Índia foram os países mais poluentes, já que suas economias continuam muito dependentes do carvão para atender às demandas de produção energética, enquanto desenvolvem fontes mais limpas. A AIE projeta um quadro mais positivo a longo prazo, com a queda dessas emissões por energia graças ao crescimento de fontes renováveis, como eólica e solar. (Folha)

Relator no TSM vota para absolver militares que mataram músico no Rio

O Tribunal Superior Militar está em vias de reverter, contrariando laudos periciais, uma decisão de primeira instância que condenou os militares que mataram o músico Evaldo Rosa e o catador de recicláveis Luciano Macedo em 7 de abril de 2019. O carro da família de Evaldo foi atingido por 62 tiros de fuzil em duas sequências e ele foi baleado nove vezes, e Luciano morreu ao tentar ajudá-lo a sair do veículo. Na quinta-feira, o relator do caso, tenente-brigadeiro-do-ar Carlos Augusto Amaral Oliveira, votou pela absolvição dos acusados alegando que houve legítima defesa e que o músico foi atingido acidentalmente pelo disparo que o matou, um tiro nas costas que o fez parar o carro. Segundo a perícia do Ministério Público Militar, não há sinal de ter havido confronto com criminosos e Evaldo morreu por um tiro na cabeça, na segunda rajada, já disparada diretamente contra seu automóvel. Oliveira baseou seu voto em duas testemunhas. (Agência Pública)

Obesidade atinge 1 bilhão de pessoas, aponta estudo

Cerca de um bilhão de pessoas em todo o mundo sofrem com a obesidade, segundo um estudo que reuniu dados de 3.663 pesquisas feitas em 200 países ao longo de 32 anos. Nesse período, a taxa de obesidade entre adultos dobrou, enquanto a de crianças e adolescentes cresceu quase quatro vezes. De acordo com os dados, 159 milhões de crianças e adolescentes e 879 milhões de adultos são obesos hoje. O Brasil está na 54ª posição em obesidade entre crianças e adolescentes em 2022. A taxa aumentou de 3,1% em 1990 para 14,3% no ano passado para meninas e 3,1% para 17,1% para meninos no mesmo período. (g1)

Desmatamento no Cerrado cai 48% em janeiro frente ao mês anterior

O desmatamento no Cerrado caiu 48% em janeiro na comparação com dezembro de 2023, com perda de 51 mil hectares, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam). Segundo o Sistema de Alerta de Desmatamento do Cerrado (SAD), a perda da vegetação em janeiro foi a menor dos últimos 11 meses, mas registrou uma alta de 10% em relação ao mesmo mês do ano passado, quando o bioma perdeu 46 mil hectares. A região do Matopiba, que inclui Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, respondeu pela maioria da taxa de desmatamento do mês passado, com 64%. (UOL)

Brasil chega a mais de 1 milhão de casos de dengue em 2024

O Brasil passou a marca de 1 milhão de casos de dengue nesta quinta-feira, segundo dados do Ministério da Saúde. Foram 1.017.278 infecções nas primeiras oito semanas deste ano contra 207.475 no mesmo período do ano passado. Desde janeiro, 214 mortes já foram confirmadas e outras 687 seguem em investigação. Em 2023, houve 149 óbitos nas oito primeiras semanas. Com a alta de casos, seis estados, além do Distrito Federal, declararam emergência em saúde pública. Para conter o avanço da doença, a pasta da Saúde promete implementar o “Dia D”, de mobilização nacional contra a dengue, neste sábado. (g1)

Saúde suspende nota técnica que derrubava norma do governo Bolsonaro sobre aborto

O Ministério da Saúde suspendeu hoje uma nota técnica que derrubava uma orientação do governo Bolsonaro, que fixava prazo para o aborto legal. O Código Penal não estabelece qualquer limite de tempo para a realização do procedimento nas condições previstas em lei, quando a gravidez é resultado de estupro ou coloca a vida da mulher em risco. Uma decisão do STF também permite sua realização em caso de anencefalia. Durante a gestão Bolsonaro, o prazo para a realização do aborto legal era de 21 semanas e 6 dias de gestação. O documento, publicado na quarta-feira, ressaltava que caberia aos serviços de saúde “garantir esse direito de forma segura, íntegra e digna”, não podendo ser imposta qualquer limitação senão aquelas previstas na legislação. Segundo a assessoria da pasta, “o documento não passou por todas as esferas necessárias do Ministério da Saúde e nem pela consultoria jurídica da Pasta, portanto, está suspenso”. (g1)

Ministério da Saúde derruba norma técnica do governo Bolsonaro sobre aborto

O Ministério da Saúde publicou uma nota técnica derrubando uma orientação do governo Bolsonaro, que fixava prazo para o aborto legal, voltando a valer o que diz o Código Penal, em vigor desde 1940, que não estabelece qualquer limite de tempo para a realização do procedimento nas condições previstas em lei, quando a gravidez é resultado de estupro ou coloca a vida da mulher em risco. Uma decisão do STF também permite sua realização em caso de anencefalia, ou seja, má formação cerebral do feto. Durante a gestão Bolsonaro, o prazo para a realização do aborto legal era de 21 semanas e 6 dias de gestação. A partir daí, a pasta argumentava que haveria uma viabilidade de sobrevivência do feto, se tornando um parto prematuro e não um aborto. No documento, a pasta afirma que “se o legislador brasileiro ao permitir o aborto, nas hipóteses descritas no artigo 128 não impôs qualquer limite temporal para a sua realização, não cabe aos serviços de saúde limitar a interpretação desse direito, especialmente quando a própria literatura/ciência internacional não estabelece limite”. (g1)

Homem é preso por suspeita de ajudar fugitivos de Mossoró

Um homem foi preso nesta quinta-feira em Fortaleza (CE), suspeito de ajudar na fuga de dois integrantes de uma facção criminosa do presídio federal de Mossoró (RN). É a sexta pessoa detida desde o início das buscas por Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento. A polícia não identificou o preso nem informou qual teria sido sua participação na fuga da dupla. Os investigadores acreditam que os foragidos ainda estejam no Rio Grande do Norte. (Folha)

Amazônia bate recorde de focos de incêndio para fevereiro

A Amazônia enfrenta um recorde de focos de incêndio para um mês de fevereiro, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). São 2.924 pontos de queimadas identificados até o último dia 26, o maior número da série histórica, iniciada em 1999. Comparado ao mesmo período do ano passado, com 734, o bioma registra alta de 298% de focos de incêndio. A pior situação está em Roraima, onde a fumaça chegou a encobrir parte da capital Boa Vista. Embora tenha reduzido o desmatamento na região por mais da metade em 2023, a falha na prevenção de incêndios tem pressionado o governo federal, que prometeu dar ênfase na proteção ambiental. (CNN Brasil)

Odysseus poderá continuar operando após fim de ‘noite lunar’

A Odysseus, primeira espaçonave construída nos EUA a pousar na Lua em mais de 50 anos, poderá superar as expectativas e continuar enviando dados científicos importantes para a Nasa, além dos sete a dez dias iniciais da missão. Os engenheiros da Intuitive Machines, empresa privada responsável pelo módulo, vão colocar a sonda espacial em modo de espera, quando os painéis deixarão de receber luz solar pelas próximas semanas durante a “noite lunar”, segundo um comunicado nesta quarta-feira. Os controladores de voo vão tentar reiniciar o Odysseus em cerca de três semanas, quando o Sol voltar a nascer no Pólo Sul do satélite da Terra, onde ele está atualmente. (Reuters)