Viver

Estações de esqui cultivam neve para manter atividades no inverno

Para ler com calma. Com as mudanças climáticas, estações de esqui têm sido cada vez mais afetadas pela falta de neve no inverno do Hemisfério Norte, fazendo com que os espaços de atividade sejam reduzidos ou complementados com neve artificial, que estão abaixo das condições ideais, principalmente para competições, como a Copa do Mundo de esqui. Um outro método que passa a ser cada vez mais adotado por esses locais é o armazenamento de neve natural para ser reutilizado na temporada seguinte. O resort de Levi, no extremo Norte da Finlândia, é um dos pioneiros nesse tipo de cultivo, considerado mais sustentável, coletando e armazenando o material em uma vasta tenda de esteiras isoladas, aguardando o ano seguinte para reaplicá-la, como se fosse um tapete. (CNN)

Astrônomos afirmam ter descoberto origem de mega explosão de rádio

Uma das mais poderosas explosões de rádio de curta duração detectadas por cientistas em junho de 2022 veio de um grupo de sete galáxias há 8 bilhões de anos-luz da Terra. A descoberta foi apresentada por pesquisadores na 243ª reunião da Sociedade Astronômica Americana, em Nova Orleans (EUA). Utilizando imagens do Telescópio Hubble e outros radiotelescópios, os cientistas perceberam que as galáxias podem estar em processo de fusão, o que teria desencadeado a rápida explosão de rádio. Denominado FRB 20220610A, o sinal intenso durou menos de um milissegundo, mas liberou o equivalente às emissões energéticas do Sol ao longo de 30 anos. (CNN)

Ianomâmis sofrem com mesmos problemas um ano após decreto de emergência

Um ano após o governo Lula decretar emergência de saúde pública nas terras ianomâmi, ainda é possível encontrar crianças desnutridas, rios poluídos e a retomada do garimpo ilegal, além do aumento de casos de malária e outras viroses que causaram centenas de mortes no território. Lula chegou a fazer uma reunião na terça-feira para definir novas medidas, determinando que a presença das Forças Armadas e da Polícia Federal seja permanente na região. A Casa Civil também anunciou investimentos de R$ 1,2 bilhão para “ações estruturantes” ainda este ano. Em novembro, o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou que o governo federal apresente um plano de proteção aos ianomâmis, com a expulsão definitiva dos garimpeiros. (g1)

A mão infantil na colheita do açaí

Para ler com calma. O Açaí é visto no Brasil e em diversos países como um alimento rico em vitaminas e antioxidantes, capazes de retardar o processo de envelhecimento e estimular o sistema imunológico. Outro argumento a favor do fruto é que ele é cultivado com pouca ou nenhuma destruição ambiental na sua produção. Mas por trás dessa atividade está o trabalho difícil e perigoso de crianças logo no início da cadeia produtiva. Mesmo sendo proibido no Brasil, o trabalho infantil pode ser visto no Pará, responsável por 90% de 1,5 milhão de tonelada de açaí colhidos anualmente no país. Jomar Souza, que lidera o departamento que fiscaliza e combate o trabalho infantil em Belém, conta que crianças quebram braços e pernas caindo de árvores, que podem crescer até 20 metros de altura. Muitas faltam à escola para ajudar na renda familiar. (Spiegel)

Poucas espécies de árvores dominam metade das florestas tropicais

Apenas 1.053 espécies de árvores tropicais correspondem a metade dos 800 bilhões de exemplares em todo o mundo. A outra metade é constituída de 46 mil espécies. É o que revela um estudo publicado na revista Nature nesta quarta-feira. Os pesquisadores estimam que 39,5 mil das mais incomuns sejam equivalentes a 10% das árvores existentes nessas florestas. A pesquisa, liderada por cientistas da University College London (UCL), utiliza dados de mais de 1 milhão de espécies de árvores com tronco de ao menos 10 cm de diâmetro em florestas na Amazônia, na África e no Sudeste Asiático. Essas áreas, que ocupam 10% do planeta, são responsáveis por absorver cerca de 40% do carbono global. (Folha)

