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Lula anuncia programa para instalar internet em 138 mil escolas até 2026

O presidente Lula anunciou hoje um novo programa para instalar internet em escolas de todo o país. A iniciativa foi criada via decreto assinado pelo presidente nesta terça-feira. O objetivo do programa é conectar mais de 138 mil escolas até 2026, afirmou o presidente, em sua live semanal. Segundo o ministro da Educação, Camilo Santana, que também participou da transmissão, a estratégia vai definir a implantação de banda larga em todas as escolas ainda sem conectividade. O programa vai determinar como parâmetro que a instalação vai precisar garantir um nível de 1 mil megabytes por aluno, para garantir fins pedagógicos. (Folha)

Alunos da Unisa recorrem de expulsão por ato obsceno

Seis dos 15 alunos de medicina expulsos da Universidade Santo Amaro (Unisa) após a viralização de um vídeo com nudez coletiva entraram ontem com um recurso contra a decisão da instituição. O advogado da universidade, Marco Aurélio Carvalho, disse que as expulsões podem ser revistas se os alunos apresentarem “fortes indícios” de que não participaram do ato. O vídeo, gravado no final de abril, mostra alunos de medicina da Unisa correndo pela quadra com as calças arriadas durante uma partida de vôlei feminino. “A expulsão foi um recado poderoso para a sociedade, no sentido de que não vamos aceitar comportamentos que tragam vergonha à comunidade médica e à sociedade em geral. Mas a universidade tem que instaurar o devido processo legal e dar o direito de defesa”, afirmou Carvalho. Já a defesa de dois dos expulsos alega que os alunos eram calouros e foram coagidos por veteranos a se exibirem. (Globo e Folha)

Proporção professor/aluno na USP caiu 28% em duas décadas

Ao longo de 20 anos, a USP, uma das principais universidades do país, viu cair 28% a proporção entre professores e alunos de seus cursos – de 0,07 para 0,05. A redução é resultado da ampliação no número de vagas para estudantes sem a correspondente contratação de novos docentes. A quantidade de estudantes de graduação e pós-graduação passou de 70.563, em 2002, para 93.040, em 2022 (32% a mais). Já o número de professores cresceu apenas 5%, passando de 4.804 para 5.043, levando algumas faculdades a cancelarem disciplinas. Na semana passada, alunos da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH),iniciaram uma greve, depois acompanhada por docentes, exigindo novas contratações. A FFLCH tem 70 vagas abertas desde o ano passado, mas preencheu somente dez. O diretor da unidade, Paulo Martins, criticou a greve e disse que fará as demais contratações até o ano que vem. (Folha)

Criminosos vendem carteiras de vacinação falsificadas pelo Telegram

Mesmo com o fim da pandemia de covid-19, há quem ainda não acredite na eficácia dos imunizantes. De olho nesse público, criminosos estão usando grupos de teoria conspiratória no Telegram para vender carteiras de vacinação falsificadas, com direito até a registro oficial no sistema do SUS. O esquema é parecido com o que a Polícia Federal investiga no caso do tenente-coronel Mauro Cid, suspeito de adulterar os cartões de vacina de sua família e de parentes do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo o Aos Fatos, os fraudadores oferecem o registro de doses incluídas no Programa Nacional de Imunizações (PNI), como da covid, e vacinas sazonais, como a da gripe e da febre amarela. Os preços variam de R$ 200 a R$ 600 para a “imunização completa” da covid. (Aos Fatos)

Apenas 58% das escolas possuem computadores e internet para os alunos

A pesquisa TIC Educação 2022 divulgada hoje pelo Comitê Gestor da Internet no Brasil mostra que 58% das escolas de ensino fundamental e médio possuem computadores e internet para os alunos. Mesmo que a maior parte deles tenha alguma conexão com a rede, a qualidade não é suficiente para ser utilizada com fins educacionais. O levantamento ouviu 10.448 pessoas entre estudantes, professores, coordenadores e gestores de 1.394 escolas públicas e privadas em 2022 e 2023. Somente 52% das escolas estaduais têm mais de 50 Mbps de velocidade em seu principal ponto de conexão, quando o ideal é ter 1 Mbps por aluno. A realidade das particulares não é melhor: apenas 46% têm uma conexão acima dos 50 Mbps. Só 29% das municipais contam com o serviço. (Folha)

