Carla Zambelli chama deputada Benedita da Silva de ‘Chica da Silva’
Em live realizada na última terça-feira, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) se referiu à sua colega Benedita da Silva (PT-RJ) como “Chica da Silva”, mulher escravizada no Brasil no século 18. Zambelli se queixava por não ter voz na reunião de mulheres parlamentares do P20, grupo legislativo do G20, que acontecia em Maceió e era presidida por Benedita, que também é coordenadora-geral dos Direitos da Mulher da Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados. “Não sei porque que eu não vou falar, mas (...) já foi montado [o P20] pela Secretaria da Mulher, a Chica da Silva”, diz Zambelli no vídeo. Em nota, a assessoria de Zambelli alegou que a deputada se equivocou durante a transmissão ao vivo e confundiu o nome da petista. “Imediatamente quando percebeu o ocorrido, Zambelli apagou a publicação de suas redes e se desculpou com a deputada Benedita. A conversa foi amigável e houve compreensão da situação. Zambelli lamenta o referido lapso, mas torna público que não houve qualquer intenção de ofensa à sua colega de Parlamento.” (Folha)
Pesquisa NYT/Siena: após debate, Trump amplia vantagem sobre Biden
Após o mau desempenho de Joe Biden no debate eleitoral da semana passada, Donald Trump ampliou sua liderança na corrida presidencial, segundo nova pesquisa do New York Times e do Siena College. O republicano lidera as intenções de voto com 49% entre os prováveis eleitores, enquanto o democrata aparece com 43%. A vantagem de Trump cresceu 3 pontos percentuais em apenas uma semana, sendo a maior já obtida por ele em uma pesquisa NYT/Siena desde 2015. Entre os eleitores efetivamente registrados, Trump lidera com 49% contra 41% para Biden. Antes do debate, a diferença entre os dois neste grupo era de seis pontos percentuais. As dúvidas sobre a idade e a capacidade de Biden são generalizadas e crescentes. Em todos os grupos demográficos e ideológicos pesquisados, a maioria – incluindo eleitores negros e aqueles que disseram que não votarão no atual presidente – acredita que Biden, de 81 anos, é velho demais para o cargo. Isso pode ajudar a explicar por que, depois do debate, passou de 52% para 48% o apoio a Biden entre os democratas. Já entre os republicanos houve aumento na defesa da candidatura de Trump, passando de 80% antes do debate para 83%. (New York Times)
Fala de Lula após reunião com Haddad foca em ‘responsabilidade fiscal’
Em discurso após se reunir nesta quarta-feira com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva preferiu reforçar o compromisso de seu governo com a responsabilidade fiscal, substituindo os ataques ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e questionamentos sobre a autonomia da instituição, feitos nas últimas semanas.
Michelle Obama é a única que venceria Trump em eleições, diz pesquisa
Após o desastre democrata no debate da CNN entre o presidente Joe Biden e seu antecessor, Donald Trump, cresceu a pressão para que ele desistisse de concorrer e abrisse vaga para alguém mais jovem. Michelle Obama seria a mais forte candidata, segundo pesquisa da Ipsos (íntegra aqui). Biden e Trump seguem tecnicamente empatados na intenção de voto, enquanto Kamala Harris, vice-presidente, fica ligeiramente atrás do republicano (43% x 42%). Em um pleito hipotético entre a senhora Obama e o candidato republicano, a advogada teria 50% dos votos e Trump, 39%. Outros governadores democratas foram testados, como Gavin Newsom, da Califórnia, mas estão numericamente atrás. A rejeição de Biden chegou a 60% do eleitorado, contra 56% de Trump, segundo o levantamento. (Meio)
Biden estaria reavaliando sua candidatura à presidência, diz New York Times
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, teria admitido a um aliado próximo que não sabe se consegue salvar a sua candidatura após desempenho ruim no debate da CNN contra o republicano Donald Trump. Os próximos dias seriam decisivos para tentar mudar a percepção de que não estaria apto para mais quatro anos no poder. Nesta sexta-feira, Biden será entrevistado pela ABC News e fará comícios na Pensilvânia e em Wisconsin. A campanha do democrata observa com preocupação as pesquisas eleitorais desde o debate, nas quais Trump vence nacionalmente e nos chamados estados-pêndulo. Biden tem tentado acalmar eleitores e doadores. E até fez piada hoje, em evento de arrecadação de fundos para sua campanha, na Virgínia, ao dizer que quase dormiu no palco da emissora. “Não fui inteligente, decidi viajar pelo mundo duas vezes pouco antes do debate. Não ouvi minha equipe e quase dormi no palco”, disse o democrata durante um evento de arrecadação de fundos para sua campanha na Virgínia. (New York Times)
Em São Paulo, Lula ouviu alertas de Haddad e economistas sobre dólar e BC
