Política

Nota de Gleisi sobre Maduro irrita Lula

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se irritou com a nota do PT (íntegra) divulgada no fim da noite de ontem celebrando as eleições na Venezuela e cobrou da direção do partido como ela foi construída. Na nota, a legenda reconhece a reeleição de Nicolás Maduro, aponta o processo como “uma jornada pacífica, democrática e soberana” e diz confiar que o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) “dará tratamento respeitoso para todos os recursos que receba” – mesmo que as atas eleitorais pedidas pelo governo brasileiro não tenham sido divulgadas. Como o site do PT passou por instabilidade durante a manhã, Lula pediu a íntegra do posicionamento do partido à presidente da legenda, Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Cláudio Castro é indiciado pela PF por suspeita de corrupção

Governadores do Rio de Janeiro não decepcionam. Seis deles foram afastados ou presos nos últimos anos – e o sétimo pode ser Cláudio Castro. A Polícia Federal concluiu uma investigação e o indiciou por corrupção passiva e peculato (desvio de recursos públicos). Seu irmão de consideração, Vinícius Sarciá, responde pelos mesmos crimes. A PF enviou para o Superior Tribunal de Justiça o relatório final do caso. Raul Araújo, ministro relator, encaminhou material para a Procuradoria-Geral da República analisar se há elementos suficientes para apresentar denúncia, ou se diligências complementares serão necessárias. Para os investigadores, as provas colhidas indicam que Castro recebeu propina e desviou dinheiro de programas do governo. Agora cabe ao Ministério Público avaliar se ele se tornará réu. (UOL)

Genial/Quaest aponta empate triplo em São Paulo

A pouco mais de dois meses da eleição, a disputa pela prefeitura de São Paulo está embolada, com os três primeiros colocados em empate técnico, indica pesquisa Genial/Quaest (íntegra) divulgada nesta terça-feira. No levantamento estimulado, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) lidera com 20% das intenções de voto, seguido de Guilherme Boulos (PSOL) e José Luís Datena (PSDB), ambos com 19%.

Protestos na Venezuela têm 12 mortos; na contramão de Lula, PT reconhece eleição

Nicolás Maduro previu um “banho de sangue” caso perdesse as eleições, mas sua suspeita vitória e a repressão de seu governo aos protestos contra ela é que estão provocando violência e morte. Segundo o jornal espanhol El Mundo, 12 pessoas morreram durante os atos contra a reeleição do presidente até o momento. Entre os mortos há um adolescente de 15 anos e dois jovens de 18. Rances Yzarra, de 30, foi assassinado com um tiro no peito durante protesto em Maracay. “Por mim pode morrer qualquer madurista que precise de mim. E prefiro mil vezes morrer do que pedir ajuda a um deles”, postou em sua conta no Facebook horas antes de ser ser baleado. (El Mundo e Clarin)

Venezuela determina expulsão imediata de diplomatas de sete países

Em uma escalada da tensão com os governos que questionaram o resultado do pleito de domingo, o governo da Venezuela ordenou a “retirada imediata” dos representantes diplomáticos de Argentina, Chile, Peru, Uruguai, Costa Rica, Panamá e República Dominicana, acusando-os de “interferência” no processo eleitoral. Paralelamente, iniciou a retirada das suas delegações diplomáticas nesses países.

Venezuelanos fazem panelaços e buzinaços contra vitória de Maduro

O dia seguinte às eleições venezuelanas foi marcado por panelaços e buzinaços em bairros de classe média, tradicionalmente opositores ao chavismo, assim como em áreas populares, como Petare, a maior favela da Venezuela, e bairros centrais, como Miraflores, onde está a sede do governo. O país vive um clima de apreensão e revolta com o resultado nas urnas, que, apesar dos questionamentos internacionais e da oposição, deu a reeleição a Nicolás Maduro, conta Amanda Cotrim. “Vamos lutar! Não vamos deixar de lutar!”, gritavam venezuelanos durante um panelaço de 45 minutos. Em grupos de WhatsApp, áudios ameaçam “colocar fogo em tudo”. “Querem guerra? Vamos ter guerra”, dizem as mensagens, aumentando a tensão. (UOL e El Nacional)

Biden defende reforma da Suprema Corte e emenda para limitar imunidade presidencial

Em uma decisão que pode dar munição aos críticos do Supremo Tribunal Federal do Brasil, o presidente americano, Joe Biden, defendeu nesta segunda-feira mudanças radicais na Suprema Corte, pedindo um limite de 18 anos de mandato e um código de ética para seus juízes. Ele também defendeu uma emenda constitucional proibindo a imunidade geral de presidentes, em uma repreensão à Suprema Corte, que neste mês decidiu que Donald Trump é imune a processos por atos oficiais. O democrata resistia a apelos para reformar a Suprema Corte, e o anúncio marca uma grande mudança na sua postura em relação a um dos Poderes dos Estados Unidos. Após a entrada de três juízes nomeados por Trump, o tribunal se virou à direita.

Em meio a acusações de fraude, Venezuela oficializa reeleição de Maduro

Apesar das acusações internacionais e da oposição de fraude eleitoral, Nicolás Maduro já foi proclamado oficialmente nesta segunda-feira presidente eleito da Venezuela para um terceiro mandato. “É irreversível”, disse o ditador. Com isso, Maduro ficará no poder por mais seis anos, de 2025 a 2031.  Seis horas depois do fechamento das urnas, com 80% dos votos contados, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) anunciou que Maduro ganhou com 51,2% dos votos, enquanto o opositor Edmundo González ficou com 44,2%. Nenhum detalhamento foi dado. (Folha)

Governo Lula não parabeniza Maduro e cobra transparência em resultado nas urnas

Dez horas após o anúncio da vitória de Nicolás Maduro na Venezuela, com suspeita de fraude eleitoral, o governo brasileiro divulgou nota oficial na qual não parabeniza Maduro e diz “acompanhar com atenção o processo de apuração”. O documento “reafirma o princípio fundamental da soberania popular, a ser observado por meio da verificação imparcial dos resultados”, e destaca que o governo Lula irá aguardar, como cobra a oposição venezuelana, “a publicação pelo Conselho Nacional Eleitoral de dados desagregados por mesa de votação, passo indispensável para a transparência, credibilidade e legitimidade do resultado do pleito”. (Meio)

Líderes internacionais cobram transparência na apuração das eleições na Venezuela

À exceção dos aliados explícitos de Nicolás Maduro, líderes internacionais manifestaram ceticismo com a anunciada vitória do presidente venezuelano nas eleições deste domingo e cobraram transparência na apuração. O Conselho Nacional Eleitoral, de maioria chavista, declarou Maduro reeleito com 51,2% dos votos, mas a oposição denuncia fraude e diz não ter tido acesso a todos os boletins de urna.