Hamas pode abrir mão de cessar-fogo por troca de reféns, diz jornal
O grupo Hamas estaria disposto a reconsiderar a exigência para Israel determinar um cessar-fogo permanente em Gaza antes de assinar um acordo para a libertação dos reféns mantidos em Gaza. A informação foi revelada pela Reuters e confirmada por um alto funcionário do Hamas à CNN. Veículos israelenses também repercutem o assunto. A proposta, feita pelos Estados Unidos, não abandona a ideia de um cessar-fogo permanente, mas o coloca em outras etapas da negociação, além de fornecer garantias para a chegada de ajuda humanitária em Gaza. O funcionário do Hamas, disse à CNN que o grupo aceitou a etapa da proposta de iniciar as negociações sobre homens e soldados israelenses reféns, em até 16 dias após o início da implementação da primeira fase do acordo. (CNN e The Times of Israel)
Datafolha: 56% mudariam voto em SP por rejeitar padrinho político
Pouco mais da metade dos eleitores de São Paulo admite mudar o voto para a prefeitura da cidade caso a candidatura seja apoiada por um político rejeitado por eles, segundo o Datafolha. Dos 56% que admitiram a troca de voto, 37% afirmaram que mudariam com certeza e 19% talvez. Outros 41% não mudariam o voto, enquanto 2% não souberam responder. O presidente Lula (PT), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) foram os quatro padrinhos políticos que tiveram suas influências medidas. E Bolsonaro é quem mais afasta eleitores: 65% afirmam que não votariam de modo algum em um candidato apoiado pelo ex-presidente. Ainda segundo a pesquisa, 41% dos eleitores não sabem qual candidato é apoiado por Bolsonaro — Ricardo Nunes (MDB), que busca a reeleição. O apoio de Tarcísio de Freitas é rejeitado por 48%. Ele também apoia Nunes. Já o apoio de Lula, que é a favor de Guilherme Boulos (PSOL), afasta 45% dos eleitores. O apoio de Alckmin é rejeitado por 47%. Ele apoia a deputada federal Tabata Amaral (PSB). (Folha)
Biden teria combinado perguntas com radialistas antes de entrevista
A campanha de Joe Biden enviou uma lista de perguntas para a entrevista do presidente norte-americano em um programa de rádio voltado ao estado de Wisconsin e Pensilvânia. A revelação foi feita pelos próprios apresentadores responsáveis pela sabatina, a primeira após o desempenho considerado ruim no embate contra Donald Trump. O próprio debate estava entre as quatro perguntas sugeridas, ao que Biden assumiu o mau desempenho, mas dizia que três anos e meio de mandato eram mais importantes que os 90 minutos do confronto contra Trump. Em resposta à revelação, a campanha de Biden minimizou o fato, dizendo ser comum que entrevistados sugerissem pautas, mas que o aceite delas não era uma condicional para a entrevista ser realizada. Os feitos do presidente para a população afro-americana foi uma das pautas enviadas e abordadas na conversa da rádio, em um momento que convencer eleitores a votar é fundamental para o democrata e os negros costumam votar com o partido do presidente. (g1)
Como Balneário Camboriú se tornou reduto da extrema direita
Palco da Conferência de Ação Política Conservadora (CPAC Brasil), que se classifica como o “maior evento conservador do mundo no Brasil”, Balneário Camboriú se tornou simbólica e vitrine para políticos e empresários que rejeitam a esquerda no Brasil. Mas como a cidade que exibe uma estátua de João Goulart na praia alcançou esse posto? A história mostra que a resposta passa por localização, atrativo turístico e política local, segundo pesquisadores da memória da cidade. “Balneário Camboriú se vende como esse destino para os endinheirados e concentrou muita gente de uma classe social média alta para cima”, conta o professor Ricardo Bruno Boff, professor de Relações Internacionais na Universidade do Vale do Itajaí, em Santa Catarina. “O reflexo disso é a dominância do pensamento político desse público — ou seja uma crença em um Estado cada vez menor e contra qualquer visão vista como ‘socialista’ ou ‘comunista’.” (BBC Brasil)
Se tensão com a Argentina aumentar, embaixador brasileiro pode voltar ao país
Segundo apuração do colunista Jamil Chade, o governo Lula não descarta retaliações se o presidente da Argentina, Javier Milei, escalar o tom contra o mandatário brasileiro, sobretudo durante passagem pelo Brasil em evento conservador no estado de Santa Catarina. Aliás, Milei não participará mais da Cúpula do Mercosul, no Paraguai, para ir ao evento e sequer comunicou oficialmente ao governo que estará no Brasil, o que é praxe no universo da diplomacia. Lula tem sido orientado a ignorar as provocações do argentino, mas caso ele sofra críticas dentro do Brasil são estudadas quatro represálias: segurar a autorização das credenciais do embaixador argentino no Brasil, evitando que ele possa exercer suas funções; aumentar relação com governadores, sobretudo das províncias governadas por opositores de Milei; convocar, de forma temporária, o embaixador brasileiro para voltar ao Brasil; e, a mais brusca de todas, retirar o embaixador brasileiro da Argentina de forma definitiva. (UOL)
