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Um manifesto assinado por mais de mil cientistas e pensadores, incluindo 34 ganhadores do prêmio Nobel, pediu aos legisladores da União Europeia mais liberdade da pesquisa sobre manipulação genética. No documento divulgado nesta sexta-feira, os pesquisadores argumentam que plantas geneticamente modificadas podem ser mais resistentes a doenças e a eventos climáticos extremos, cada vez mais comuns, o que levaria décadas para ser obtido com técnicas convencionais de cultivo. “Não temos esse tempo numa era de emergência climática”, diz o manifesto. A manipulação genética na agropecuária é duramente combatida por grupos ambientalistas, alegando riscos à saúde humana e ao meio ambiente, embora a Agência Europeia de Risco Alimentar não tenha encontrado ameaças maiores com culturas geneticamente modificadas, em comparação com a agricultura convencional. (Guardian)

Uma equipe de astrônomos liderada pela Universidade de Cambridge encontrou um buraco negro supermassivo que tinha apenas 400 milhões de anos após o Big Bang, há 13 bilhões de anos. Ele está localizado na galáxia GN-z11, que é cerca de cem vezes menor que a nossa Via Láctea. A descoberta, que foi publicada em um artigo na revista Nature, desafia o que se sabe sobre a formação desses objetos, que demorariam bilhões de anos para crescer. Mas os resultados apresentados pelos pesquisadores sugerem que buracos negros podem nascer grandes ou se alimentar de matéria cinco vezes mais rápido do que imaginava-se ser possível. (CNN Brasil)

As Forças Armadas tem se ausentado cada vez mais do combate ao garimpo ilegal nas terras indígenas ianomâmi, enquanto o território volta a ser invadido para exploração de ouro e cassiterita. A atividade criminosa passou a estar mais presente em Surucucu e Auaris, regiões onde o Exército tem Pelotões Especiais de Fronteira, mas não se vê movimentação e articulação frequentes de militares nos locais. Também há falhas de controle do espaço aéreo feito pela Aeronáutica, deixando espaço livre para aeronaves a serviço do garimpo circularem livremente. Enquanto isso, uma base de abastecimento de combustíveis, considerada fundamental para a autonomia dos voos de helicópteros do Ibama, foi desmontada pelos militares na região do Palimiú, no segundo semestre de 2023. (Folha)

A série de eventos extremos que atingiu diferentes partes do planeta causaram mais de US$ 250 bilhões (cerca de R$ 1,23 trilhão) em prejuízos financeiros no ano passado. Esse é o resultado de um estudo realizado pela companhia de resseguros Munich Re, mostrando que os valores superam a média de perdas dos últimos dez anos, de US$ 230 bilhões. O ano de 2023 também foi o mais mortal em termos de desastres naturais desde 2010, com cerca de 74 mil óbitos. Já um levantamento da companhia britânica Aon, especializada em gestão de riscos e resseguros, aponta que o Brasil registrou prejuízo de US$ 555 milhões (R$ 2,7 bilhões) ligados às questões climáticas entre janeiro e setembro passado. Só as chuvas e inundações no Rio Grande do Sul no mês de junho corresponderam a US$ 205 milhões (R$ 1 bilhão) desse montante. (Folha)

Causou preocupação a notícia de que a China clonou com sucesso um macaco da espécie rhesus, muito usada em pesquisas de medicamentos por ter fisiologia parecida com a dos seres humanos. O temor que isso abra caminho para experimentos de clonagem em pessoas, considerada antiética. Todas as polêmicas tentativas anteriores de clonar um rhesus fracassaram, com o espécime morrendo pouco depois do nascimento. A técnica usada pelos chineses foi a mesma que permitiu a criação, em 1996 do primeiro clone, a ovelha Dolly: uma célula da pele é reprogramada para criar embriões, gerando indivíduos geneticamente iguais ao doador. (BBC Brasil)

Único bioma exclusivamente brasileiro, a caatinga já teve 89% de sua área afetada por ações humanas, como desmatamento e utilização para agricultura e pecuária. É o que revelam as análises de biólogos das universidades federais da Paraíba (UFPB) e de Pernambuco (UFPE). De acordo com a pesquisa, as áreas que há milhares de anos foram ocupadas por florestas caíram para apenas 4% do total, sendo tomadas por arbustos, que cresceram 390% sobre as matas fechadas e mais densas. “A caatinga resiste ao clima e a temperaturas mais altas, mas não à mão do homem”, ressalta o biólogo da UFPB Helder Araujo, principal autor do estudo. (Folha)

O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira que as drogarias participantes do Programa Farmácia Popular começaram a distribuir absorventes gratuitos para pessoas de baixa renda, como parte da política de dignidade menstrual. O produto é oferecido a 24 milhões de pessoas entre 10 e 49 anos, estudantes matriculadas em escolas públicas, abaixo da linha da pobreza, em situação de rua ou em vulnerabilidade extrema. Para receber o item de higiene, elas precisam estar cadastradas no Cadastro Único (CadÚnico). (Globo)

A lei que institui a Política Nacional de Trabalho Digno e Cidadania para População em Situação de Rua (PNTC Pop Rua) foi sancionada nesta quarta-feira pelo presidente Lula. O projeto cria uma bolsa que paga despesas com alimentação e transporte às pessoas em situação de rua que participarem de cursos de elevação da escolaridade ou qualificação profissional. Entre as medidas previstas na nova legislação, está a criação de incentivos à contratação dessa população por meio de empresas parceiras, estimulando a economia solidária. Um relatório divulgado pelo Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania revelou, em setembro de 2023, que um em cada mil habitantes vive em situação de rua. (g1)

Garimpeiros que haviam sido expulsos da terra ianomâmi em Roraima e retornaram foram alvo de uma nova operação da Polícia Federal na terça-feira. Os agentes apreenderam armas, munições, coletes à prova de balas e radiocomunicadores, além de destruir equipamentos usados no garimpo ilegal, mas nenhum dos criminosos foi preso. A ação dos garimpeiros é considerada uma das causas da crise de saúde que atinge os ianomâmi mesmo um ano após o governo federal ter decretado situação de emergência sanitária. Esta foi a primeira operação da PF desde a determinação federal de “ações permanentes” na terra indígena. (g1)

A orla do Rio de Janeiro e os condomínios de luxo de São Paulo já não abrigam os imóveis mais caros do país. Eles estão Balneário Camboriú (SC), apelidada de “Dubai do Brasil”. Nos últimos 50 anos, a cidade litorânea de 150 mil habitantes passou deixou de ser uma pequena vila de pescadores para se tornar um experimento sobre o que pode acontecer quando empreendedores privados recebem carta branca. A falta de preparo para o crescimento desenfreado levou à contaminação da água do mar, infraestrutura saturada e uma classe média que já não dá conta dos preços dos imóveis. (Bloomberg Línea)