Maduro vence as eleições e oposição acusa fraude no resultado
Nicolás Maduro venceu de novo – e, mais uma vez, o resultado das eleições presidenciais da Venezuela é contestado pela falta de transparência e suspeita de fraude. Na madrugada desta segunda-feira, o chefe do Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Elvis Amoroso, um aliado próximo de Maduro, anunciou a vitória do presidente com 80% dos votos apurados. Segundo ele, Maduro tinha 51,2% dos votos, contra 44,2% de seu principal rival, o ex-embaixador Edmundo González, que liderou com folga as pesquisas eleitorais. A frente de oposição venezuelana alega fraude generalizada na contagem e prometeu contestar o resultado. Ela se uniu em torno de González para destituir Maduro após 11 anos no poder, mas agora o verá cumprir mais um mandato de seis anos. (BBC)
Lula: ‘Não abrirei mão da responsabilidade fiscal’
Em pronunciamento para marcar um ano e meio de governo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez um balanço das ações até aqui e deu um recado ao mercado financeiro: “Não abrirei mão da responsabilidade fiscal”, disse, rebatendo as críticas de que seu governo gasta demais. “É essa responsabilidade que está nos permitindo ajudar a população do Rio Grande do Sul com recursos federais”, exemplificou, ao falar dos recursos emergenciais, que não serão considerados no balanço fiscal do governo. O presidente ainda falou sobre a ideia de se criar uma aliança global contra a fome e a miséria, apresentada pelo governo brasileiro ao G20. Lula quer que este tema, que inclui a taxação dos super-ricos, seja o principal assunto na cúpula do G20, em novembro. “Vamos colocar no centro do debate internacional a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Não podemos nos calar diante de um drama que afeta a vida de 733 milhões de homens, mulheres e crianças em todo o mundo.”
Foguete nas Colinas de Golã aumenta temor de guerra entre Israel e Líbano
Cresce o medo de uma guerra entre Israel e Líbano após um foguete supostamente libanês matar 12 pessoas, a maioria crianças, em um campo de futebol nas Colinas de Golã, no sábado. O ataque foi na cidade de Majdal Shams, território de origem síria controlado por Israel desde a Guerra dos Seis Dias, em 1967, mas onde o povo historicamente rejeita a presença israelense. Tanto o Hezbollah quanto o governo libanês negaram autoria do ataque, que fez o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu antecipar sua volta dos Estados Unidos e ordenar uma retaliação imediata no domingo, com bombardeios em várias regiões do Líbano. A resposta israelense parou antes de uma grande escalada, mas ainda há temor de consequências mais graves. Israel culpou o Hezbollah, grupo libanês apoiado pelo Irã que tem atacado o país em solidariedade ao Hamas. O ministro das relações exteriores libanês, Bou Habib, disse que “não é do interesse de ambos os lados começar uma guerra”. As famílias dos 12 mortos recusaram um encontro com Netanyahu. (New York Times e Haaretz)
Kamala arrecada US$ 200 milhões em uma semana para campanha democrata
Duzentos milhões de dólares foi o valor arrecadado pela campanha de Kamala Harris à presidência em sua primeira semana como favorita à nomeação democrata. Um dado curioso desse número é que 66% de todas as doações vieram de doadores de primeira viagem, pessoas que nunca haviam doado antes. É um exemplo da onda de entusiasmo nos Estados Unidos que mudou o xadrez da corrida à Casa Branca no momento em que o ex-presidente Donald Trump estava alcançando Joe Biden na arrecadação de fundos. E o apoio dos democratas à Kamala não é apenas financeiro: mais de 170.000 novos voluntários se juntaram à campanha de Harris esta semana. “O ímpeto e a energia da vice-presidente Harris são reais”, disse Michael Tyler, diretor de comunicações da campanha. (Axios)
Maduro vota na Venezuela e promete respeitar resultado das eleições
Nicolás Maduro votou assim que as urnas foram abertas na Venezuela, na manhã deste domingo, em um colégio de Caracas. Ele disse a repórteres na saída que a campanha presidencial na Venezuela foi livre e aberta, apesar das críticas internacionais de perseguição de opositores do líder bolivariano, e que respeitará o resultado da votação. “O único candidato perseguido fui eu, Nicolás Maduro Moros. Perseguido internacionalmente, pelos poderes do mundo. Teve paz. Nenhum incidente eleitoral. Não deram nem um tapa em um candidato. É assim em toda a América Latina? Não. Ontem, eu falei com delegados internacionais e me falavam de casos de outros países em que tem dezenas de candidatos assassinados. Graças a Deus na Venezuela temos um país coeso e em paz”, afirmou Maduro. As pesquisas de opinião antes do pleito mostraram distância de pelo menos 20 pontos percentuais entre Maduro e o líder nas intenções de voto, o opositor Edmundo González Urrutia, mas na enquete mais recente, divulgada ontem pela AtlasIntel, o presidente apareceu 7,7 pontos percentuais atrás: 51,9% contra 44,2%. “O que quer que seja que os juízes eleitorais digam, não apenas reconhecerei como defenderei o resultado”, prometeu Maduro. (CNN Brasil)
