Bolsonaro e PL devem indicar Michelle, Eduardo, Flávio e Carlos ao Senado
Jair Bolsonaro e seu partido, o PL, pretendem montar uma tropa de choque familiar no Senado, conta Monica Bergamo. Embora o partido tenha pesquisas mostrando um bom potencial da ex-primeira-dama Michelle numa disputa presidencial, o marido quer que ela concorra ao Senado pelo Distrito Federal. Além da candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no Rio, o clã pretende lançar o hoje deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) ao Senado por São Paulo. Há ainda a possibilidade de o vereador Carlos Bolsonaro (PL-RJ) também concorrer a senador, não a deputado, como previsto. Para não disputar votos com o irmão mais velho, o Zero Dois transferiria seu domicílio eleitoral para algum estado com forte presença bolsonarista, como Santa Catarina ou Mato Grosso. (Folha)
Pacheco joga alinhado ao Planalto e atrasa proposta de autonomia do BC
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), decidiu jogar mais alinhado ao Palácio do Planalto e não pretende pautar para a votação em plenário a proposta de emenda à Constituição (PEC) que amplia a autonomia do Banco Central, dando à instituição independência orçamentária e financeira. Hoje, em entrevista coletiva, Pacheco disse que ainda faltam elementos para se concluir se a autonomia já dada à instituição por meio de outra emenda, aprovada no ano passado, “rendeu bons frutos” para o país e se foi vista como positiva pela sociedade.
Rodrigo Pacheco encaminha proposta para resolução de dívida dos estados com União
O presidente do Congresso Nacional e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), apresentou nesta terça-feira (9) um projeto para renegociar as dívidas dos estados com o Governo Federal, que já passam de R$ 700 bilhões. O valor das dívidas é acrescido da inflação oficial do país +4% ou + a Taxa Selic, a taxa básica de juros da economia, sendo escolhido o que for menor. Quatro estados lideram entre os mais devedores, são eles: Goiás, Minas Gerais (estado de Pacheco), Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Pacheco propõe, então, parcelar os valores em 30 anos, congelar o valor atual, abater o valor dos juros por meio de negociações com o Governo Federal, a partir da Federalização de ativos, por exemplo, além de criar um Fundo para atender os estados. O texto começará tramitando no Senado, antes de ir para Câmara e Sanção Presidencial, no caso de aprovação. (g1)
Promotoria investiga suposto financiamento ilegal de campanha de Le Pen
A Promotoria de Paris revelou estar investigando suspeitas de financiamento ilegal da campanha de Marine Le Pen para a corrida presidencial de 2022, não dizendo respeito, portanto, à corrida pelo Parlamento que finalizou no último domingo (7). A Justiça francesa apura suposto peculato, falsificação, fraude e até um episódio de empréstimo de outra candidata, o que é vedado pela lei. O partido Reunião Nacional e a líder de extrema-direita negam qualquer irregularidade. A investigação foi aberta oficialmente em 2 de julho e segue um relatório do ano passado de um órgão do Ministério Público que investiga as despesas e financiamento eleitoral dos candidatos. (CNN)
Desvio no caso das joias pode ultrapassar R$ 6,8 milhões, estima PF
Os recursos desviados na venda ilegal de presentes recebidos pelo governo brasileiro durante a gestão de Jair Bolsonaro (PL) devem ultrapassar os R$ 6,8 milhões divulgados na segunda-feira pela Polícia Federal. O valor revelado se refere somente aos itens que já passaram por perícia da corporação, mas ainda há peças a serem avaliadas, como como abotoaduras, anéis e rosários de dois kits de joias. Além disso, pelo menos três itens – duas esculturas douradas e um relógio de luxo – ainda não foram recuperados pelos investigadores. Inicialmente, a PF havia informado que o desvio chegava a R$ 25 milhões, mas corrigiu a informação. No relatório entregue ao Supremo Tribunal Federal, os agentes afirmam que Bolsonaro foi informado pelo tenente-coronel Mauro Cid, seu ajudante de ordens, sobre os leilões das peças e chegou a acompanhar um deles pelo celular. (Globo)
Bolsonaro e seus auxiliares desviaram R$ 6,8 milhões em joias e presentes, diz PF
