Viver

Quando a religião e o crime se misturam

A religiosidade tem um papel importante na vida de uma parcela relevante da população, inclusive com diferentes correntes evangélicas pacifistas. Mas os estudos do jornalista e escritor Bruno Paes Manso mostram que grupos criminosos têm utilizado a fé para justificar suas ações com base na religião, sobretudo apoiando-se no Antigo Testamento da Bíblia. Em entrevista à editora-executiva Flávia Tavares no Conversas Com o Meio, ele explica que existe uma popularização de discursos sedutores para ganhar mais adeptos no mercado da fé, entre eles, o da batalha espiritual, no qual, o mundo está prestes a acabar, sendo urgente a formação de um “exército do bem”, contra um mal formado por grupos que não aceitam os valores bíblicos e cristãos.

Em novo livro, Bruno Paes Manso avalia o laço entre fé e crime organizado

No Conversas Com O Meio desta semana, a editora Flávia Tavares recebe o jornalista e escritor Bruno Paes Manso, que lança "A Fé e o Fuzil: Crime e Religião no Brasil do Século XXI". Autor de "República das Milícias", Paes Manso destrincha o papel da religião e das crenças com o avanço do crime organizado, além da justificativa espiritual que o pentecostalismo concede, em teoria, a redes de pessoas focadas no ganho material. E, também, como um longo período de governos progressistas motivou o crescimento dessa relação entre fé e, claro, o fuzil.

Qual modelo de economia sustentável o Brasil precisa desenvolver?

O texto final da Cúpula da Amazônia deixou de fora um assunto incômodo para o governo brasileiro: a exploração de petróleo na região. A discussão em evidência no momento é sobre o modelo econômico a ser adotado para a matriz energética nacional. Independentemente do modelo a ser escolhido, o biólogo e conselheiro ambiental Roberto Waack afirma que o importante é o país encontrar um meio sustentável de exploração ambiental. “Uma coisa é claríssima: é preciso desenvolver a economia da floresta em pé. É preciso que a valoração dos ativos naturais, da conservação, seja reconhecida como algo que pode, de alguma maneira, ser distribuída para a população que vive aqui [na Amazônia].” Em entrevista à jornalista Flávia Tavares no programa Conversas com o Meio, ele avalia que a pressão da Petrobras para exploração de áreas sensíveis, como a Margem Equatorial, pode acelerar, na outra ponta, o desenvolvimento da economia verde. “Eu acho que é nesse momento que estamos vivendo.” Waack julga favorável o debate atual sobre os prós e contras de se explorar petróleo na Foz do Amazonas por não acreditar em uma verdade absoluta sobre o tema. Enquanto uma ala defende a atividade para se beneficiar dos royalties de petróleo, há a comunidade científica e ambiental exigindo que a possibilidade seja vetada. Mas, um ponto importante nessa conversa é quem deve financiar a transição energética, de fontes fósseis para renováveis. “É mais uma questão de como serão alocados os recursos derivados dos combustíveis fósseis e se eles são absolutamente necessários para que a riqueza que a população precisa realmente surja”, explica. A resposta, segundo o biólogo, deverá vir dessa discussão.

Governo Lula não acredita em economia verde, afirma Pedro Doria

Uma chacina na operação policial em Guarujá

Intolerância religiosa

No dia 21 de janeiro se celebra o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa. O No Detalhe traz entrevistas com o diretor do documentário Fé e Fúria, Marcos Pimentel, com o Babalawô Ivanir dos Santos e com Makota Celinha, Centro Nacional de Africanidade e Resistência Afro-Brasileira. O programa aponta as relações entre religião e poder.