Meio

O aquecimento do planeta, que tem batido sucessivos recordes nos últimos meses, não é notado apenas nos continentes, mas também nos oceanos. Nas últimas duas décadas, o aumento da temperatura nas águas tem ameaçado a vida marinha e as pessoas que moram em áreas costeiras. Estudos científicos publicados nos últimos 60 anos mostram que a poluição causada pela queima de combustíveis fósseis fez com que os oceanos perdessem 2% do oxigênio, tornando as águas salgadas do planeta cada vez mais ácidas. Comparado ao período pré-industrial, o índice chega a 30% e pode atingir 170% em 2100.

O governo de Tóquio anunciou nesta terça (4) que lançará seu próprio aplicativo de namoro a fim de reverter a baixa taxa de natalidade do Japão. Ele, porém, não será destinado às pessoas que querem casos de uma noite só. Isso porque quem se cadastrar será obrigado a apresentar documentos que comprovem a solteirice e assinar uma carta de intenção de casamento. O aplicativo também exigirá que o usuário envie um recibo que mostre seu salário anual. A capital japonesa costumar promover eventos para as pessoas se conhecerem e, eventualmente, se relacionarem. Uma autoridade local disse que 70% dos japoneses querem se casar, mas não vão regularmente a eventos ou usam aplicativos de namoro. "Queremos dar-lhes um empurrãozinho", afirmou. No ano passado, a taxa de natalidade do Japão caiu pelo oitavo ano consecutivo, com 758.631 nascimentos registrados. (Folha)

Pela primeira vez em seis anos o Brasil conseguiu reduzir o desperdício de água tratada, mas ainda está longe da meta estabelecida pelo Ministério do Desenvolvimento Regional. De acordo com estudo do Instituto Trata Brasil, em 2022, último ano com dados disponíveis, foram 37,8% de toda a água potável produzida no país se perderam antes de chegar aos usuários, uma melhora em relação aos 40,3% do ano anterior, mas ainda assim equivalentes a 7 bilhões de metros cúbicos. A meta considerada aceitável pelo ministério é de 25% de perda. No país, a região Norte tem o maior desperdício, com 46,9%, enquanto o Sudeste tem o menor, 34%. (g1)

A Universidade de São Paulo (USP) perdeu o posto de melhor da América Latina no ranking da Quacquarelli Symonds, especialista global no ensino superior, dando lugar para a Universidad de Buenos Aires (UBA), da Argentina, segunda colocada da região na edição passada. Mesmo com a queda, a USP segue entre as 100 melhores nos quesitos de reputação acadêmica e do empregador, resultados de emprego e sustentabilidade. Além da USP, que ficou em 92º lugar na classificação global, Universidade Estadual de Campinas (232º), Universidade Federal do Rio de Janeiro (304º), e Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho - Unesp (489º) se destacaram no top 500.

Entre 2018 e 2022, a produção de ouro subiu no Brasil, ao mesmo tempo em que a importação de mercúrio diminuiu, ainda que o país não produza o metal. Um estudo do Instituto Escolhas estima que até 185 toneladas de mercúrio de origem desconhecida tenham sido utilizadas em garimpos no período. Segundo o levantamento, 127 toneladas de ouro foram registradas em áreas permitidas no país, tendo sido necessário uma quantidade entre 165 e 254 toneladas de mercúrio para a produção. No entanto, apenas 68,7 toneladas do metal foram importadas, indicando que até 185 toneladas podem ter origem ilegal. “Esse dado preocupa porque revela uma enorme falha do controle oficial sobre o comércio de algo que representa um grave perigo à saúde humana e ao equilíbrio ambiental. O Brasil precisa se comprometer com o fim do uso do mercúrio e, até que isso ocorra, o mínimo que se espera é um controle rígido sobre o mercúrio que ainda circula no país”, explica Larissa Rodrigues, pesquisadora do Escolhas. (g1)

O Ministério Público do Rio Grande do Sul está investigando denúncias de desvio de doações para as vítimas das enchentes em pelo menos quatro municípios da região metropolitana de Porto Alegre. Os principais suspeitos são pré-candidatos às eleições municipais de outubro, que estariam usando as doações para atrair eleitores e vincular suas candidaturas à distribuição de auxílio. A investigação começou no dia 23 do mês passado, quando o MP identificou a entrega indevida de doações em uma ONG ligada a um político em Barra do Ribeiro. Dois dias depois, três servidores da Defesa Civil de Eldorado do Sul, dois deles declaradamente pré-candidatos, foram afastados por suspeita de desvios. (UOL)

Um estudo do World Weather Attribution (WWA), produzido por pesquisadores de Brasil, Reino Unido, Suécia, Holanda e Estados Unidos, mostra que as mudanças climáticas provocadas pelas emissões de gases do efeito estufa por atividades humanas dobraram a probabilidade de chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul neste ano, além de deixá-las até 9% mais intensas. A análise considerou extremamente raros os temporais entre 29 de abril e 4 de maio e os que ocorreram de 26 de abril a 5 de maio. Segundo os cientistas, esses eventos ocorrem aproximadamente uma vez a cada 100 anos. O fenômeno El Niño teve um impacto semelhante, aumentando de duas a três vezes as chances de ocorrerem chuva extrema no estado. (Folha)

Fechado há um mês devido aos estragos provocados pelas chuvas no Rio Grande do Sul, o aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, deverá reabrir apenas em dezembro, segundo a concessionária Fraport. O anúncio foi feito nesta segunda-feira após uma vistoria na estrutura local que contou com a CEO da Fraport Brasil, Andreea Pal, e pelo ministro de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, Paulo Pimenta. Uma nova avaliação dos impactos da enchente na pista de pousos e decolagens foi marcada para julho.

O Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar informou nesta segunda-feira que o índice de abortos no país caiu 66% entre 2000 e 2023 graças à oferta de contraceptivos gratuitos aos adolescentes e ao ensino obrigatório de educação sexual nas escolas. Foram 722 procedimentos em 2023 ante os 2.144 registrados em 2000 entre jovens de até 19 anos. A queda foi ainda maior entre as menores de 18 anos, com redução de 78%. As estratégias foram criadas nos anos 2000, após a constatação de que o número de interrupções de gestações entre mulheres com menos de 20 anos havia aumentado na década de 1990.

O governo federal quer fazer ajustes no acordo assinado com as big techs há duas semanas por avaliar que ele não impediu a circulação de fake news sobre a tragédia no Rio Grande do Sul. Fontes do Planalto disseram que o texto ficou vago após o governo ter feito concessões, como a supressão de um trecho que determinava a remoção em até 12 horas de conteúdos falsos depois de identificados. O acordo foi assinado por Jorge Messias, advogado geral da União, e por representantes de Google, Meta (Facebook e Instagram), TikTok, X, Kwai e LinkedIn. Integrantes do Ministério da Justiça e da Comunicação participaram da elaboração do texto. (g1)