Meio

Recapturados na quinta-feira no Pará após 50 dias, os dois integrantes de uma fação criminosa que fugiram do presídio federal de Mossoró (RN) foram levados de volta para a mesma penitenciária. Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram colocados em celas separadas e sob monitoramento 24 horas por dia. Desde a fuga, a primeira no sistema prisional federal, a direção do presídio de Mossoró foi trocada e as medidas de segurança reforçadas. A dupla abriu uma passagem atrás de uma luminária e cortaram duas cercas de arame, aparentemente usando ferramentas de uma obra que acontecia na unidade. (g1)

Após 50 dias de buscas, as Polícias Federal (PF) e Rodoviária Federal (PRF) recapturaram dois integrantes do Comando Vermelho que protagonizaram a primeira fuga de um presídio de segurança máxima, em 14 de fevereiro, ao escaparem da Penitenciária Federal de Mossoró (RN). Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento foram encontrados em Marabá (PA), a cerca de 1.600 km de Mossoró, com outros quatro homens em três carros. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, disse que os fugitivos planejavam deixar o país. Nas primeiras semanas de operações, a polícia prendeu três pessoas suspeitas de ajudar na fuga e cumpriu nove mandados de busca e apreensão nas cidades de Mossoró, Quixeré (CE) e Aquiraz (CE) contra possíveis envolvidos em apoio aos foragidos. A pasta decidiu dispensar definitivamente Humberto Gleydson Fontinele da direção do presídio de Mossoró. Ele estava afastado da função desde 14 de março, quando foi substituído interinamente pelo ex-diretor da Penitenciária Federal de Catanduvas (PR) Carlos Luis Veira Pires. (UOL)

O Ministério da Saúde anunciou nesta quinta-feira a reinstalação da Comissão Nacional de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e ISTs (Cnaids), voltada para o fortalecimento de políticas públicas de combate às doenças. Desativada no governo Bolsonaro, em 2019, a Cnaids é formada por 35 representantes da sociedade civil e foi responsável por emitir recomendações técnicas que embasaram decisões do governo, como a quebra de patentes de antirretrovirais e a proibição de testes de HIV para prestação de concursos públicos. A ministra da Saúde, Nísia Trindade, disse que a extinção da comissão causou “atraso nas pesquisas e nas ações de prevenção a essas doenças que podem atingir toda a população”. (Globo)

Desenvolvida para tratar a diabetes tipo 2, com o bônus de ajudar na perda de peso, a lixisenatida pode ter um novo e inesperado uso: prevenir o avanço da doença de Parkinson. Um estudo feito na França com 156 pacientes no estágio inicial da enfermidade mostrou que aqueles que receberam a lixisenatida não tiveram piora na capacidade motora, ao contrário dos que receberam o placebo. O resultado, porém, ainda não é considerado conclusivo. Parkinson é uma doença degenerativa que aflige 10 milhões de pessoas no mundo e não tem cura. (Folha)

Amplamente utilizado por garimpeiros ilegais, o mercúrio se tornou uma ameaça grave ao povo ianomâmi. Uma pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e do Instituto Socioambiental (ISA) em nove comunidades às margens do Rio Mucajaí, em Roraima, mostrou que a contaminação pelo metal pesado atinge 94% dos indígenas. Em alguns casos, a presença do material no organismo chega a seis vezes o máximo estabelecido pela Organização Mundial da Saúde (OMS). De acordo com os pesquisadores, os indígenas contaminados apresentam com mais frequência déficits cognitivos e danos nos nervos das extremidades, como mãos e pés. (g1)

Dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta quarta-feira mostram que o Brasil já ultrapassou a marca de mil mortos pela dengue em 2024. Foram 1.020 óbitos registrados nos primeiros três meses deste ano, ante os 388 no mesmo período do ano passado. Até o momento, já são 2.671.332 casos, uma taxa inédita. Em 2023, o país teve 589.294 infecções entre janeiro e março. O Ministério da Saúde estima que o país chegue a 4,2 milhões de casos em 2024. Apesar dos números, o governo afirmou que a maioria dos estados já superou o pico de casos, com 12 das 27 unidades da federação apresentando “tendência de estabilidade” e outras oito com “tendência de queda consolidada”. (g1)

Após a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), na terça-feira, o Brasil vai voltar a produzir insulina glargina, utilizada no tratamento de diabetes tipo 1. O produto será fabricado em território nacional pela empresa de biomedicina Biomm, que ficará responsável pelas etapas de formulação e envase. Até então, apenas a China fazia as doses. A fábrica de Nova Lima, em Minas Gerais, tem capacidade para produzir 20 milhões de unidades de carpules e canetas anualmente. O Brasil é o quinto país com mais casos da doença no mundo, com 15,7 milhões de pacientes adultos, segundo o Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF). (Globo)

Nove pessoas morreram e outras 934 ficaram feridas nesta quarta-feira em Taiwan devido a um terremoto de magnitude 7,4, o mais violento a atingir a ilha em 25 anos. Segundo relatos das autoridades, cerca de cem prédios foram danificados pelo abalo, que foi seguido por outros 29 tremores de magnitude superior a 4,0. Todos os óbitos ocorreram no condado de Hualien, onde 75 pessoas presas em vários túneis foram resgatadas por equipes de emergência. O porta-voz da Administração Central de Clima de Taiwan alertou que fortes tremores secundários de magnitude 7 deverão ocorrer até o final da semana. Taiwan, Japão e Filipinas chegaram a emitir um alerta de tsunami após o terremoto, mas a emergência já foi suspensa. (CNN)

A médica Natália Schincariol, ex-companheira do filho caçula do presidente Lula (PT), Luís Claudio Lula da Silva, registrou nesta terça-feira um boletim de ocorrência eletrônico contra ele na Delegacia da Mulher em São Paulo. Além de violência moral e psicológica, ela relatou ter levado uma cotovelada na barriga ao tentar pegar o celular dele durante uma briga em janeiro. O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou que o empresário mantenha distância de Natália e deixe o apartamento em que vivia com ela. Os dois estiveram juntos nos últimos dois anos, mas se separaram, segundo ela, depois da descoberta de supostas traições de Luís Cláudio. Ela afirmou ainda que não registrou ocorrência antes porque o ex-namorado teria dito que nada aconteceria por ser filho do presidente. A defesa de Luís Claudio afirma que as acusações são “inverídicas” e “fantasiosas”. (UOL e Globo)

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou que a vacinação contra o HPV, papilomavírus humano causador de 99% dos casos de câncer de colo do útero, será realizada em dose única para crianças e adolescentes de nove a 14 anos no Sistema Único de Saúde (SUS). A decisão segue uma recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) feita em 2022. Os imunossuprimidos e vítimas de violência sexual devem continuar recebendo as três doses do imunizante. A ministra pede que estados e municípios façam uma busca ativa pelos jovens que ainda não receberam nenhuma dose. Uma nota técnica da pasta incluiu no Programa Nacional de Imunizações (PNI) o grupo de pessoas portadoras de papilomatose respiratória recorrente, de qualquer idade, para receber a vacina gratuitamente pelo SUS. (g1)