Novo premiê britânico confirma fim de deportação de imigrantes para Ruanda
Logo em seu primeiro dia no cargo, o primeiro-ministro eleito do Reino Unido, Keir Starmer, do Partido Trabalhista, confirmou que o projeto de deportação de imigrantes ilegais para Ruanda estaria "morto e enterrado". O esquema já custou 310 milhões de libras ao país e foi uma das mais polêmicas ideias do antecessor conservador, Rishi Sunak. Em coletiva, além de rechaçar o projeto de deportação, Starmer colocou a imigração ilegal como uma de suas prioridades. Os trabalhistas tinha como promessa de campanha a redução de travessias de pequenos barcos no Canal da Mancha, contratando investigadores e usando táticas antiterroristas para identificar esquemas de tráfico de pessoas, mas nem todos os detalhes desse projeto foram revelados. (BBC)
Em evento conservador em SC, Bolsonaro critica imprensa e PT
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não falou sobre o indiciamento que sofreu pela Polícia Federal (PF) durante fala na Conferência de Política Ação e Conservadora (CPAC Brasil), em Balneário Camboriú (SC). No entanto, não perdeu a oportunidade de criticar a Rede Globo - em crítica à imprensa e ao citar que as redes sociais teriam conferido liberdade às pessoas. O Partido dos Trabalhadores (PT), do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também foi alvo de críticas, reforçadas pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), que disse se orgulhar do estado ter o menor número de beneficiários do Bolsa Família, pela melhor qualidade de vida, o que só seria possível, para ele, pelo fato do PT nunca ter sido eleito na esfera estadual. O evento é fechado à imprensa e ao público geral, tendo custado R$ 250 para ser acompanhado presencialmente, ou R$ 21,90 online. Ainda está prevista participação do presidente da Argentina, Javier Milei, que, inclusive, cancelou participação na Cúpula do Mercosul para participar do evento no Brasil. Não há previsão de encontro com o presidente Lula ou outra autoridade federal brasileira. (Estadão)
Europa faz exercícios militares contra China e Rússia
Guerra Fria 2.0? A Alemanha, França e Espanha mobilizaram quase 50 aeronaves de guerra para 5 exercícios militares na região do Indo Pacífico, que abrangerá do Alasca, nos EUA, à Índia, na Ásia. A missão, chamada de Pacific Skies (céus do Pacífico, em tradução livre), começou no último dia 27 de junho e vai até o dia 15 de agosto. O objetivo é testar uma ação integrada entre os 3 países, bem como desenvolver uma nova geração de drones de guerra e um caça, previstos para estarem à disposição apenas em 2040, no entanto. Além disso, é um recado para China e Rússia, que fazem com frequência exercícios militares em conjunto; a Trump, que fez os EUA deixarem a Otan em seu governo; e mostrar atenção a problemas bélicos, para além da Guerra da Ucrânia. (Folha)
Um terço de economia proposta pela Fazenda depende do Congresso
Para economizar os R$ 25,6 bilhões previstos, o Governo Federal terá de negociar com deputados e senadores. Isso porque parte dessas medidas de cortes de despesas, cerca de R$10 bilhões, só serão permitidos após apreciação do Poder Legislativo. A Fazenda ainda não enviou as propostas ao Congresso, mas na última quarta-feira (3), em coletiva, foi anunciado o cumprimento do arcabouço fiscal e para atingimento da meta de zerar o déficit fiscal, quando as despesas superam as receitas, haveria necessidade de um pente-fino em benefícios sociais e, caso necessário, um contingenciamento de recursos. Com os anúncios, após o dólar ter batido R$ 5,70, a moeda americana recuou a R$ 5,48, no fechamento de sexta-feira (5).
Reformista vence as eleições presidenciais do Irã
O reformista Masoud Pezeshkian foi eleito presidente do Irã, derrotando seu rival conservador de linha dura, Saeed Jalili. Pezeshkian obteve 53,3% dos mais de 30 milhões de votos, enquanto Jalili ficou com 44,3%. Cirurgião cardíaco de 71 anos e membro do Parlamento iraniano, Pezeshkian critica a polícia moral do país e causou agitação depois de prometer “unidade e coesão”, bem como o fim do “isolamento” em relação ao restante mundo. Ele também defendeu “negociações construtivas” com as potências ocidentais sobre uma renovação do acordo nuclear de 2015, no qual o Irã concordou em reduzir o seu programa nuclear em troca de um alívio das sanções econômicas. Antes mesmo da oficialização dos resultados finais pelo Ministério do Interior, os apoiadores de Pezeshkian saíram às ruas de Teerã e várias outras cidades para celebrar. Jalili, por outro lado, é ligado ao status quo. O ex- negociador nuclear tem forte apoio entre as comunidades mais religiosas do país. A eleição presidencial foi convocada após a morte de Ebrahim Raisi em um acidente de helicóptero em maio, que também matou outras sete pessoas. A participação no segundo turno foi de 50%, superior à da primeira etapa da disputa na semana passada, quando a participação foi de 40%, a mais baixa desde a revolução islâmica em 1979. (BBC)