Meio

O Exército gasta mais de R$ 20 milhões por ano em pagamentos de pensões para familiares de "mortos fictícios", nome dado a militares expulsos após condenações na justiça. Usando a Lei de Acesso à Informação, a lista foi obtida pela organização Fiquem Sabendo, especializada em segurança pública. Ela mostra que há  38 oficiais e 200 praças que perderam seus postos ou patentes por terem cometido crimes ou infrações graves cujas penas somam mais de dois anos de reclusão. As pensões são pagas a 310 familiares. Os militares estão amparados por uma lei da época da ditadura, que estipulou que o indivíduo expulso do Exército não perde o direito à pensão. (Folha)

Um grupo de pesquisadores da Universidade de Aarhus, na Dinamarca, anunciou a descoberta de “vírus gigantes” sob a camada de gelo da Groenlândia. No artigo, publicado na revista científica Microbiome, os pesquisadores indicam que os micro-organismos medem cerca de 2,5 micrômetros, algo 12 vezes maior que o maior vírus “comum”, que mede em torno de 200 nanômetros. É a primeira vez que os vírus gigantes são encontrados na superfície do gelo, e a suspeita dos especialistas é que eles se alimentam de algas, atuando como controle natural das plantas marinhas. 

Para ler com calma. Em 2023, as vendas de carros elétricos no Brasil cresceram 128%. O volume ainda é pequeno. As 19,3 mil unidades vendidas equivalem a menos de 1% do mercado brasileiro. A evolução de vendas, contudo, tem sido rápida. Em abril, a venda dos 100%  elétricos somou 6,7 mil unidades, um crescimento de 1.087% na comparação com o mesmo mês do ano passado. Mas como é ter um veículo desses no Brasil? A partir de experiência de quem já embarcou nessa onda, a reportagem responde questões cruciais para quem pensa em abandonar os motores a combustão: quantos quilômetros é possível rodar? É fácil achar carregador na estrada? E se não tiver? Qual é a vida útil da bateria? Carro elétrico pode ser um mico no futuro? (Valor Econômico)

Uma boa parte dos condenados pelos atos golpistas do 8 de janeiro, em Brasília, teve as penas de prisão convertidas em medidas cautelares, como o uso obrigatório de tornozeleira eletrônica. Alguns deles, porém, aproveitaram a fragilidade das punições e a parca fiscalização nas fronteiras brasileiras para deixar o país. O UOL encontrou três fugitivos em Buenos Aires, capital argentina. Dois dos homens sequer pediram anonimato à reportagem, enquanto um outro apenas não se deixou filmar. Eles vivem de vendas de pulseiras verde-amarelas, as “patriotas”, e chegaram ao país vizinho por terra, após quebrarem o aparelho de monitoramento. O itinerário de Luiz Fernandes Venâncio nem mesmo foi conturbado: saiu do Tucuruvi, onde quebrou a tornozeleira com uma faca, e pegou um ônibus no Terminal Tietê, o maior da América Latina, em direção ao Rio Grande do Sul. De lá passou para o Uruguai e, finalmente, para a Argentina. (UOL) Em cumprimento aos mandados de prisão emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, a Polícia Federal identificou que quase 65 dos alvos, assim como Venâncio, estão na Argentina. Alguns deles, como o próprio vendedor, conseguiram um visto temporário do governo de Javier Milei, que inclusive impede que os foragidos sejam presos em solo platino. Mesmom assim, em resposta ao pedido de extradição anunciado pelo governo brasileiro na última semana, a ministra de Segurança, Patricia Bullrich, disse em entrevista que se trata apenas de “propaganda” por parte do Brasil, e que as autoridades locais não identificaram os foragidos que a Justiça brasileira alega estarem na Argentina. (G1)

Madeiras extraídas ilegalmente e apreendidas pelas polícias Rodoviária Federal e Ambiental costumam ter uma destinação precária, levando à deterioração e ao desperdício do material por conta da burocracia administrativa e judicial. Buscando o reaproveitamento e a sustentabilidade do material em Rondônia, o projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas utiliza os troncos para construção ou revitalização de viveiros usados na recuperação de áreas degradadas, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios e conta com mais de quatro toneladas de 57 espécies de sementes nativas, como ipê, jequitibá, cerejeira e jatobá. O programa, criado pelo juiz Maximiliano Deitos, do Tribunal de Justiça de Ji-Paraná, venceu o Prêmio Juízo Verde em 2023, oferecido pelo Conselho Nacional de Justiça e Organização das Nações Unidas. Atualmente, 34 municípios aderiram ao projeto, o equivalente a quase 70% do estado. (Estadão)

