Diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos renuncia após pressão
Kimberly Cheatle, até hoje diretora do Serviço Secreto dos Estados Unidos, decidiu demitir-se do cargo após pressão tanto de democratas quanto de republicanos em meio às falhas de segurança que culminaram no atentado contra Donald Trump. O movimento já era esperado. Em depoimento público na segunda-feira, ela não estava disposta a responder a muitas das perguntas do comitê de investigação e negou que renunciaria, mesmo reconhecendo falhas na operação de segurança. O presidente da Câmara, Mike Johnson, disse aos repórteres que a renúncia estaria “atrasada”. Em breve declaração, Biden agradeceu a Kimberly Cheatle pelo mandato como diretora do Serviço Secreto e disse que nomeará a pessoa substituta em breve. (CNN e The Guardian)
Kamala apresenta melhora nas intenções de voto em relação a Biden
Nova pesquisa da Morning Consult (disponível aqui) atualizou os cenários sobre a corrida eleitoral à Casa Branca após a desistência do presidente Joe Biden e a provável nomeação de Kamala Harris. O republicano Donald Trump está à frente de Kamala por 2 pontos percentuais, 47% a 45%, o que representa melhora considerável em relação à margem de 6 pontos que Biden enfrentou na mesma pesquisa antes de sua saída da disputa. Entre eleitores democratas, 65% apoiam a vice-presidente para liderar a chapa do partido, número mais do que o dobro do nível observado no mês anterior, quando ela tinha apenas 30% de apoio. A mudança de rota dos democratas, inclusive, parece engajar seus eleitores: democratas estão mais motivados a votar do que os republicanos após a decisão de Biden, e a maioria dos votantes acredita que Harris terá mais chances contra Trump. (Meio)
Brasil reconhece impasse sobre Gaza e Ucrânia no G20
Meses antes da cúpula do G20 no Rio de Janeiro, a presidência rotativa do Brasil entendeu ser difícil chegar a uma conclusão consensual entre os países membros sobre as guerras na Ucrânia e na Faixa de Gaza, mas se dispôs a discutir as questões para tentar um acordo no evento de novembro. Ontem e hoje, na Reunião Ministerial de Desenvolvimento do G20, a carta divulgada permitiu que se voltasse a ter a possibilidade de declarações assinadas por ministros, sem necessariamente haver consensos, após mais de dois anos de bloqueios em que as divergências quanto às responsabilidades das guerras travavam posicionamentos oficiais do bloco. O Brasil escolheu a estratégia de definir temas específicos de discussão que não fossem os conflitos, deixando estes assuntos para aprofundamento em novembro. Enquanto isso, os países do G20 divulgaram documentos que tratavam sobre o acesso à água potável, saneamento básico e higiene, e outro sobre a redução das desigualdades socioeconômicas. (Folha)
Trump quer reforçar vínculo de Kamala com Biden e transferir ataques para ela
Ele falou por quase 1h30 na Convenção Nacional Republicana. Criticou o presidente Joe Biden, os imigrantes, sua fictícia fraude eleitoral, o Irã... Mas o discurso de Donald Trump não teve uma linha contra Kamala Harris. Com a mudança no xadrez eleitoral, o ex-presidente e seus assessores precisam adaptar a narrativa de ataques construída para ser repetida até novembro. Enquanto Kamala vai empilhando apoios e doações, uma mensagem não inteiramente nova começa a tomar forma na campanha republicana a quase 100 dias das eleições. Por mais que se diga o contrário, Trump preferia concorrer contra a candidatura em colapso de Biden. E sua equipe parece determinada a manter boa parte da estratégia anterior, apostando que, como vice-presidente, Kamala é indissociável de seu presidente. A ideia é expor a provável candidata a ataques sobre inflação, crises internacionais e migração na fronteira sul. “Harris será ainda pior para nosso povo do que Joe Biden”, apressaram-se a dizer, há dois dias, Susie Wiles e Chris LaCivita, principais funcionários da campanha republicana. (The Economist)
‘Se Biden pode desistir, por que eu não posso?’, diz Datena sobre candidatura