O presidente Lula aproveitou o sábado em São Paulo para se encontrar com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), e um grupo de economistas de dentro e de fora do governo. Eles discutiram as recentes altas do dólar frente ao real, conta Mônica Bergamo. Dos mais desenvolvimentistas aos mais ortodoxos presentes no encontro, Lula recebeu conselhos. Mesmo os economistas de esquerda, que dão razão ao presidente nas falas contra o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, sugeriram que ele reduza o tom - o que, por enquanto, ainda não fez. Isso porque Lula deveria preservar a política de valorização do salário mínimo e manter o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e aposentadorias indexados ao salário. O grupo ponderou que as falas de Lula, sozinhas, não provocaram a alta do dólar, mas se somaram às incertezas sobre a política monetária dos Estados Unidos. A sequência da escalada do tom, segundo os economistas, poderia fazer o Banco Central subir os juros pelo impacto inflacionário do dólar alto no preço dos insumos e ativos brasileiros. A preocupação primeira do presidente teria de ser com a inflação dos alimentos, hoje o grupo que mais puxa a inflação para cima. De acordo com um dos presentes na conversa, Lula está “justamente indignado” com o que seria um movimento especulativo contra seu governo - e com a tentativa de fazer a corda do ajuste fiscal estourar no lado da população mais pobre. Por isso o presidente estaria repetindo em entrevistas que não se dobrará a essa receita. (Folha)
Deputado democrata pede abertamente que Biden desista da reeleição
Democratas de peso começaram a criticar forte e agressivamente o desempenho do presidente Joe Biden no debate eleitoral da semana passada e a reagir ao que chamam de uma resposta pouco convincente de sua campanha às preocupações de que ele não esteja preparado para a disputa e uma reeleição. O deputado Lloyd Doggett, do Texas, pediu a Biden que desista da corrida eleitoral. “Há muita coisa em jogo para arriscar uma vitória de Trump. O presidente Biden salvou a nossa democracia ao nos libertar de Trump em 2020. Ele não deve nos entregar a Trump em 2024”, afirmou em comunicado. O também deputado Jim Clyburn, da Carolina do Sul e um aliado importante do presidente, disse a Andrea Mitchell da MSNBC que apoiará a vice-presidente Kamala Harris se Biden se afastar. A ex-presidente da Câmara, Nancy Pelosi, disse que é totalmente legítimo questionar se o desempenho de Biden no debate foi “um episódio ou é uma condição?”. Os governadores democratas planejam se reunir com Biden, possivelmente nesta quarta-feira, depois de uma teleconferência com mais de 20 deles para desabafar sobre o presidente. A maioria dos democratas no Congresso apoiou o presidente – pelo menos publicamente. Muitos admitiram que ele teve um desempenho ruim, mas afirmaram que Biden deveria ser avaliado por toda a sua presidência e não por um debate de 90 minutos. Ex-congressistas também começaram a pressionar Biden nesta terça-feira. (Politico)
Lira propõe cota para mulheres menor que total de deputadas atualmente na Casa
Depois de amargar o desgaste por ter colocado em votação, de forma escamoteada, a urgência do Projeto de Lei Antiaborto, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), tentou melhorar sua imagem com as mulheres, propondo uma política de cota feminina para as vagas do Parlamento. O alagoano, entretanto, propôs uma fatia de 15% dos assentos, que é menor do que os 17,7% das cadeiras da Câmara que hoje são ocupados por 91 deputadas. Ao encerrar o 1º Encontro de Parlamentares Mulheres do G20, que ocorreu nesta segunda e terça-feira em Maceió, Lira disse que a proposta deve adotar um critério gradual, partindo de 15% dos assentos até chegar a 20% em 5 anos.
Para bloquear a extrema direita, candidatos franceses desistem do segundo turno
O prazo para registro de candidaturas para o segundo turno das eleições parlamentares francesas terminou às 18h (hora local) desta terça-feira. E muitos concorrentes da esquerda e do centro abandonaram a disputa com o objetivo de tentar bloquear uma vitória da Reunião Nacional, de extrema direita. Ainda sem uma lista oficial, a imprensa local informou que entre 214 e 218 candidatos que ficaram em terceiro lugar desistiram. Isso significa que agora haverá cerca de 108 concorrentes em vez de pouco mais de 300. O primeiro turno no domingo passado deu uma grande vitória para o partido de Marine Le Pen, que, com seus aliados, obteve cerca de 33% dos votos. A aliança de esquerda ficou em segundo lugar, e os centristas do presidente Emmanuel Macron em terceiro. Mas as chances de Le Pen obter uma maioria absoluta na Assembleia Nacional, que tem 577 assentos, foram prejudicadas pela tática de bloqueio de seus adversários. Com a retirada dos terceiros colocados, de centro e de esquerda, o voto anti-Reunião Nacional se concentra em um único candidato, facilitando a vitória sobre a extrema direita. (BBC)