Política

Militares bolivianos tentam dar golpe de Estado, e general é preso

Militares na porta do palácio presidencial: tentativa de golpe teria partido do general Zúñiga, destituído do cargo de comandante do Exército há poucos dias
Militares na porta do palácio presidencial: tentativa de golpe teria partido do general Zúñiga, destituído do cargo de comandante do Exército há poucos dias

Depois de tentar ocupar o palácio do governo e ordenar um golpe de Estado contra o presidente Luis Arce, o ex-comandante do Exército boliviano Juan José Zúñiga foi preso na noite desta quarta-feira. Ao ser detido, afirmou que agiu a mando de Arce, que teria tentando um autogolpe. O Ministério Público boliviano abriu investigação contra o militar e apoiadores. A polícia deu voz de prisão a Zúñiga em La Paz. Ele e os demais envolvidos na tentativa de golpe serão investigados por atentar contra a soberania do Estado e por delitos de terrorismo. Segundo o Ministério Público, as circunstâncias e uma possível estratégia do golpe serão apuradas. Além disso, o departamento de migração foi alertado para possíveis tentativas de fuga. (UOL)

Trump lidera pesquisas em cinco de sete estados decisivos

Levantamento do jornal Washington Post com base nas principais pesquisas nacionais e estaduais sobre as eleições presidenciais americanas mostra que Donald Trump lidera em cinco dos sete estados decisivos, que têm maior probabilidade de determinar o resultado do pleito de novembro. Em três deles, a diferença está dentro da margem de erro de 3,5 pontos percentuais, o que indica que pode haver uma vitória de Tump ou do atual presidente Joe Biden. Na Pensilvânia, os dois estão empatados, em Wisconsin Biden lidera, mas com menos de um ponto de vantagem. Trump aparece na frente em Michigan, mas com três pontos de folga. Já na Carolina do Norte, Nevada, Arizona e Geórgia, o republicano lidera com entre quatro e cinco pontos percentuais de vantagem. (Washington Post)

Críticas ao mercado, bênção a Haddad e aceno a Tarcísio: os destaques da entrevista de Lula

O presidente Lula deu entrevista ao UOL sobre assuntos como gastos do governo, relação com o Congresso e sucessão no BC
O presidente Lula deu entrevista ao UOL sobre assuntos como gastos do governo, relação com o Congresso e sucessão no BC

O presidente Lula falou durante uma hora e dez minutos com jornalistas do UOL, em Brasília, sobre assuntos como a taxa básica de juros, os gastos do governo, sua confiança no ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e sua relação com Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo e possível adversário nas eleições presidenciais de 2026. Disse que escolherá um presidente do Banco Central para o Brasil, não para o mercado financeiro. Prometeu afastar Juscelino Filho do ministério das Comunicações se a denúncia de corrupção que pesa sobre ele levá-lo a ser indiciado na Justiça. Defendeu as alianças de seu governo no Congresso e cobrou pedido de desculpas de Javier Milei, presidente da Argentina, pelas “bobagens” que disse. Lula questionou a necessidade de cortar gastos, o que fez o dólar comercial subir para R$ 5,52 imediatamente, com alta de 1,13%, maior cotação desde janeiro de 2022. Leia a seguir trechos da entrevista.

‘Gilmarpalooza’ terá 160 autoridades brasileiras de governos, Justiça e Congresso

Gilmar Mendes é o anfitrião do "Gilmarpalooza", que levará 160 autoridades brasileiras para evento além-mar
Gilmar Mendes é o anfitrião do "Gilmarpalooza", que levará 160 autoridades brasileiras para evento além-mar

Apelidado de "Gilmarpalooza" por ter como anfitrião o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal – e tantos convidados que até parece um festival de música, como o Lollapalooza –, o 12º Fórum de Lisboa, entre hoje e sexta-feira, levará à Portugal pelo menos 160 autoridades da Justiça, de governos estaduais, dos ministérios do presidente Lula e de outros órgãos. Cinco ministros do STF e cinco do governo federal participarão da conferência, que também terá 12 ministros do STJ, dois do TCU, um do TSE, cinco senadores e seis deputados federais, entre eles Arthur Lira (PP-AL). O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e os governadores Cláudio Castro (Rio de Janeiro), Tarcísio de Freitas (São Paulo) e Ronaldo Caiado (Goiás) confirmaram presença. Em 2023, o gasto público com diárias e passagens relacionadas ao evento ultrapassou R$ 1 milhão. Nem todos terão despesas pagas com dinheiro público, mas dados de portais da transparência apontam gastos já realizados de R$ 450 mil para levar 30 dessas autoridades à capital portuguesa, e ainda há pagamentos a computar após a viagem. O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, terá despesas bancadas pela organização do encontro. O STF, o STJ e o CNJ afirmaram que também não desembolsaram recursos. (Folha)

