Política

Trump sofre atentado, mas está bem; suposto atirador e outra pessoa morreram

O ex-presidente Donald Trump sofreu um atentado a tiros durante um comício na Pensilvânia na noite deste sábado, mas, segundo seus assessores, passa bem. Ele discursava para uma plateia de apoiadores na cidade de Butler quando diversos disparos foram ouvidos. Trump levou a mão à orelha direita e abaixou-se, sendo cercado em seguida por agentes do Serviço Secreto que fazem sua segurança, enquanto a multidão gritava e estampidos continuaram a soar (veja o momento aos 8’30’’ deste vídeo da PBS). Em seguida, os agentes o retiraram do palanque, mas o ex-presidente, com sangue no rosto, ainda levantou o punho para a plateia, aparentemente indicando estar bem. Um porta-voz do serviço secreto, Anthony Guglielmi, disse que Trump estava “em segurança” após “um incidente acontecer” durante o comício. A equipe do ex-presidente publicou uma nota no X informando que ele está “bem e passando por exames médicos em um hospital” e agradecendo a pronta reação dos agentes de segurança. (New York Times)

Ataque israelense a líder do Hamas deixa dezenas de mortos em Gaza

Pelo menos 90 pessoas morreram e centenas ficaram feridas – segundo dados do ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas – em ataque israelense neste sábado a um campo de desalojados na cidade de Khan Younis, no sul do território palestino. Sem comentar os números as Forças Armadas de Israel confirmaram o ataque, que teve como alvos Mohammed Deif, considerado o idealizador dos atentados terroristas de 7 de outubro, e Rafa Salama, outro comandante do Hamas. Segundo fontes sauditas, Deif teria sido seriamente ferido e Salama estaria morto, mas nenhum dos lados confirma a informação. De acordo com Israel, os dois e vários outros militantes estavam escondidos em meio a civis numa área que foi classificada como “não segura para a população”, o que Hamas nega. (Guardian)

Meta suspende restrições a contas de Trump

Às vésperas da convenção do Partido Republicano, que começa nesta segunda-feira, a Meta retirou as restrições às contas do ex-presidente Donald Trump no Facebook e no Instagram. Os perfis dele haviam sido banidos em 2021 por disseminação de informações falsas e discurso de ódio, mas restabelecidos no início do ano passado com uma série de salvaguardas para “evitar repetidas violações” das regras das plataformas. A Meta justificou a retirada das restrições pela necessidade de dar a Trump, que deve ser confirmado como candidato republicano à Casa Branca, as mesmas condições do presidente Joe Biden, que segue concorrendo à reeleição. “Diante de nossa responsabilidade de permitir a expressão política, acreditamos que o povo americano deve ser capaz de ouvir os candidatos à Presidência nas mesmas bases”, disse em nota a empresa. (CNN)

PF crê que Ramagem tem outras gravações de Bolsonaro

Agentes da Polícia Federal que participam das investigações sobre o esquema de espionagem ilegal feito durante o governo de Jair Bolsonaro acreditam que o ex-diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) Alexandre Ramagem, hoje deputado pelo PL-RJ, possa ter outras gravações comprometedoras do ex-presidente, conta Bela Megale. A PF está fazendo uma busca no computador de Ramagem, apreendido em janeiro durante operação sobre a “Abin paralela”, que teria espionado ilegalmente ministros do STF, político e jornalistas. Os policiais já descobriram a gravação de uma reunião na qual Ramagem e Bolsonaro discutiram formas de blindar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), então investigado por prática de “rachadinha”. Segundo aliados, o ex-presidente está furioso por ter sido gravado e por Ramagem ter preservado o arquivo comprometedor, o que pode abortar a candidatura do ex-diretor da Abin à prefeitura do Rio. (Globo)

Temendo derrota democrata, europeus se aproximam de Trump

Para alguns aliados dos Estados Unidos, chegou a hora de apostar em Donald Trump. Diplomatas e autoridades europeias descreveram seu choque frente à atuação vacilante e aos erros do presidente Joe Biden durante a cúpula da Otan em Washington. E revelaram que já começaram a contatar o republicano. Além do mau desempenho no debate presidencial no fim do mês passado, nesta quinta-feira, Biden apresentou o líder da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, como “presidente Putin”, gerando uma reação audível entre os europeus presentes no encontro da aliança militar. “Os líderes europeus congelaram no palco, embora tenham feito o possível para continuar sorrindo e aplaudindo. Ninguém mencionou isso com a equipe de Biden depois”, contou uma das pessoas presentes. Pouco depois, na coletiva de imprensa, o americano chamou sua vice-presidente, Kamala Harris, de “vice-presidente Trump”. Diplomatas europeus já começaram a contatar pessoas ligadas a Trump, marcando reuniões, participando de mesmos eventos e convidando aliados do republicano para jantar. (Politico)

