Política

Governo Bolsonaro acionou 15 servidores para liberar joias, diz PF

Pelo menos 15 servidores públicos foram acionados nos dias finais do mandato do então presidente Jair Bolsonaro (PL) para tentar liberar as joias presenteadas pela Arábia Saudita e retidas em setembro de 2021 na alfândega do aeroporto de Guarulhos, segundo a Polícia Federal. Em duas semanas, foram mobilizados sete ocupantes de altos cargos da Receita Federal, quatro ajudantes de ordens da presidência, três integrantes do Gabinete Adjunto de Documentação Histórica da Presidência e um funcionário da Secretaria-Geral da Presidência. De acordo com os investigadores da PF, houve “uma operação, até certo ponto desesperada, para tentar subtrair as joias femininas retidas pela Receita Federal, em tempo hábil a despachá-las no avião presidencial, que decolaria no dia 30 de dezembro de 2022, com destino aos Estados Unidos”. No texto a PF diz suspeitar que a operação de liberação dos itens tinha o objetivo de vendê-los nos Estados Unidos, assim como outros presentes dados a Bolsonaro. A PF indiciou Bolsonaro e mais 11 pessoas no caso. (Folha)

Comprova lança projeto para enfrentamento da desinformação nas eleições municipais com 42 veículos de comunicação

O Projeto Comprova, iniciativa colaborativa e sem fins lucrativos liderada pela Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji), inicia nesta quarta-feira, 10 de julho, o monitoramento e a verificação de conteúdos de desinformação relacionados às eleições municipais de 2024. Os editores e repórteres dos 42 veículos de comunicação que fazem parte do projeto estão reunidos na sede do Google, em São Paulo, para o ComprovaDay, evento que dá a largada para a cobertura.

Avaliação de Lula sobe para maior nível de 2024, aponta Quaest

Uma pesquisa Genial/Quaest divulgada hoje (leia na íntegra) mostrou crescimento da aprovação do presidente Lula e queda na reprovação - nos dois casos, acima da margem de erro de dois pontos percentuais. Das duas mil pessoas ouvidas, 54% aprovam o trabalho de Lula (eram 50% na aferição passada) e 43% desaprovam (eram 47%). O bom desempenho foi puxado pelos mais pobres, eleitores entre 35 e 59 anos e moradores do Sudeste. A grande maioria, 90%, concorda com falas do presidente de que o salário deveria crescer acima da inflação, e a queda de braço com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, rendeu bons dividendos de popularidade: 66% concordam com as queixas do presidente. O número é positivo mesmo entre os que disseram ter votado no ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022. A maioria (53) acredita que as falas de Lula não foram a principal razão das recentes altas do dólar. Na economia, 36% acreditam que a economia piorou nos últimos 12 meses, mas 52% creem em melhora da economia até julho do próximo ano. (Meio)

Em quarto ataque a escola nos últimos quatro dias, Israel mata 29 pessoas

Um ataque aéreo israelense matou ao menos 29 palestinos em um campo de deslocados no portão de uma escola ao sul de Gaza, na cidade de Abasan al-Kabira. Este é o quarto ataque a escolas que abrigam pessoas deslocadas ou perto delas nos últimos quatro dias. O exército israelense disse ter usado “munição precisa” para atingir um “terrorista da ala militar do Hamas” que teria participado dos atentados de 7 de outubro. O campo de deslocados abriga pessoas que viviam nas vilas orientais de Khan Younis. O incidente ocorreu uma semana após o exército israelense ordenar que civis evacuassem Abasan al-Kabira e outras áreas do leste de Khan Younis, levando milhares de pessoas a fugirem. Segundo testemunhas, mulheres e crianças estão entre os mortos, e há centenas de feridos. Ayman Al-Dahma, de 21 anos, disse à BBC que havia cerca de 3.000 pessoas aglomeradas na área naquele momento. Segundo ele, a área tinha um mercado e prédios residenciais. Ele descreveu como “inimaginável” a cena após o ataque. “Disseram que era um lugar seguro, que havia água e comida, escolas e tudo mais. De repente, um foguete cai sobre você e todas as pessoas ao seu redor.” Mais de 38.240 pessoas foram assassinadas em Gaza desde outubro passado. (BBC)

Tudo joia?