“Se o Biden pode desistir a qualquer momento, por que eu não posso?”, indagou José Luiz Datena, apresentador e pré-candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PSDB, deixando aberta a possibilidade de desistir de uma campanha eleitoral pela quinta vez. Em entrevista à Folha, contou ter sido traído em tentativas anteriores na política, disse que desconfia da continuidade de sua candidatura, critica interferências e movimentos do seu partido e se diz preocupado com possíveis “tiros nas costas”. Mesmo com tantas incertezas em sua campanha, seu nome é um dos mais conhecidos. Datena tem feito críticas ao atual prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), e focado em propostas para a segurança pública, coerente com seu ramo de atuação no jornalismo. Também cutuca Tabata Amaral (PSB), pré-candidata e antiga aliada. Inicialmente, o apresentador era cotado para ser vice em uma chapa encabeçada pela deputada federal, o que não foi para frente após Datena deixar o PSB. (Folha)
Após atentado a Trump, deputados pedem renúncia da chefe do Serviço Secreto
Os líderes dos partidos Republicano e Democrata na Comissão de Supervisão da Câmara dos EUA pediram nesta segunda-feira a demissão da diretora do Serviço Secreto, Kimberly Cheatle, por conta das falhas que levaram ao atentado contra o ex-presidente e agora candidato Donald Trump. Em depoimento à comissão, ela admitiu, por exemplo, que, antes de Trump subir ao palanque em Butler, na Pensilvânia, os agentes foram avisados “de duas a cinco vezes” que havia uma pessoa suspeita na área. Cheatle reconheceu que foi a maior falha de seu departamento em décadas, mas se recusou a fornecer mais informações, alegando que o incidente está sob investigação do FBI. (CNN)
Apesar das investigações, PL oficializa Ramagem como candidato no Rio
Embora seja o principal alvo na investigação da “Abin paralela” no Supremo Tribunal Federal (STF), o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ), foi oficializado nesta segunda-feira como candidato do partido (e do bolsonarismo) à prefeitura do Rio de Janeiro. O vereador Carlos Bolsonaro representou o pai na convenção, que teve um tom protocolar. O PL ainda negocia a vaga de vice na chapa de Ramagem, embora esteja decidido que o posto será ocupado por uma mulher. Um dos objetivos é tentar atrair o voto evangélico, seja em coligações ou com um nome do próprio PL. (Folha)
Lula diz que fará bloqueios no orçamento quando for necessário e volta a criticar Campos Neto
O presidente Lula disse nesta segunda-feira que fará bloqueios no Orçamento "sempre que precisar" e que traz a responsabilidade fiscal "nas entranhas". O presidente se referiu ao corte de 15 bilhões no Orçamento 2024, anunciado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad e que é detalhado pela equipe ec0nômica nesta tarde.
Lula se diz assustado com falas de Maduro e escala Amorim para acompanhar eleições na Venezuela
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu enviar a Caracas o assessor especial da Presidência da República, Celso Amorim. O objetivo é acompanhar as eleições que ocorrem na Venezuela no próximo domingo.
Por que Obama não apoiou Kamala Harris (ainda)?
Para ler com calma. Muitos democratas importantes rapidamente apoiaram Kamala Harris após Joe Biden anunciar que não disputaria a reeleição, mas não foi o caso do ex-presidente Barack Obama, que preferiu destacar apenas Biden em um texto publicado neste domingo (21). Obama classificou Biden como um amigo - o atual presidente foi seu vice quando esteve na Casa Branca - e como um dos presidentes mais importantes que os Estados Unidos já tiveram, mas se negou a expressar um apoio claro à Kamala, limitando-se a dizer que o partido escolherá um excelente candidato para a próxima eleição. Fontes próximas a ele, dizem que a postura não significa apoio, ou falta dele, mas que, como tem grande influência no partido, prefere não interferir nos processos e escolhas internas, postura similar a adotada em 2020, nas primárias. Independente da escolha do candidato ou da candidata, se espera ampla participação de Obama na campanha. Biden pode estar ressentido com mais um episódio que seu amigo não o apoiou diretamente - antes, em 2016 e 2020, o ex-presidente não foi entusiasta da ideia de Joe Biden ser presidente. (New York Times)