Morreu nesta sexta-feira, aos 59 anos, o jogador de vôlei André Felippe Falbo Ferreira, o Pampa, integrante da equipe que conquistou a medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de Barcelona, em 1992. Ele tratava um câncer linfático e sofreu complicações pulmonares devido a uma reação à quimioterapia. Natural de Recife, ganhou o apelido logo no começo da carreira, por conta da força de sua cortada, compara ao coice de um cavalo pampa (raça comum no Brasil). Já profissional, jogou em grandes clubes no Brasil, na Itália e no Japão e, além do ouro em Barcelona, foi campeão da Liga Mundial em 1993. Após deixar as quadras, passou a atuar em cargos públicos, sempre ligados ao esporte. (ge)

O Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a omissão do Congresso em editar uma norma específica que garantisse a preservação do meio ambiente na exploração do Pantanal. Por 9 votos a 2, os ministros seguiram o voto do relator André Mendonça, que ressaltou haver uma obrigação constitucional de proteger certas regiões brasileiras, como o Pantanal, a Floresta Amazônica e a Mata Atlântica. Apenas Cristiano Zanin e Alexandre de Moraes divergiram sobre o tema. A Corte deu parecer favorável à uma ação protocolada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirma não haver nenhuma lei criada desde a promulgação da Constituição de 1988 que assegure a proteção do bioma e de seus recursos naturais. O STF deve fixar um prazo de 18 meses para que o Legislativo edite um texto que concilie a exploração e preservação do Pantanal. (g1)

Além de uma alternativa economicamente viável, o cultivo de cacau à sombra das árvores nativas tem se tornado instrumento essencial para a sobrevivência do mico-leão-da-cara-dourada. O primata, que costuma viver em manchas de florestas maduras e em regeneração, teve sua população reduzida em cerca de 60% nos últimos 30 anos, conforme seu habitat encolheu 42% no período. Estima-se que ainda existam entre 16 mil e 21 mil desses indivíduos no Sul baiano, sendo a maioria de Ilhéus. Para auxiliar na proteção da espécie, Joanison Vicente dos Santos Teixeira, diretor-executivo e coordenador de pesquisa da Almada Mata Atlântica Project (Amap), explica que a preservação das árvores de sombra agrega valor ao cacau produzido, valorizando o produtor local. Além disso, as áreas de preservação servem como ecoturismo, envolvendo visitantes na causa de proteção do mico-leão-baiano. (Conexão Planeta)

Após mais de dois anos de “apagão” no acompanhamento da venda de remédios controlados e antibióticos, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) começou um esforço para retomar o controle sobre esse comércio. A agência recebia essas informações desde 2014, mas, em dezembro de 2021, fez um desligamento “temporário” do Sistema Nacional de Gerenciamento de Produtos Controlados (SNGPC), sob alegação de instabilidade. Desde o início do mês, testes estão sendo feitos com envio de dados por farmácias de São Paulo e do Distrito Federal, que compreendem um terço das drogarias do país. A adesão das lojas é voluntária, e, por enquanto, não haverá punição por informações incorretas. Os dados incluem os nomes do remédio, do prescritor e do paciente, data e local da compra. Especialistas temem que, sem esse controle, haja aumento nos casos fraude e abuso dessas substâncias. (UOL)

O presidente Lula e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, assinaram hoje um pacto pela Prevenção e Controle de Incêndios com governadores de estados do Cerrado e da Amazônia, durante um evento em celebração ao Dia Mundial do Meio Ambiente. A preocupação do governo é de que a estiagem nos dois biomas cause um aumento nos focos de incêndios. Marina comparou a situação climática extrema nestas regiões com a tragédia no Rio Grande do Sul, por serem fenômenos potencializados pelas mudanças climáticas. Ela também destacou a necessidade de antever os problemas para mitigar os efeitos em vez de somente reagir aos desastres. Ao todo, o governo federal assinou 14 medidas, entre portarias, protocolos, pactos e decretos, para a proteção do meio ambiente. Entre elas estão a criação do Programa Nacional de Conservação e Uso Sustentável dos Manguezais e a Estratégia Nacional de Bioeconomia. (UOL)