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Operação de PF e Ibama bloqueia R$ 2,9 bilhões de alvos e confisca mercúrio ilegal

A Polícia Federal e o Ibama cumpriram, nesta quarta-feira, 34 mandados de busca e apreensão em cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Amazonas e Mato Grosso na segunda fase da Operação Hermes, que confiscou 605 kg de mercúrio e 550 gramas de ouro. Os alvos tiveram R$ 2,9 bilhões em bens bloqueados pela Justiça e devem pagar 200 salários mínimos em fiança preventiva. Eles são investigados por formar uma quadrilha suspeita de desviar sete toneladas de mercúrio para extração de ouro em garimpos na Amazônia. A apuração teve como ponto de partida uma empresa sediada em Paulínia, no interior paulista, que supostamente produzia falsos créditos de mercúrio no sistema do Ibama, enquanto enviava o elemento químico para a atividade garimpeira. Os investigadores apontam que o grupo lavava dinheiro utilizando estratégias, como empresas de fachadas, laranjas e mistura de capital lícito com ganhos ilegais para dificultar a identificação. Segundo o diretor de proteção ambiental do Ibama, Jair Schimitt, “há fortes evidências de que quase todas as atividades minerais de ouro do país operam com mercúrio ilegal, que vai impactar o meio ambiente”. (g1)

Prefeitura de São Paulo vai processar Enel por falta de energia

A prefeitura de São Paulo anunciou hoje que vai processar a concessionária Enel pela falta de energia que ainda deixa 14 mil imóveis sem luz pelo sexto dia consecutivo, após as fortes chuvas que atingiram a região na semana passada. A Procuradoria-Geral do Município entrará com uma ação civil pública por descumprimento de acordo da empresa com a capital e de outras normas legais. A Prefeitura também deve notificar o Procon e a Aneel para que tomem medidas contra a companhia de energia. A falta de resolução por parte da Enel provocou uma série de protestos na capital paulista e na Grande São Paulo. O presidente da concessionária, Nicola Cotugno, rebateu as críticas à atuação da companhia após o temporal, argumentando que foi um evento extraordinário. (Folha)

Estudo da UE indica que 2023 será o mais quente em 125 mil anos

Dizer que o calor de 2023 é recorde não dá uma real ideia da situação. Um estudo do Serviço de Mudanças Climáticas Copernicus (C3S), da União Europeia, indica que este será o ano mais quente em 125 mil anos. O calor é o resultado das contínuas emissões de gases com efeito de estufa, combinadas com o El Niño, que aquece as águas superficiais no leste do Oceano Pacífico. (g1)

Número de pacientes que usam cannabis medicinal cresce 130% em 2023

O número de pacientes que fazem uso de cannabis medicinal cresceu 130% neste ano, em relação a 2022. De acordo com o 2º Anuário da Cannabis Medicinal no Brasil 2023, 430 mil pessoas utilizam remédios à base de maconha. A maior parte dos medicamentos são importados, com 51% vindos de fora do país em um mercado que vai movimentar R$ 699 milhões até o final do ano. O levantamento feito pela Kaya Mind, empresa especializada no setor, com dados da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) mostra que 219 mil pacientes importam os produtos, enquanto 114 mil fazem tratamento via associações e outros 97 mil compram em farmácias do país. A expectativa é que esse mercado ultrapasse a marca de R$ 1 bilhão em 2024. (Globo)

Agência Espacial Europeia divulga primeiras imagens do telescópio Euclides

A Agência Espacial Europeia (ESA) divulgou as primeiras imagens científicas do telescópio Euclides nesta terça-feira. Apesar de os registros serem de áreas já mostradas por outros telescópios, como o Hubble, as novas fotografias são “imagens astronômicas nítidas abrangendo uma vasta área do céu e alcançando profundamente o Universo distante”, segundo a ESA. Lançado ao espaço em julho ao custo de US$ 1,4 bilhão, o Euclides deve fazer uma missão de pelo menos seis anos para estudar a matéria escura e a energia escura, que representam 95% do cosmos, mas ainda sabemos pouco sobre elas. (g1)