De volta aos bons e velhos anos 60

Estado de Lira, Alagoas é campeão em emendas de comissão para saúde

As emendas de comissão mantiveram o mecanismo de distribuição do orçamento secreto, contestado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), e vêm sendo repassadas de forma desigual pelo país. A repetição da prática fez o STF renovar as cobranças por explicação ao Legislativo e Executivo. No caso das emendas direcionadas à saúde, com grande potencial de dividendos em ano eleitoral, Alagoas, estado do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP), é campeão em recebimento de valores. A maior parte das emendas foi destinada pela Comissão de Saúde da Câmara, e o estado já recebeu quase quatro vezes mais por habitante do que a segunda unidade da Federação mais privilegiada. O Ministério da Saúde já reservou para o gasto R$ 5,7 bilhões, dos quais R$ 444 milhões foram para Alagoas, valor equivalente ao de Minas Gerais, que tem sete vezes mais habitantes. (Globo)

Lira quer frear confronto com STF na questão do porte de maconha

Apesar de ter criado uma comissão especial para analisar a chamada PEC das Drogas, já aprovada no Senado, a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de descriminalizar o porte de maconha para uso pessoal dificilmente será confrontada pela Câmara neste semestre ou até as eleições municipais de outubro, de acordo com a avaliação de líderes ouvidos pelo Meio. Após o desgaste das últimas semanas, provocado pela aprovação da urgência do Projeto de Lei Antiaborto, deputados indicam que o presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), não quer ouvir falar de pauta de costumes. Pelo menos por enquanto.

CEOs da lista Fortune 100 não fizeram doações para campanha de Trump

Apesar de recentes manchetes americanas indicarem que o mundo dos negócios apoia Donald Trump, na prática, não é isso que está acontecendo. Nenhum CEO da lista Fortune 100 – grupo das maiores empresas do país e que historicamente se inclina para os republicanos – fez doações ao ex-presidente neste ciclo eleitoral, de acordo com dados compilados por Jeffrey Sonnenfeld, da Universidade de Yale. Por outro lado, investidores de renome parecem estar mais propensos a apoiar Trump do que CEOs de grandes empresas. Steve Schwarzman, da Blackstone, é um dos mais proeminentes apoiadores do republicano. “Trump continua sofrendo com o nível mais baixo de apoio corporativo na história do Partido Republicano”, afirma Sonnenfeld. (Axios e New York Times)

Irmãos Batista negociam novo acordo de leniência

Holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, a J&F está negociando um novo acordo de leniência com a Controladoria-Geral da União (CGU), enquanto a multa de R$ 10,2 bilhões por corrupção confessada pelos dois em delação premiada ao Ministério Público Federal está suspensa por decisão do ministro Dias Toffoli. O objetivo, conta Raquel Landim, é obter um acordo de redução de multa com a CGU e só então abrir uma renegociação com o MPF. Não há intenção de voltar atrás nos crimes confessados, mas sim revisar o método de cálculo. Procuradores do MPF, no entanto, entendem que não há base para redução, pois não houve diminuição da capacidade de pagamento da empresa. Ao contrário, os negócios dos Batista continuaram prosperando. Procurada, a J&F não se manifestou. (UOL)

Supremo Tribunal de Israel decide que Exército deve recrutar ultraortodoxos

O Supremo Tribunal de Israel ordenou nesta terça-feira que o governo convoque judeus ultraortodoxos para o serviço militar, desferindo um duro golpe no primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, com potencial de desfazer a sua coalizão de governo. A Corte também ordenou que o governo retire o financiamento de escolas religiosas cujos alunos não respondam à convocação militar. “O governo queria distinguir, no nível da aplicação da lei, indivíduos com base na sua afiliação de grupo”, afirmou o tribunal. “Determinou-se que, ao fazê-lo, o governo prejudicou gravemente o Estado de direito e o princípio segundo o qual todos os indivíduos são iguais perante a lei.” Os judeus ultraortodoxos têm sido isentos do serviço militar obrigatório nacional desde a fundação de Israel, sendo considerados como fundamentais para a preservação do judaísmo. Pesquisas de opinião mostram, no entanto, que a maioria dos israelenses acredita que os homens ultraortodoxos deveriam servir às Forças Armadas. Os partidos religiosos sempre se opuseram firmemente aos esforços para acabar com a isenção. E a frágil coalizão de Netanyahu depende de dois desses partidos. (CNN)