Americanas viajam para o México com o objetivo de fazer abortos

Cada vez mais mulheres dos EUA estão viajando para o México com o objetivo de fazer abortos, que são legais no país. Desde que a Suprema Corte americana derrubou a garantia constitucional ao aborto, estados conservadores como Texas e Louisiana vêm aprovando leis para proibir ou restringir a prática. Anos atrás o fluxo era inverso. Com o aborto banido no México, mulheres atravessavam a fronteira atrás de clínicas nos EUA. (New York Times)

Anvisa aprova novo remédio injetável contra diabetes 2

A Anvisa aprovou nesta segunda-feira um novo remédio injetável de uso semanal contra a diabetes tipo 2. O Mounjaro (tirzepatida), da farmacêutica Eli Lilly, simula dois hormônios, GIP e GLP-1, que melhoram a liberação de insulina após a refeição, e é aparentemente mais eficaz que o Ozempic e o Wegovy (semaglutida), que simulam apenas o GLP-1. Tanto a tirzepatida quanto a semaglutida retardam o esvaziamento do estômago, aumentando a sensação de saciedade e levando a um emagrecimento rápido, mas o uso contra a obesidade não é reconhecido pela Anvisa nem pelo FDA, agência dos EUA. Ainda não há data prevista para a chegada do Mounjaro ao mercado. (UOL)

Senado debaterá regulamentação de cigarros eletrônicos no Brasil

O Senado vai promover na próxima quinta-feira uma audiência pública para discutir a regulamentação dos cigarros eletrônicos no Brasil. O debate será promovido pela Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado e contará com a participação da Anvisa. A deliberação mais recente da agência sobre o tema é de julho de 2022, quando decidiu manter a proibição de uso e venda dos produtos no país. Representantes de diversas entidades médicas e científicas nacionais e internacionais foram unânimes em destacar os prejuízos à saúde causados pelo vaping - como é chamado o hábito de fumar esse tipo de cigarro. Proibidos em quase todos os países da América Latina, os vaporizadores de nicotina também são vetados em outros 32 países, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). O uso dos aparelhos, no entanto, é permitido em 79 nações, incluindo a China e os Estados Unidos, maiores consumidores do produto. No Brasil, há cerca de 2 milhões de usuários, apesar do veto da Anvisa. Outras pesquisas indicam número bem maior, de até 8 milhões de consumidores. Sem regulamentação, a fiscalização dos cigarros eletrônicos é prejudicada no país, onde são comercializados no mercado clandestino. Para alguns especialistas, a proibição impede o acesso a um produto considerado com menos efeitos negativos que o fumo tradicional. (Poder360 e g1)

Saída para a educação no Brasil passa por dinheiro e gestão

O Brasil investe menos em educação do que os países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo o terceiro pior entre 42 países analisados em gasto por aluno. A jornalista e diretora da ONG Porvir, Tatiana Klix, explica que a maneira de o país melhorar sua posição no levantamento passa por dinheiro e gestão. “O dinheiro é importante, mas precisa ter políticas e investimento adequados.” Em entrevista à jornalista Andrea Freitas no Conversas com o Meio, ela destaca a necessidade de pagar melhor os professores para atrair talentos ao ensino e a educação de tempo integral, para que o aluno tenha mais tempo de convivência e desenvolvimento cultural e socioemocional. Mas o problema começa pela estrutura básica de muitas escolas, que às vezes sequer tem banheiro.

“A falha não é dos alunos defasados, é do sistema”, diz Tatiana Klix

No Conversas Com o Meio desta semana, a editora Andrea Freitas recebe a jornalista e diretora do Porvir, Tatiana Klix, para um papo sobre Educação. O que há de errado com as escolas brasileiras: os alunos, os pais ou o corpo docente? No papo, também entram as escolas de Minas Gerais e do Ceará que concorrem ao posto de 'melhores do mundo', além das mudanças em torno do Ensino Médio -- e, por consequência, do Enem -- e as políticas públicas que vêm saindo do papel durante o terceiro governo Lula.