Ainda sem vice, Tabata Amaral confirma sua candidatura à prefeitura de SP
O Partido Socialista Brasileiro (PSB) oficializou neste sábado a candidatura da deputada federal Tabata Amaral, que tentará ganhar a corrida para a prefeitura de São Paulo. A escolha do candidato a vice-prefeito foi adiada. A expectativa é que o nome escolhido, a exemplo do que se viu mais cedo na convenção do PSDB, seja alguém do próprio partido. Comenta-se nos bastidores que uma aliança de última hora com o PSDB não está totalmente descartada. Entre os presentes, nomes como o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o ministro do Empreendedorismo, Márcio França, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, e o prefeito de Recife, João Campos, namorado de Tabata. (Estadão)
PSDB lança Datena como candidato em meio a brigas e protestos
Em uma convenção tumultuada, com brigas, trocas de ofensas e presença da Polícia Militar, o PSDB confirmou neste sábado o jornalista José Luiz Datena como candidato a prefeito de São Paulo. Ele terá como vice José Anibal, do mesmo partido. A PM foi acionada e cercou o plenário da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), palco do encontro. O tumulto ocorreu quando tucanos contrários à candidatura de Datena tentaram entrar invadir o plenário, mas foram impedidos. O grupo era liderado pelo ex-presidente do partido em São Paulo, Fernando Alfredo, que pretendia disputar as prévias com Datena. “Estão impedindo que eu saia candidato pelo partido”, disse a jornalistas. O protesto aconteceu fora da Alesp. Alfredo disse ter sido ferido na mão durante a confusão e que daria queixa na polícia. Ele enfatizou que tentará impugnar a convenção na justiça. Datena tentou conversar com os manifestantes, que jogaram água e objetos no candidato. Segundo Aníbal, a escolha da chapa foi por consenso. (g1)
Maduro cresce em nova pesquisa na véspera das eleições na Venezuela
Na véspera das eleições que definirão o futuro da Venezuela, pesquisa AtlasIntel indica que Edmundo González Urrutia (Plataforma Unitária Democrática) tem 51,9% das intenções de voto. Ele representa a coalizão formada por 11 partidos de centro-esquerda e centro-direita. O presidente Nicolás Maduro (Partido Socialista Unido da Venezuela), no poder desde 2013, aparece em segundo com 44,2% (veja na íntegra, em espanhol). Nos votos válidos, Urrutia tem 52,7% e Maduro, 44,9%. É um resultado surpreendente considerando enquetes anteriores, nas quais a diferença mínima entre os dois era de 20 pontos percentuais. Foram entrevistadas 2.576 pessoas de 19 a 21 de julho, escolhidas por recrutamento digital aleatório. A margem de erro é de dois pontos percentuais. Mais da metade (53,9%) dos entrevistados disse confiar que o resultado do pleito será transparente, enquanto 32,2% responderam não confiar na transparência do processo eleitoral. Andrei Roman, CEO da AtlasIntel, escreveu no X não esperar que “estas eleições sejam livres e justas”. (Poder 360)
Maduro fecha fronteiras da Venezuela antes das eleições presidenciais
A dois dias das eleições, as fronteiras terrestres, aéreas e marítimas da Venezuela estão fechadas com o pretexto de manter a segurança do pleito, que ocorrerá neste domingo, dia 28. O presidente do Panamá, Jose Raul Mulino, contou que um avião com ex-presidentes do continente não foi autorizado a entrar no espaço aéreo venezuelano. Entre os passageiros da aeronave estavam a ex-presidente panamenha Mireya Moscoso, a ex-vice-presidente colombiana Maria Lucía Ramírez e o ex-presidente mexicano Vicente Fox, além de chanceleres. A medida do governo de Nicolás Maduro é mais uma demonstração de que o resultado das eleições pode não ser respeitado caso o presidente, que se mantém no poder desde 2012, perca. Esta semana, ele disse que poderia haver um “banho de sangue” no país se for confirmada a sua derrota. O principal rival de Maduro é Edmundo González Urrutia, que representa a oposição majoritária. A última pesquisa eleitoral, feita pela ORC Consultores, indicou 59,68% das intenções de voto para Urrutia, e 14,64% para Maduro. (g1 e CNN Brasil)