Meio

A cidade do Rio de Janeiro registrou sua tarde mais quente do ano nesta quinta-feira. Por volta das 13h os termômetros chegaram a 40,6ºC na estação da Marambaia, superando os 40,4ºC de domingo na Vila Militar. Enquanto isso, a sensação térmica na Estação Jardim Botânico chegou a 53,3°C depois do meio-dia. O Inmet alerta para um calor de “grande perigo” em 15 estados e o Distrito Federal até o final desta sexta-feira. (UOL)

Os microplásticos já foram encontrados em águas, solos, alimentos e até no sangue. Agora, novas pesquisas apontam para estas pequenas partículas em nuvens no Leste da China, mostrando que elas podem influenciar, não apenas a formação de nuvens, como também o clima. Das 28 amostras coletadas por pesquisadores da Universidade de Shandong, 24 tinham diferentes materiais, como tereftalato de polietileno (conhecido como PET), polipropileno, polietileno e poliestireno. Essas partículas são facilmente encontradas em roupas e máscaras faciais. As nuvens afetam o clima produzindo chuvas e bloqueando a luz solar, mas também pode reter calor e umidade, aquecendo o ar. (Guardian)

Os incêndios que atingem o Pantanal chegaram à rodovia Transpantaneira, principal via de acesso ao bioma em Mato Grosso para proprietários de fazendas e quem vive do turismo local. O fogo já consumiu um milhão de hectares este ano, o triplo do que foi registrado em 2022 inteiro. Novembro também está sendo um mês recordista de queimadas, com três mil focos de incêndio nos primeiros 15 dias, nível 30% superior ao recorde anterior para um mês inteiro. De acordo com o Laboratório de Aplicações de Satélites Ambientais, da UFRJ, o fogo já consumiu 7% do Pantanal desde janeiro. (g1)

A Polícia Civil da Bahia disse nesta quinta-feira que a ialorixá e líder quilombola Bernadete Pacífico foi morta a mando de traficantes de drogas na Região Metropolitana de Salvador. De acordo com os investigadores, o crime foi instigado por Sérgio Ferreira de Jesus, morador que explorava madeira ilegalmente no Quilombo Pitanga dos Palmares e que ficou incomodado por ser repreendido por Mãe Bernadete. Ela também lutava contra a construção de um bar por traficantes. A morte foi ordenada por Marílio dos Santos e Ydney Carlos dos Santos de Jesus, líderes do tráfico na região do quilombo. O crime foi executado por Arielson da Conceição Santos e Josevan Dionísio dos Santos. Os quatro foram apontados como membros da facção Bonde do Maluco, uma das maiores da Bahia. Sérgio e Arielson foram presos em setembro, e os demais seguem foragidos. (g1)

A infindável disputa entre casais pela regulagem do ar condicionado é real e tem explicação científica. Estudos mostram que a testosterona, presente em maior quantidade no corpo masculino, faz com que homens gerem mais energia e, portanto, mais calor. Produzindo quantidades muito menores desse hormônio, as mulheres têm uma temperatura corporal mais baixa, sendo mais suscetíveis ao frio, que pode, inclusive, prejudicar seu desempenho profissional. De acordo com especialistas, há uma diferença média de 2,5ºC entre as temperaturas ambiente consideradas confortáveis por homens e por mulheres. A diferença tende a diminuir com a menopausa, quando o organismo feminino deixa de produzir alguns hormônios e o nível de testosterona aumenta. (g1)

A Força Aérea Brasileira tem um banco de dados sobre os voos que cruzam ilegalmente o espaço aéreo amazônico, mas se recusa a compartilhar as informações com autoridades civis, como a Polícia Federal e Ministério Público, a quem cabe investigar a ação dos criminosos. Segundo a PF, esses voos servem a crimes ambientais, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, aos quais o combate seria mais eficiente com os dados da Aeronáutica. Já a FAB, resposta a um questionamento da Controladora Geral da União (CGU), evoca um decreto da ditatura militar para manter o sigilo sobre os dados, coletados para “uso interno”. (UOL)

A onda de calor que vem varrendo a maior parte do país deve atingir seu pico nesta quinta-feira, com potencial de temperatura recorde em quatro capitais: Brasília (DF), Goiânia (GO), São Paulo (SP) e Vitória (ES). O pico acontece quando a onda de calor combina as maiores temperaturas e a maior abrangência. Após esse ponto, explica Maria Clara Sassaki, meteorologista do Climatempo, o calor deve refluir gradualmente. “As temperaturas devem começar a baixar pelo estado de São Paulo e, até o início da semana que vem, amenizar no restante do Brasil”, prevê a especialista. (g1)

O caso Mariana Ferrer continua gerando condenações. A mais recente é de 28 de setembro, num processo sigiloso aberto pelo promotor e pelo juiz do caso contra a jornalista Schirlei Alves, então repórter do The Intercept Brasil, onde publicou reportagens com imagens de uma audiência de instrução, ainda em 2020, na qual Ferrer é humilhada pelo advogado de André Camargo Aranha, a quem ela acusou de estupro em 2018. Schirlei foi condenada a seis meses de detenção em regime aberto pela Justiça de Santa Catarina, onde o caso aconteceu, e ao pagamento de R$ 200 mil ao juiz do caso Ferrer, Rudson Marcos, e ao promotor Thiago Carriço, por difamação de agente público. A jornalista já recorreu da decisão.

Se está quente aqui na terra, imagine na camada de ozônio. De acordo com uma pesquisa publicada na revista científica Nature Communications, uma supernova ocorrida em outubro de 2022 “desintegrou temporariamente” parte da película de proteção ao planeta. Não houve danos consideráveis, conforme os especialistas envolvidos no estudo. A explosão termonuclear ocorreu a quase 2 bilhões de anos-luz daqui e é considerada como uma das mais brilhantes de todos os tempos, segundo cientistas com base nas imagens captadas por telescópios espaciais.

Um relatório assinado por 52 instituições de pesquisa e também por agências da ONU aponta que o número de mortes em decorrência do calor vai quintuplicar nos próximos 30 anos. E, para piorar o cenário, as ondas de temperaturas altas vão prejudicar as colheitas, de forma a jogar mais de meio bilhão de pessoas em insegurança alimentar já a partir de 2041. Ainda conforme o estudo, em 2022 a humanidade teve de suportar 86 dias de temperaturas nocivas à saúde, sendo cerca de 60% delas ligadas às alterações climáticas. Para além do desconforto com o termômetro, a elevação de nível dos mares criaram mais áreas para a proliferação de bactérias nos litorais – além do descongelamento de organismos há muito tempo extintos. (g1)