Meio

O mundo viveu em 2024 o mês de março mais quente que se tem registro, segundo dados do observatório Copernicus, ligado à União Europeia. Com isso, completaram-se dez meses consecutivos de calor recorde, comparados aos mesmos meses dos anos anteriores. Entre abril de 2023 e março passado, a Terra registrou uma temperatura média 1,58ºC acima da média do período pré-industrial, no século 19. Embora reconheçam o peso do fenômeno El Niño, os cientistas afirmam que o grande responsável pelas altas temperaturas é o efeito estufa, provocado pela emissão de gases. (g1)

Moradores e turistas de Estados Unidos, Canadá e México se reuniram nesta segunda-feira para ver o eclipse solar total, fenômeno quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, bloqueando o contorno da estrela por completo. O próximo eclipse será no dia 2 de outubro, mas será anular, quando o satélite da Terra bloqueia apenas parte da luz solar. Desta vez, o fenômeno poderá ser visto do Brasil. Veja as fotos do espetáculo natural. (g1)

O Brasil bateu o recorde de mortes por dengue, após uma atualização dos dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde nesta segunda-feira. Foram 1.116 óbitos registrados nas primeiras 13 semanas de 2024, superando a marca anterior de 1.094 do ano passado, maior taxa da série histórica iniciada em 2000. Também já são 2.963.994 casos de infecção, uma taxa igualmente inédita. No mesmo período de 2023, o país tinha contabilizado 388 mortes e 589.294 casos. Segundo o governo federal, a maioria dos estados já superou o pico de infecções, sendo que das 27 unidades da federação, 12 estão em tendência de estabilidade e oito em tendência de queda consolidada. Ao todo, 11 estados decretaram emergência por causa da dengue. (g1)

O Vaticano divulgou nesta segunda-feira a nota Dignitas infinita (Dignidade infinita), que reafirma a oposição da Igreja em temas polêmicos como mudança de sexo, aborto, teoria de gênero e barriga de aluguel. O documento vem sendo elaborado há cinco anos e descreve o que a Santa Sé percebe como ameaças à dignidade humana. Em comunicado, o chefe do escritório doutrinário do Vaticano, cardeal Victor Manuel Fernández, disse que o Papa Francisco aprovou o texto depois que foi adicionado “a pobreza, a situação dos imigrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico humano, a guerra e outros temas”. De acordo com a nota, “qualquer intervenção de mudança de sexo, como regra, corre o risco de ameaçar a dignidade única que a pessoa recebeu desde o momento da concepção”. Já a maternidade pela barriga de aluguel viola a dignidade, tanto da mãe de aluguel, quanto da criança. A nota também condena o aborto, a eutanásia e a pena de morte. (CNN Brasil)

O Brasil nunca teve tantos médicos, mas o acesso a eles não é igual para toda a população. Dados da pesquisa Demografia Médica, divulgada nesta segunda-feira pelo Conselho Federal de Medicina (CFM), mostram que o país tem hoje 575.930 desse profissionais, mais de quatro vezes os 131.278 registrados em 1990. Em compensação, a distribuição geográfica mostra as desigualdades no país. Enquanto o Sudeste tem 3,76 médicos para cada mil habitantes, o Norte tem apenas 1,73. Além disso, 52,4% dos médicos atuam nas 27 capitais, e 47,6% em todos os mais de 5 mil municípios do interior. “A maioria dos profissionais têm optado por se instalar nos estados do Sul e do Sudeste e nas capitais devido às condições de trabalho. Aqueles que moram no Norte, no Nordeste e nos municípios mais pobres do interior se ressentem da falta de investimentos em saúde, dos vínculos precários de emprego e da ausência de perspectivas”, analisa José Hiran Gallo, presidente do CFM. (g1)

O estado de São Paulo confirmou 221 mortes por dengue neste domingo e outras 495 estão em investigação, segundo o painel de monitoramento da Secretaria Estadual da Saúde. Já são 1.037.620 notificações este ano com 471.989 casos confirmados. Até agora, a capital registrou a maioria dos óbitos (33), seguida por Guarulhos (15), na Região Metropolitana, e Taubaté e Jacareí, com 12 cada. Na quarta-feira, o Brasil chegou a 1.020 mortes pela doença, além de outros 1.531 óbitos em investigação e 2.671.332 casos prováveis em 2024. (Folha)

O governo do Rio de Janeiro confirmou nesta sexta-feira dois casos de dengue do sorotipo 3, que não circulavam no estado desde 2007. Os infectados foram uma mulher de 39 anos, moradora de Paraty, no litoral Sul, e uma criança de um ano, que vive em Maricá, na Região Metropolitana, em fevereiro. Ambos passam bem. Segundo a Secretaria de Saúde do estado, o sorotipo 3 não tem diferença importante em relação aos tipos 1 e 2, mais comuns, apresentando os mesmo sintomas, como febre com mais de 38°C, dor no corpo e nas articulações e eventuais manchas vermelhas no corpo. (Folha)

A ativista Greta Thunberg foi detida duas vezes pela polícia holandesa, durante várias horas, neste sábado, em um protesto pelo clima na cidade de Haia. Ela foi presa por pouco tempo pelos agentes, mas ao ser liberada, se juntou com outros manifestantes, quando foi levada novamente em um ônibus. Segundo a polícia, 412 manifestantes foram presos. Eles tentavam bloquear uma importante rodovia em um ato contra subsídios e incentivos fiscais do governo ao setor ligado a combustíveis fósseis. Nos últimos meses, essa rodovia já foi bloqueada em mais de 30 manifestações com pautas climáticas. (Reuters)

Os governos de Goiás e Paraná vão devolver para as escolas O Avesso da Pele, livro vencedor do Prêmio Jabuti de 2021, recolhido após críticas de bolsonaristas em março. A Secretaria de Educação goiana disse que a obra de Jeferson Tenório passou por avaliação após reclamações das famílias de alunos, mas voltou às bibliotecas ao identificar que era destinada ao público do Ensino Médio. Já o governo paranaense afirmou ao UOL que a devolução será realizada até o fim deste mês. Os estados haviam retirado o título das escolas para realizar “análises necessárias” por causa de “expressões, jargões e descrições de cenas de sexo explícito” presentes no texto, apesar de o conteúdo já ter sido analisado por mestres, doutores, professores e especialistas do Ministério da Educação (MEC) e ser incluído no Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) durante o governo Bolsonaro. (UOL)

Os alertas de desmatamento na Amazônia caíram 41,7% no primeiro trimestre de 2024, com perda de 491,8 km² da vegetação, ante 844,6 km² no mesmo período de 2023, segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados nesta sexta-feira. Já no Cerrado, houve um aumento de 2% nos alertas, alcançando o maior patamar de alertas da série histórica, iniciada em 2019 para os primeiros três meses do ano, com 1.445,6 km² de área verde perdida. Replicar os bons resultados de um bioma para o outro tem se mostrado um grande desafio para o governo federal. Enquanto 54,3% da floresta amazônica tem proteção de unidades de conservação e terras indígenas, apenas 12% do Cerrado tem alguma área protegida, com propriedades privadas ocupando 67% do local. (Folha)