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A Prefeitura de São Paulo decretou nesta segunda-feira situação de emergência na cidade em virtude da alta de casos de dengue. De acordo com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), três solicitações ao Ministério da Saúde foram feitas para que a vacina chegue na capital, mas sem resposta. Logo após o anúncio, a pasta respondeu que a cidade será uma das contempladas no próximo lote de vacinas contra a dengue a ser recebido pelo governo federal. A cidade de São Paulo já registrou 49.721 casos confirmados de dengue e ao menos 11 óbitos. O decreto emergencial da capital acontece menos de 15 dias depois que o estado de SP também declarou situação de emergência. (g1)

Vai ser enviado ao Senado no próximo mês o anteprojeto do novo Código Civil, elaborado por uma comissão de 38 juristas. Como conta Lauro Jardim, a proposta traz mudanças como o reconhecimento dos animais de estimação como seres sencientes, não mais objetos ou propriedades, e seu bem-estar tem de ser levado em conta. O capítulo de direitos da família traz mudanças que prometem causar polêmica com a ala mais conservadora do Congresso. A começar pelo nome, referido como “direito das famílias”, reconhecendo a existência de diferentes arranjos familiares. Outra novidade é que cônjuges deixam de ser herdeiros obrigatórios. (Globo)

O desmatamento na Amazônia Legal em janeiro e fevereiro foi o menor registrado em seis anos, segundo dados divulgados nesta segunda feira pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). Nos dois primeiros meses do ano foram derrubados 196 km² de florestas na região, o que representa uma redução de 63% em relação aos 523 km² desmatados no mesmo período do ano anterior. A Amazônia Legal abrange Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Tocantins e parte do Maranhão, correspondendo a 59% do território brasileiro. (g1)

A onda de calor que atinge cinco estados do país fez o Rio de Janeiro bater recorde de sensação térmica neste domingo, de acordo com o Sistema Alerta Rio. O município registrou 62,3ºC de sensação térmica na estação de Guaratiba, Zona Oeste do Rio. Esta foi a maior sensação térmica registrada desde 2014, quando o órgão começou a fazer as medições. Com 34,7°C, a cidade de São Paulo teve no sábado o dia mais quente do ano e a maior temperatura para o mês de março em ao menos 81 anos. Com as altas temperaturas, o Brasil também bateu um recorde histórico de demanda de energia elétrica. Segundo modelos meteorológicos, a onda de calor deve se estender até a próxima quarta-feira, quando se inicia o outono. (g1)

Mais de 60% das áreas desmatadas na Amazônia e recuperadas em um período de 15 anos foram novamente devastadas, segundo um levantamento inédito do Instituto Nacional de Pesquisa Espacial (Inpe). A análise consta ainda que, ao longo desses anos, a proporção entre o que foi destruído e o que vem se regenerando tem ficado cada vez menor. Em 2018, por exemplo, essa taxa era de 24%. Nos anos seguintes, o número vem caindo: em 2021 a taxa era de 23,5% e em 2022 foi de 22%. Segundo o Inpe, o avanço da perda florestal na Amazônia acompanhou, principalmente, o percurso dos rios usados pelo garimpo ilegal. Os dados do estudo servirão para nortear o governo federal no desenvolvimento de políticas públicas de preservação da região. (g1)

Desde o começo do ano, o Brasil já registrou 1,68 milhão de casos prováveis de dengue, ultrapassando o total de casos registrados pela doença em 2023 (1,66 milhão), segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. O número de mortes observadas este ano (513) ainda não supera o registrado nos 12 meses do ano anterior (1.094). No entanto, ainda há 903 óbitos sob investigação, o que pode elevar as estatísticas da letalidade da doença em 2024. Oito estados e o Distrito Federal declararam estado de emergência devido à dengue no país. (Agência Brasil)

Um estudo da Fiocruz publicado no portal Scientific Reports da revista Nature sugere que o motivo de a dengue estar se espalhando pelas regiões Sul e Centro-Oeste, onde não eram tão comuns, são as ondas de calor causadas pelas mudanças climáticas. Essas altas temperaturas estão associadas à urbanização incompleta, grande circulação de pessoas em certas áreas, e degradação ambiental, principalmente no Cerrado, que sofre com desmatamento, queimadas e perda de florestas para o pasto. De acordo com Christovam Barcellos, autor da pesquisa, o aumento de temperaturas em alguns desses estados está se tornando quase permanente. “A gente tinha cinco dias de anomalia de calor, agora são 30 dias acima da média ao longo do verão. Isso dispara o processo de transmissão de dengue, tanto por causa do mosquito quanto pela circulação de pessoas”, explica. (Globo)

A fotografia de uma bola de futebol envolvida por uma colônia de cracas no litoral inglês foi a grande vencedora do British Wildlife Photography Awards deste ano. A imagem contendo os crustáceos marinhos foi selecionada entre outras 14 mil concorrentes enviadas por fotógrafos profissionais e amadores, levando também a categoria Costa e Marinha. Outros belos registros foram contemplados na premiação, como a de um estorninho-malhado, a elegância do bolor limoso e o pouso de borboletas em uma fazenda. Veja as fotos ganhadoras. (g1)

Mais de 20 anos após a promulgação da lei que estabelece a inclusão de história e cultura africanas no currículo escolar, nove em cada dez instituições de ensino ainda não abordam o tema racial em sala de aula. Um estudo realizado com 3.467 turmas em creches e escolas de Educação Infantil da rede pública de 12 cidades, incluindo nove capitais, em 2021, mostra que 89,8% delas não tiveram educação étnico-racial em sua grade. O levantamento foi realizado pela Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Itaú Social e Laboratório de Estudos e Pesquisas em Economia Social da Universidade de São Paulo (USP). Para Karina Fasson, gerente de Conhecimento Aplicado da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, “uma escola que não trabalha a educação para as relações étnico-raciais, que não possui materiais que reflitam a diversidade, acaba reproduzindo o racismo”. (Estadão)

Quase metade das mulheres brasileiras afirmam ter sofrido violência doméstica e familiar. Segundo dados do Mapa Nacional da Violência de Gênero divulgados hoje, 30% já foram alvo dessas práticas, enquanto outros 18% só se identificam como vítimas depois de serem apresentadas a situações específicas descritas como violentas. O maior índice de agredidas está na região Norte, liderado por Amazonas (57%), Amapá (56%) e Rondônia (55%), enquanto a média nacional é de 48%. A pesquisa ouviu 21 mil mulheres por telefone entre 21 de agosto e 25 de setembro de 2023. (Folha)