Doadores retêm cerca de US$ 90 milhões prometidos à campanha democrata

Alguns dos principais doadores democratas disseram que o montante prometido de US$ 90 milhões está suspenso se o presidente Joe Biden permanecer à frente da chapa democrata à Casa Branca, de acordo com fontes. A decisão de reter tal soma é um dos exemplos mais concretos das consequências do fraco desempenho de Biden no debate do fim de junho contra Donald Trump. O maior comitê de ação política do partido, o Future Forward, recusou-se a comentar quaisquer conversas com doadores ou retenção de valores prometidos. Um consultor do Future Forward disse apenas que o grupo espera que aqueles que interromperam as doações retornem assim que a incerteza atual sobre a candidatura democrata for resolvida. (New York Times)

Biden tropeça, mas sobrevive à coletiva de imprensa, analisa Economist

O desempenho do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na tão esperada coletiva de imprensa desta quinta-feira pode ser dividido em duas partes: na primeira, com foco em política externa, houve tropeços retóricos, mas Biden mostrou “firme domínio”, segundo análise da revista britânica The Economist, uma das mais importantes do mundo. A segunda parte foi com o presidente na defensiva, tentando provar sua aptidão para o cargo mais importante mesmo após escorregar na gafe, no início da entrevista, em que confundiu a vice-presidente, Kamala Harris, com seu adversário, Donald Trump. Disse ser necessário adaptar seu horário de trabalho para gerenciar melhor suas responsabilidades e, para a revista, teve performance bem mais enérgica do que no debate com Trump. Apesar disso, parecia se desviar com alguma frequência do assunto perguntado e deu respostas vagas, mostrando-se irritado em certo momento ao ser questionado sobre sua capacidade cognitiva. A Economist acredita que a evolução não será suficiente para silenciar os céticos em relação à candidatura de Biden. (The Economist)

Pai de Mauro Cid negociou joias no escritório da Apex em Miami

Uma investigação da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos, a Apex, chegou à conclusão de que o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, pai do tenente-coronel Mauro Cid, usou o escritório da agência em Miami para negociar as joias do acervo da Presidência da República. A apuração começou em abril do ano passado, informa a CNN Brasil, que teve acesso aos documentos. Lourena Cid chefiou o escritório nos Estados Unidos durante todo o governo do presidente Jair Bolsonaro. Esta semana já havia sido comprovada a participação do reservista na negociação das joias, inclusive com fotos das peças em que ele aparece no reflexo de um vidro. A Polícia Federal entende que Cid pai tentou vender também uma obra de arte, mas não teve sucesso. Além disso, o relatório da Apex aponta que o general não queria devolver o notebook e celular funcionais, usados para o trabalho, após deixar o cargo. (CNN Brasil)

Câmara aprova a PEC da Anistia, que reduz cota de negros e perdoa irregularidades

A chamada PEC da Anistia, que revoga a determinação de que negros devem receber verba eleitoral de forma proporcional ao número de candidatos, concede perdão a irregularidades e abre um programa de refinanciamento de débitos aos partidos políticos, foi aprovada nesta quinta-feira na Câmara dos Deputados. No primeiro turno, recebeu 344 votos a favor, 89 contra e quatro abstenções. No segundo, foram 338 votos sim, 83 votos não e quatro abstenções. Com apoio de todos os partidos, com exceção de Novo e PSOL, a PEC segue agora para o Senado. Sobre a questão de negros, a PEC visa derrubar a decisão do Supremo Tribunal Federal que obriga os partidos a distribuir a bilionária verba de campanha de forma proporcional ao número de candidatos brancos e negros. Pelo texto votado, os partidos aplicarão 30% dos recursos nas candidaturas de negros. E os partidos que descumpriram a cota racial em 2020 e 2022 podem compensar nas quatro disputas seguintes, escapando de punição. O texto final acabou não tratando das mulheres e permanece a determinação de aplicação de recursos proporcionais ao número de candidatas, não inferior a 30%. A tramitação da PEC não teve quase nenhuma discussão pública e nem foi votada em comissão especial pela qual toda emenda à Constituição tem de passar. O texto coloca na Constituição que a imunidade tributária aos partidos se estende a todas as sanções de natureza tributária, exceto as previdenciárias, abrangendo os processos de prestação de contas eleitorais e anuais. A PEC da Anistia também abre um Programa de Recuperação Fiscal específico para partidos políticos, seus institutos ou fundações, “para que regularizem seus débitos com isenção dos juros e multas acumulados” em prazo de até 180 meses. E autoriza os partidos a usar recursos públicos do Fundo Partidário para pagar penalidades. (Folha)

Quase 70% dos americanos acham que Biden deve renunciar à corrida presidencial

Uma pesquisa feita em parceria entre ABC News, Washington Post e Ipsos mostra que 67% dos americanos consideram que Joe Biden deveria renunciar à candidatura democrata à presidência devido a seu mau desempenho no debate de 27 de junho. Apesar disso, Biden se mantém praticamente empatado com Donald Trump, sem mudanças significativas pós-debate nas preferências de voto. Se as eleições fossem hoje, 46% optariam por Biden e 47% por Trump, resultado parecido com a pesquisa ABC/Ipsos de abril (44%-46%). Entre os eleitores registrados o empate é absoluto: 46%-46%. Se a vice-presidente Kamala Harris substituísse Biden, ela teria 49% dos votos ante 46% para o republicano entre todos os adultos (49%-47% entre os eleitores registrados). A margem de erro do levantamento é de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. (ABC News)