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Na noite de quinta-feira, milhões de pessoas no mundo inteiro irão assistir ao primeiro debate entre o democrata Joe Biden e o republicano Donald Trump. Apenas nos Estados Unidos, 73 milhões de espectadores viram os dois frente a frente antes do primeiro turno de 2020. Com 10% de eleitores ainda indecisos em uma eleição que, segundo pesquisas e analistas, será decidida por um ou dois pontos percentuais, há enorme expectativa pelo desempenho do presidente e de seu antecessor. Alguns debates entraram para a história do país por terem sido decisivos. O primeiro transmitido nacionalmente foi entre John F. Kennedy e Richard Nixon, em 1960 - um encontro significativo por consolidar a ideia de que a aparência é fundamental nas campanhas, e o maquiado Kennedy entendeu isso melhor. Nas eleições de 2000, decididas pela Suprema Corte, Al Gore parecia ter vencido os confrontos com George W. Bush, que tropeçava nas palavras e era corrigido pelo então vice-presidente. Mas Bush sorria diante de um adversário que revirava os olhos e suspirava alto, passando a liderar as pesquisas na reta final. (Time)

Ao menos 15 policiais e cinco civis, incluindo um padre, foram mortos em ataques coordenados a duas igrejas ortodoxas e duas sinagogas na república russa do Daguestão, no norte do Cáucaso, na noite do último domingo, feriado na Igreja Ortodoxa Russa. Autoridades russas consideraram os ataques como “atos de terror”. Esse é o mais recente incidente envolvendo a república de maioria muçulmana após o massacre de 145 pessoas em uma casa de espetáculos nos arredores de Moscou, em março passado, que foi parcialmente perpetrado por cidadãos do Daguestão e reivindicado pelo grupo Estado Islâmico. Homens armados lançaram os ataques quase simultaneamente em Derbent, na costa do Mar Cáspio, e em Makhachkala, capital do Daguestão. (Moscow Times)

Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa voltou às redes sociais, onde não postava desde 1º de maio, com críticas ao presidente Lula, que foi seu candidato nas últimas eleições, conta Lauro Jardim. No X, atacou o Congresso, chamando-o de “omisso, retrógrado, um horror”, e Lula, dizendo que é “omisso em muitas questões, em cima do muro em outras, conservador ‘à la carte’”, quando o assunto são “questões de sociedade”. Para Barbosa, Lula “é incapaz de liderar o país em várias áreas em que poderíamos avançar significativamente se o natural poder de liderança e persuasão conferido ao ocupante da cadeira presidencial fosse inteligentemente usado para fazer avançar certas pautas que nos colocam na ‘vanguarda do obscurantismo’”. O último post explícito de Barbosa sobre Lula havia sido após sua vitória em 2022, parabenizando o petista. (Globo)

O aumento da tensão entre Rússia e Estados Unidos, países que possuem 90% das ogivas nucleares do mundo, tem um novo capítulo dramático: Moscou acusou Washington pelo bombardeio em uma praia na principal cidade da Crimeia, Sebastopol, que matou quatro russos no domingo, sendo duas crianças, e feriu 151. Imagens nas redes mostram o momento do ataque, definido como "bárbaro" pelo porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, que prometeu consequências. Segundo ele, a ação foi executava por Kiev com cinco mísseis de 300 quilômetros de alcance fabricados e programados nos Estados Unidos, com informações de satélites e imagens de um drone norte-americanos. Os mortos e feridos foram atingidos pelos destroços que caíram na praia, após o sistema de defesa russo conseguir destruí-los. Peskov afirmou hoje que o presidente Vladimir Putin ordenou a revisão da doutrina nuclear do país, o que deve facilitar o emprego de armas deste tipo. Na última cúpula do G7, na Itália, o presidente Joe Biden articulou com países europeus um empréstimo de longo prazo à Ucrânia para armas e reconstrução do país, que há dois anos e quase quatro meses resiste à invasão russa. O bloco concordou com o empréstimo de US$ 50 bilhões à Kiev. Desde a crise dos mísseis cubanos, em 1962, não havia um conflito de tamanha dimensão entre a Rússia e o Ocidente. (BBC)