Samba e encontros improváveis marcam a largada da campanha de Brito à Presidência da Câmara

Samba, música sertaneja e axé. Jantar regado a vinho e uísque rolando. Apoios explícitos, outros nem tanto. Conversas ao pé do ouvido, outras esfuziantes e nada discretas. O motivo oficial da festa era comemorar os aniversariantes do mês de julho da bancada do PSD. Eram seis aniversariantes. Alguns nem compareceram, como o deputado Gilberto Nascimento (SP), por exemplo.

Com discurso claro e enérgico, Biden abre cúpula da Otan

Sob olhar atento de boa parte do mundo, o presidente americano, Joe Biden, fez um discurso contundente na abertura da cúpula da Otan em Washington com o objetivo de dissipar as dúvidas sobre sua aptidão para seguir na corrida presidencial. E aproveitou para se vangloriar de que sua liderança revitalizou a aliança militar e tem sido essencial para a Ucrânia. O discurso, que deu início a três dias de reuniões de alto nível na capital americana, serviu como um teste político e geopolítico para Biden. A cada aparição, ele tem de provar que a idade é apenas um número e que seu mau desempenho no debate contra Donald Trump foi uma noite ruim e única. “A Ucrânia pode e vai deter Putin”, afirmou. “Quando esta guerra sem sentido começou, a Ucrânia era um país livre. Hoje, ainda é um país livre e a guerra terminará com a Ucrânia permanecendo um país livre e independente”, disse. Biden não se atrapalhou com as palavras. Foi claro e enérgico. Mas ele continuará sendo observado de perto nesta semana, enquanto administra uma agenda lotada, incluindo uma rara coletiva de imprensa nesta quinta-feira, quando enfrentará perguntas sobre sua idade e acuidade mental. (Politico)

Na Bolívia, Lula defende a democracia e pede eleições tranquilas na Venezuela

Em visita à Bolívia, que recentemente enfrentou uma tentativa frustrada de golpe de Estado, o presidente Lula defendeu a democracia e pediu por um processo eleitoral tranquilo na Venezuela no próximo dia 28. “A Bolívia não pode voltar a cair nessa armadilha. Temos a enorme responsabilidade de defender a democracia contra as tentativas de retrocesso”, afirmou Lula em Santa Cruz de la Sierra, ao lado de seu colega boliviano Luis Arce, após reunião bilateral. “A normalização da vida política na Venezuela significa estabilidade em toda a América do Sul. Por isso, fazemos voto de que as eleições transcorram de forma tranquila e que os resultados sejam reconhecidos por todos”, disse. E no dia seguinte à cúpula de chefes de Estado do Mercosul, que pela primeira vez não contou com a presença de um presidente argentino, Lula destacou a importância da união para a região. “A desunião das forças democráticas só tem servido à extrema direita.” (Globo)

Empresário entregou dinheiro vivo a Bolsonaro nos EUA, segundo relatório da PF

As mensagens interceptadas pela Polícia Federal no celular do tenente-coronel Mauro Cid indicam que Jair Bolsonaro (PL) recebeu um envelope com dinheiro vivo de um parente do empresário do agronegócio Paulo Junqueira no final de 2022, pouco depois de chegar aos Estados Unidos. Junqueira, que emprestou uma casa a Bolsonaro em Orlando, na Flórida, confirmou que houve a entrega de dinheiro ao então presidente, mas esclareceu que seria para custear despesas com reparos na casa. Em 31 de dezembro, quando ainda era presidente, Bolsonaro recebeu Samuel Oliveira, genro do empresário, que foi responsável por fazer a entrega do dinheiro. A PF detectou essa informação durante a apuração do caso sobre o desvio das joias, mas as investigações não se aprofundaram. As mensagens, porém, estão no inquérito que foi tornado público na segunda-feira pelo ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes. Junqueira disse estar à disposição para esclarecimentos o caso a PF investigue esse ponto. Já a defesa de Bolsonaro afirmou que ainda está analisando os autos da investigação. (UOL)

Kamala Harris enfrenta o desafio de estar pronta sem poder ficar pronta

Peter Baker e Katie Rogers: “Nestes dias de incerteza na Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris se mantém próxima do presidente Biden, física e politicamente, determinada a não deixar ninguém dizer que ela tem sido outra coisa senão completamente leal. Mas, como resultado, significa que a pessoa que pode ter de avançar se ele renunciar à candidatura não pode ser vista fazendo algo para se preparar para o desafio de uma vida”. (New York Times)