O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes levantou o sigilo do inquérito que levou ao indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e outras 11 pessoas envolvendo presentes dados por governos estrangeiros durante seu mandato. No relatório, a Polícia Federal afirma que o ex-presidente teria formado uma associação criminosa para desviar R$ 6,8 milhões (US$ 1.227.725,12) em itens recebidos em visitas a oficiais a outros países. Inicialmente, no entanto, a conclusão do documento falava em R$ 25 milhões (US$ 4.550.015,06). A PF disse que houve um erro material na conclusão e que o valor estava correto em outros trechos do documento. Segundo a investigação, auxiliares de Bolsonaro venderam presentes oficiais e entregaram o dinheiro em espécie ao ex-presidente, ingressando “no patrimônio pessoal do ex-presidente da República, por meio de pessoas interpostas e sem utilizar o sistema bancário formal, com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”. O relatório não informa, no entanto, quanto desse valor teria sido destinado em ex-mandatário. O documento de 476 páginas, assinado pelo delegado responsável pelo caso, Fabio Shor, foi protocolado na sexta-feira no Supremo Tribunal Federal e encaminhado nesta segunda-feira por Moraes à Procuradoria-Geral da República, que tem 15 dias para se manifestar. (UOL e Folha)
‘Voltamos a ser uma região dividida’, diz Lula no Mercosul
O presidente Lula participou nesta segunda-feira da Cúpula do Mercosul, no Paraguai. Sem citar nominalmente Javier Milei, presidente da Argentina, Lula criticou a divisão no bloco econômico, pois segundo ele, disputas alheias à América do Sul se sobrepuseram às discussões regionais. “Voltamos a ser uma região dividida, mais voltada para fora do que para si própria”, afirmou. Milei não estava presente, pois participou no domingo de um encontro conservador em Santa Catarina, ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, com presença de apenas três mil pessoas. A cúpula deve marcar a entrada da Bolívia no bloco, representada pelo presidente do país, Luis Arce. Lula aproveitou sua fala para rechaçar a tentativa de golpe de Estado ocorrida no país. Ele também falou sobre as guerras na Ucrânia e em Gaza, o acordo do Mercosul com a União Europeia e enalteceu as vitórias do Partido Trabalhista, nas eleições parlamentares do Reino Unido, e da frente de esquerda, no segundo turno legislativo francês. Ainda nesta segunda, Lula viaja para a Bolívia, onde terá reunião bilateral com o presidente Arce. (UOL e g1)
Regulamentação da reforma tributária deve ser votada na Câmara nesta semana
O texto principal da regulamentação da reforma tributária deve ser votado ainda nesta semana. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), prometeu ao governo que o projeto seria votado antes do recesso do Congresso Nacional, que se inicia em 18 de julho. Em sinal de respeito à Lira e à forma como os projetos têm tramitado, o presidente Lula enviou à Câmara um pedido de urgência para votar a proposta, o que levaria o texto diretamente ao plenário, sem passar por comissões. Os líderes partidários devem se reunir nesta terça-feira para discutir quando a matéria entrará na pauta de votação. Lira quer deixar a presidência da Câmara em 2025 com a mudança no sistema tributário do país como um legado de sua gestão. (Poder360)
Em carta aberta a democratas, Biden diz que segue na corrida e pede união
Em uma semana crucial para sua candidatura, quando recebe líderes da OTAN para a cúpula de três dias em Washington a partir desta terça-feira, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, escreveu uma carta aberta de duas páginas aos parlamentares democratas na qual afirma estar “firmemente comprometido em permanecer na corrida até o fim e derrotar Donald Trump”. Biden disse que não estaria concorrendo novamente se não tivesse “certeza absoluta” de que ele é “a melhor pessoa para vencer Trump”. A carta é divulgada um dia após deputados do seu partido expressarem, em reunião privada, que ele deveria desistir da reeleição. “O ponto principal aqui é que não vamos a lugar nenhum — eu não vou a lugar nenhum”, disse o presidente. “Qualquer enfraquecimento da decisão ou falta de clareza sobre a tarefa que temos pela frente apenas ajuda Trump e nos prejudica. É hora de nos unirmos”, pediu Biden. Tentando salvar sua candidatura a quatro meses do pleito — e a apenas um mês e meio da convenção democrata, em Chicago —, o presidente dará uma rara entrevista coletiva na quinta-feira, após a cúpula da OTAN, a repórteres que cobrem a Casa Branca. Sua última coletiva nos Estados Unidos foi em novembro de 2022. Há grande expectativa sobre como será seu desempenho sob pressão. (New York Times)