Meio

O ex-presidente da Argentina Alberto Fernández informou hoje ter sido desconvidado pelo governo de Nicolás Maduro de viajar ao país para acompanhar, como observador, as eleições do próximo domingo. "Ontem, o governo nacional venezuelano me transmitiu sua vontade de que eu não viaje e desista de cumprir a tarefa que me foi dada pelo Conselho Nacional Eleitoral", disse Fernandez, ao publicar a carta com o convite datada de 12 de julho. Segundo Fernández, a razão alegada pelo governo de Maduro foi de que suas declarações públicas "causavam desconforto e geravam dúvidas sobre minha imparcialidade".

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) rebateu nesta quarta-feira a declaração do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, questionando a segurança do sistema eleitoral brasileiro. Segundo a Corte eleitoral, o boletim emitido pelas urnas eletrônicas é um "relatório totalmente auditável".

Em uníssono ao que vem defendendo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse hoje que a taxação dos super-ricos é essencial para a obtenção de recursos para o combate à fome e à pobreza e apontou exemplos de milionários que deveriam pagar mais impostos.

A vice-presidente Kamala Harris é praticamente certa como a indicada democrata para enfrentar Donald Trump em novembro. Com o apoio do presidente Joe Biden, que se retirou da corrida presidencial, um crescente número de notáveis apoiadores Democratas, além dos delegados, Harris ainda tem apoio de pequenos doadores, os quais têm inundado a plataforma de arrecadação de fundos ActBlue. Dentro do partido, a disputa agora está mais concentrada em saber quem será vice na chapa e o partido tem até, no máximo, 19 de agosto, data da Convenção Nacional Democrata em Chicago, para escolher. Essa escolha deve envolver fatores como equilíbrio regional e demografia, buscando contemplar estados-chave para a disputa contra Trump. Harris, mulher de 59 anos da Califórnia, negra e sul-asiática, precisa de alguém que complemente suas características, e entre os nomes mais fortes no páreo até o momento estão o senador Mark Kelly, do Arizona, ex-piloto da Marinha e comandante da NASA; o governador Roy Cooper, da Carolina do Norte; a governadora Gretchen Whitmer, de Michigan; o governador Andy Beshear, do Kentucky - que venceu duas eleições em um estado republicano; o governador Josh Shapiro, da Pensilvânia, estado crucial para a vitória democrata; e o também governador JB Pritzker, de Illinois, com bons recursos financeiros e influência. (The New Yorker)

Ao discursar hoje na reunião do G20, no Rio de Janeiro, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, defendeu a taxação dos super-ricos como forma de "mobilizar recursos para o combate à fome e à pobreza". Haddad quer que essa faixa da população pague "sua justa contribuição em impostos", alegando que os que estão no "topo da pirâmide" usam "uma série de artifícios para evadir os sistemas tributários". "Isso faz com que, no topo da pirâmide, os sistemas sejam regressivos, e não progressivos", observou.

Após muita discussão e especulação, o Governo Federal lançou nesta quarta-feira (24) o programa Voa Brasil, que deve subsidiar passagens aéreas a R$200 para aposentados. Cálculos do governo dão conta de 23 milhões de brasileiros que podem ser beneficiados, número que poderia ser maior caso a ideia inicial - de incluir estudantes beneficiados pelo Prouni - fosse levada adiante, o que foi descartado devido a necessidade de avaliar a oferta de passagens efetivamente disponibilizadas pelas empresas aéreas. A estimativa é que 3 milhões de bilhetes com desconto sejam colocados à venda em um primeiro momento. Para comprar a passagem, o usuário deverá acessar um site a ser criado e buscar as opções oferecidas a R$ 200, sendo que o aposentado precisará entrar com o cadastro do gov.br. Pelo cadastro, será possível verificar se o idoso viajou de avião nos últimos 12 meses, o que impossibilitaria a sua aquisição pelo programa. (g1)

Medalha de ouro para divisão política. O presidente da França, Emmanuel Macron, rejeitou aprovar a primeira-ministra sugerida pela esquerda, mesmo após a coalizão ter vencido as eleições parlamentares. Segundo ele, a formação de um novo governo ficará para depois dos Jogos Olímpicos, que começam na próxima sexta-feira (26) e terminam em 11 de agosto. A Nova Frente Popular havia sugerido Lucie Castets, especialista em crimes financeiros, Macron disse não rejeitar o nome dela em si, mas não ver possibilidade da esquerda conseguir maioria parlamentar, ao que parte da coalizão esquerdista acusa de um golpe ou do presidente ser um mau perdedor - a frente de centro, politicamente onde ele está, ficou em segundo lugar. Apesar disso, juridicamente, Macron está respaldado: a Constituição da França garante ao presidente o poder de dissolver o parlamento e convocar novas eleições, como foi feito, e, se for o caso, não nomear o primeiro-ministro em caso de impasse. Desafio logístico e de segurança, as Olimpíadas tomarão atenção da França nas próximas semanas e o resultado das urnas não dissipou a divisão do país, pelo contrário, a reforçou em três grandes blocos, de esquerda, de centro e de extrema-direita, nenhum com maioria, no entanto, o que obriga coalizões e uniões entre dois dos três blocos. (InfoMoney e LeMonde)

Ao participar do #MesaDoMeio, nesta terça, o cientista político e mestre em Relações Internacionais Guilherme Casarões ponderou que a demora do presidente norte-americano, Joe Biden, em desistir da disputa expôs fraturas no partido Democrata e que, agora, é necessário que a legenda procure sanar suas divergências internamente e não de forma explícita, como ocorreu durante toda fase de ataque de Donald Trump a Biden. Essa postura, na opinião de Casarões, precisa ser adotada com o objetivo de proteger a candidatura da vice-presidente Kamala Harris.

Faltando 5 dias para as eleições na Venezuela, o governo de Nicolás Maduro bloqueou o acesso a sites de notícias independentes, segundo a ONG VE Sin Filtro, que monitora casos de censura. O Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) endossou as informações e informou, por meio das redes sociais, que cerca de 60 veículos estão sob censura no país.