Nasa adia calendário para missões à Lua

A Nasa adiou para setembro de 2025 a primeira missão tripulada à Lua em mais de 50 anos, Artemis II. Inicialmente planejada para 2024, a mudança foi feita para garantir a segurança da tripulação e impactou também a Artemis III, agora programada para setembro de 2026. A tripulação da Artemis II inclui Jeremy R. Hansen, Victor Glover, Christina Hammock Koch e Reid Wiseman, sendo a última a primeira mulher e Glover o primeiro homem negro em uma missão lunar organizada pela Nasa. Todos, exceto o canadense Hansen, são veteranos de expedições para a Estação Espacial Internacional. A Artemis II, prevista para voar ao redor da Lua, é vista como um marco importante, enquanto a Artemis III será a primeira a pousar na superfície lunar desde 1972. O programa Artemis tem o objetivo de realizar ciência na Lua e preparar futuras missões tripuladas a Marte. (Nasa e New York Times)

Peregrine 1 não tem mais chances de pousar na Lua

O primeiro módulo lunar lançado dos Estados Unidos em meio século “não tem chance” de fazer um pouso bem-sucedido na superfície lunar devido a um vazamento de combustível, anunciou nesta terça-feira a Astrobotic, empresa americana por trás do projeto. O objetivo agora é viajar o mais longe possível antes de perder potência. O Peregrine 1, que pretendia se tornar a primeira sonda espacial comercial a fazer um pouso suave na Lua, sofreu uma “perda crítica de propelente” horas após a decolagem na segunda-feira devido a uma “anomalia” no sistema de propulsão. Depois de temer que a sonda não fosse capaz de se orientar em direção ao Sol para carregar as baterias, a equipe anunciou que tinha concluído com sucesso uma “manobra improvisada” e que o painel solar estava funcionando. Em outro comunicado, no entanto, a empresa de Pittsburgh disse que os propulsores “só poderiam funcionar por mais 40 horas, no máximo”. “Neste momento, o objetivo é levar o Peregrine o mais próximo possível da Lua antes que perca a capacidade de manter sua posição voltada para o Sol e, posteriormente, perca energia”. Em sua última atualização, a empresa confirmou que a espaçonave não tinha, “infelizmente, nenhuma chance de um pouso suave na Lua”. (Guardian)

Novo medicamento para HIV é distribuído pelo Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde encerrou a distribuição da primeira remessa do novo medicamento para o HIV, Dovato, aprovado pela Anvisa em novembro de 2021. Já foram entregues 5,6 milhões de unidades e a previsão é que neste ano mais 30 milhões sejam distribuídas. Por combinar os antirretrovirais dolutegravir e lamivudina, o Dovato oferece um tratamento mais prático, com apenas uma dose diária em jejum. A mudança, que ocorre de forma gradual, será para pacientes acima de 50 anos, com adesão regular, carga viral menor que 50 cópias e início da terapia dupla até 30/11/2023. A droga pode ser prescrita para o tratamento completo da infecção pelo vírus em adultos e adolescentes acima de 12 anos com pelo menos 40kg. Dois estudos, com participação de 1.441 pacientes, mostraram eficácia semelhante à terapia tripla, com 91% dos pacientes atingindo níveis indetectáveis do vírus após 48 semanas. (g1)

Observatório confirma 2023 como o mais quente em 100 mil anos

Um relatório divulgado nesta terça-feira pelo Observatório Copernicus, ligado à União Europeia confirmou que 2023 foi o ano mais quente já registrado, conforme previam especialistas em mudanças climáticas. Todos os 365 dias tiveram temperaturas 1ºC acima da média do período pré-industrial (1850-1900), a partir do qual começou a larga emissão de carbono pela ação humana. Metade de 2023 teve calor 1,5ºC acima da média, e dois dias de novembro chegaram a 2ºC – os dias mais quentes em 100 mil anos. Essa comparação é obtida pela simulação de comportamento da atmosfera em períodos passados. O calor extremo, resultado das emissões de gases do efeito estufa, foi agravado pelo fenômeno El Niño, o aquecimento anormal da águas do Oceano Pacífico. (g1)

Coreia do Sul proíbe carne de cachorro

Uma das mais famosas e polêmicas características da gastronomia coreana pode estar com os dias contados. O parlamento da Coreia do Sul aprovou nesta terça-feira uma lei proibindo o abate de cães e o comércio de sua carne, embora o consumo não seja criminalizado. Antes um prato nacional, a carne canina é mal-vista pelas novas gerações, habituada a ter cães como animais de estimação. Segundo uma pesquisa do Gallup, apenas 8% dos coreanos admitiram ter consumido carne de cachorro no ano passado, contra 27% em 2015. A nova lei entrará em vigor em 2027, e o governo promete apoio para que fazendas, abatedouros, açougues e restaurantes especializados em cães mudem de produto. (BBC)