O presidente Lula dedicou sua agenda desta segunda-feira a visitas privadas. Ele se encontrou por cerca de meia hora em São Paulo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que completou 93 anos na última terça-feira. Adversários políticos no passado, os dois estiveram do mesmo lado da disputa eleitoral em 2022, quando o tucano declarou voto em no petista no segundo turno contra Jair Bolsonaro (PL). Os economistas Persio Arida, Pedro Malan e Gustavo Franco, que atuaram na criação do Plano Real juntamente com FHC, também visitaram o ex-presidente, em comemoração aos 30 anos da estabilização da moeda brasileira. Também em São Paulo Lula visitou o linguista americano Noam Chomsky, seu amigo de longa data, e o escritor brasileiro Raduan Nassar, autor de Lavoura Arcaica e Um Copo de Cólera. Casado com a brasileira Valeria Wasserman, Chomsky, de 95 anos, estava internado e teve alta na semana passada. (Globo)

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estaria disposto a aceitar um cessar-fogo parcial em Gaza sem encerrar a guerra, aumentando a apreensão das famílias de reféns detidos pelo Hamas. Em uma entrevista ao Canal 14 de Israel, o premiê disse que está “empenhado em continuar a guerra após uma pausa, a fim de completar o objetivo de eliminar o Hamas. Não estou disposto a desistir disso”. Os comentários de Netanyahu contrastam com os detalhes do acordo apresentado pelo presidente americano, Joe Biden, podendo agravar ainda mais a relação entre os dois países. O plano de três fases levaria à libertação do restante de reféns em troca de centenas de palestinos presos por Israel, mas ainda há desconfiança entre os dois lados do acordo. O Hamas disse que não libertará os reféns sem um cessar-fogo permanente e a retirada completa das tropas israelenses de Gaza, enquanto Israel ainda está empenhado em destruir as capacidades militares e de governança do Hamas. (Time)

Uma pesquisa do instituto Ipsos, encomendada pelo jornal Le Parisien e pela Radio France, mediu intenções de voto para as eleições gerais da França, no próximo dia 30, convocadas pelo presidente Emmanuel Macron após a ultradireita vencer os governistas na eleição do Parlamento Europeu. O partido de ultradireita RN (Reunião Nacional), de Marine Le Pen, está na liderança, com 35,5% da expectativa de votos. Mesmo que saia vitoriosa, a ultradireita não deve conquistar maioria absoluta no parlamento francês, pois a aliança de esquerda Nova Frente Popular aparece em segundo lugar, com 29,5% dos votos, seguida pelo grupo governista de centro, com 19,5%. A coalizão de esquerda contrariou os planos de Macron, que pretendia construir uma frente ampla para vencer a disputa. (Folha)

A Justiça Federal de SP determinou no domingo (23) a repatriação de Muslim Abuumar, da mulher dele, grávida de 7 meses, do filho de seis anos e da sogra de 69 anos. A família foi detida no aeroporto de Guarulhos ao chegar da Malásia, na sexta-feira (21) sob a alegação de que Abuumar seria ligado ao grupo extremista Hamas, responsável por ataques contra israelenses. O deputado João Daniel (PT-SE) pediu explicações sobre a "real situação" da família e o advogado de defesa deles conseguiu uma liminar para impedir uma repatriação imediata. O embate se estendeu durante o final de semana. A defesa de Abuumar alegou que a PF agiu por discriminação e o Instituto Brasil-Palestina disse que a retenção era absurda. Mas a juíza Milenna Marjorie Fonseca revogou a primeira liminar e determinou a repatriação da família. (UOL, O Globo e CNN)

O projeto de lei 2034/2033, aprovado na CCJ do Senado na quarta-feira (19), deve ir ao plenário da casa nos próximos dias. Além da liberação de locais que explorem jogos de cassino, bingos e jogo do bicho, o PL prega a volta dos fumódromos. Desde 2014, as áreas destinadas exclusivamente para fumar são proibidas no país, uma medida considerada importante para especialistas em saúde pública. Caso seja aprovado pelo conjunto dos senadores, o PL segue para sanção do presidente da República. Lula já declarou que, se o Congresso aprovar o projeto, ele sancionará a proposta. (Senado e g1)

O Supremo Tribunal Federal segue discutindo se o porte de maconha para consumo pessoal deve ou não deixar de ser crime no Brasil. O julgamento já tem cinco votos para descriminalizar o porte da droga para consumo próprio. Faltam os votos dos ministros Luiz Fux e Cármen Lúcia. O debate, cujo início foi em 2015, foi retomado no ano passado e está na pauta da próxima sessão do plenário, na terça-feira (25).  Até agora, os ministros se dividiram em três correntes diferentes para tratar do assunto: descriminalizar, manter a prática como crime ou considerar a posse da droga para uso como um ato ilícito administrativo, mas não penal. Além disso, o tribunal deve fixar, em relação a uma ou mais substâncias, a quantidade considerada como de uso individual. (CNN e g1)