Nuvem de fumaça faz pessoas voltarem a usar máscaras no Amazonas

Deixadas nas gavetas com o recuo da covid-19, as máscaras voltaram a ser usadas em larga escala do Amazonas. O motivo, porém, não é um vírus, mas a fumaça proveniente das queimadas na região. Médicos da rede pública de saúde dizem ter percebido um aumento no número de reclamações por doenças respiratórias. Em outubro, o Amazonas registrou 3.858 focos de incêndio, o pior número desde o início da série histórica, iniciada em 1998, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). (Estadão)

Após quatro dias, 200 mil imóveis em São Paulo seguem sem luz

Cerca de 200 mil imóveis da Grande São Paulo seguem sem energia elétrica quatro dias após a tempestade que caiu sobre a Região Sudeste na sexta-feira. A concessionária Enel informou que o fornecimento deve estar normalizado até o fim desta terça-feira. O Ministério Público paulista informou que vai abrir uma investigação para saber se houve omissão da empresa na resposta aos estragos causados pelo vento e a chuva. Clientes – tanto pessoas quanto empresas – que ficaram mais de 70 horas sem luz reclamam da perda de alimentos em geladeiras e freezers e dos prejuízos no comércio. Em todo o estado, sete pessoas morreram em decorrência da chuva. (g1)

Justiça bloqueia empresa que comprou R$ 3,5 bilhões de ouro suspeito no Pará

A Justiça do Pará determinou a suspensão das atividades do comércio de ouro da Fênix DTVM, revendedora autorizada pelo Banco Central, por suspeita de comercializar minério com origem no garimpo ilegal. De acordo com uma investigação da Polícia Federal, a empresa teria comprado cerca de R$ 3,5 bilhões em minério no estado desde 2021. Cooperativas ligadas à companhia registravam o material extraído ilegalmente na nota fiscal como se tivesse sido retirado de uma área autorizada. A suspeita é que o ouro seja extraído de áreas de preservação ou de terras indígenas. A Justiça também autorizou o bloqueio de bens de quase R$ 550 milhões e busca e apreensão em endereços de pessoas envolvidas. O Pará é um dos estados com maior índice de garimpo ilegal do país. (Folha)

Ministério da Justiça dá 24 horas para Enel explicar falta de energia em SP

O Ministério da Justiça, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), notificou a Enel, concessionária de energia elétrica de São Paulo, para dar explicações sobre a falta de energia que afeta várias cidades do estado desde o vendaval de sexta-feira. A companhia tem 24 horas para responder sobre a regularização do serviço, ressarcimento dos consumidores, um plano de contingência para eventos climáticos extremos, cronograma de atendimento imediato e a médio prazo, além da ampliação desses canais em período de maior demanda. O Procon-SP abriu um procedimento preliminar de apuração para investigar quais medidas as concessionárias que atendem a Grande São Paulo e a Baixada Santista adotaram para enfrentar o apagão. O Ministério Público também vai abrir uma investigação contra a Enel para verificar se houve omissão no restabelecimento de energia na Região Metropolitana, que registra ao menos 500 mil imóveis sem energia, nesta segunda-feira. Os promotores querem saber se a companhia tem funcionários suficientes para atender as demandas emergenciais nas 24 cidades em que atua. (g1)

MEC descarta cancelar Enem após vazamento de página da prova

O ministro da Educação, Camilo Santana, descartou nesta segunda-feira a possibilidade de cancelar a primeira fase do Enem, realizada no domingo, por conta do vazamento em redes sociais da imagem de uma folha de prova. O Inep, responsável pelo exame, acionou a Polícia Federal para que investigue o caso. Além do vazamento, 15 pessoas foram presas e celulares usados em tentativas de fraude foram apreendidos.  “Foram ocorrências pontuais, e todas estão sendo investigadas pela PF para dar uma resposta”, afirmou Santana. (Globo)