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O ataque com faca que matou três meninas em Southport, no noroeste da Inglaterra, no início da semana, levou a uma onda de violência e protestos no país. Pelo menos 100 pessoas foram presas neste sábado em manifestações convocadas pela direita radical,  que se tornaram violentas em várias cidades britânicas. Informações falsas nas redes sociais sugeriam que o suspeito do triplo assassinato, identificado como Axel Rudakubana, de 17 anos, era um imigrante radical islâmico. A polícia esclareceu que o ataque não está relacionado ao terrorismo e que Rudakubana nasceu no Reino Unido. Mesmo assim, tumultos foram registrados no sábado e no domingo em Hull, Liverpool, Bristol, Manchester, Stoke-on-Trent, Blackpool e Belfast, com relatos de insultos islamofóbicos e anti-imigração, pedras lançadas, saques a lojas e agressões a policiais. Yvette Cooper, secretária do Interior do Reino Unido, declarou que os envolvidos em "desordem criminosa e violência" serão responsabilizados. O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, prometeu total apoio do governo às forças policiais para combater "extremistas" que tentam "semear o ódio". (BBC)

Pelo menos 30 pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas em ataques israelenses a duas escolas administradas pelas Nações Unidas no oeste da Faixa de Gaza, neste domingo. As Forças Armadas de Israel (FDI) disseram ter atacado terroristas que estavam nas unidades escolares Hasan Salameh e al-Nasr. De acordo com a Defesa Civil Palestina, 80% das vítimas eram crianças. “Ao menos 30 mártires e 50 feridos, principalmente mulheres e crianças, foram levados para o Hospital Batista após um ataque israelense com foguetes que teve como alvo as escolas”, afirmou o porta-voz da Defesa Civil, Mahmud Basal, em comunicado. Hani Mahmoud, da Al Jazeera, reportou que a maioria dos edifícios usados como abrigos para os deslocados em Gaza são escolas, pois são os únicos espaços grandes disponíveis agora para abrigar um número significativo de pessoas. “Isto está acontecendo de uma maneira imprevisível, causando graves baixas e aumentando o trauma de uma população já deslocada, em alguns casos até cinco, seis ou sete vezes no norte da Faixa de Gaza”, afirmou Mahmoud.

Dois meses depois de adiar sua viagem ao Chile, por causa das enchentes que devastaram o Rio Grande do Sul, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca para Santiago, neste domingo, para uma visita de dois dias ao país. O resultado contestado da eleição na Venezuela, com a vitória proclamada de Nicolás Maduro, será o tema central da conversa. Lula e o chileno Gabriel Boric ficarão frente a frente em um momento de racha entre os presidentes de esquerda da América Latina. Chile, Brasil, Colômbia e México só vão se posicionar depois de detalhado o resultado das urnas, enquanto Bolívia, Nicarágua e Honduras já parabenizaram Maduro. Boric não descartou a possibilidade de fraude no pleito. A consequência foi a expulsão de diplomatas chilenos por Maduro. (Globo)

A líder da oposição María Corina Machado discursou na tarde deste sábado em um ato em Caracas contra a proclamação de Nicolás Maduro como presidente reeleito da Venezuela. Até hoje, ela estava escondida e temendo por sua vida, de acordo com o The Wall Street Journal. Aos manifestantes que foram ao bairro de Las Mercedes, Corina defendeu que seus aliados resistam às investidas do regime e prometeu “não sair das ruas”. "Já vencemos a etapa eleitoral, agora vem uma nova etapa. Mas nunca fomos tão fortes como hoje, o regime nunca foi tão fraco como hoje", disse Corina. Maduro afirmou na última quarta que Corina e Edmundo González Urrutia "têm que estar atrás das grades" e os convocou a "deixarem de ser covardes" e "se apresentarem ao MP para dar a cara a tapa". A líder afirmou que não "irá cair em provocações" e pediu para a população adotar um comportamento diferente ao do governo de Maduro, que teria "a violência como último recurso".

A Guarda Revolucionária do Irã disse neste sábado que o líder político do Hamas, Ismail Haniyeh, foi morto em Teerã por um projétil de curto alcance e jurou vingança “severa e no momento, local e maneira apropriados”. O Irã e o Hamas acusaram Israel de realizar o ataque na última quarta-feira, que matou Haniyeh horas depois dele ter assistido à tomada de posse do novo presidente do Irã. No entanto, uma fonte disse à CNN que o líder foi morto por um dispositivo explosivo que estava secretamente escondido na casa onde ele estava hospedado e foi detonado remotamente enquanto ele estava dentro do quarto. O governo iraniano e o Hamas afirmam que Israel executou o assassinato. As autoridades israelenses não assumiram a responsabilidade pelo ataque. (CNN)

A equipe de campanha da candidata à presidência dos Estados Unidos, Kamala Harris, acusou neste sábado o rival Donald Trump de "brincar" com a data do debate entre os dois, depois que o empresário anunciou que agendou o evento com o canal Fox News para o dia 4 de setembro. Trump "não manteve a palavra" e mudou unilateralmente a data e o local do debate presidencial, disse Michael Tyler, diretor de Comunicação de Harris. Um segundo encontro entre o republicano e o então candidato democrata Joe Biden estava programado para 10 de setembro no canal ABC, data que Kamala afirmou, em sua conta no X, que irá honrar. "Estarei lá no dia 10 de setembro, como ele concordou. Espero vê-lo lá.”, ela escreveu. O ex-presidente argumenta, contudo, que o acordo deixou de valer no momento em que Biden desistiu de concorrer a reeleição.

Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o prefeito paulista Ricardo Nunes foi oficializado como candidato do MDB à reeleição, em convenção realizada neste sábado. Do mesmo partido de Bolsonaro, o coronel Mello Araújo é o vice na chapa. O evento também teve as presenças de Michel Temer (MDB), da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos). Mais cedo, Bolsonaro esteve no lançamento da candidatura do deputado estadual Jorge Wilson (Republicanos), conhecido como o Xerife do Consumidor, à prefeitura de Guarulhos, segundo maior município de São Paulo. Já o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) esteve nesta manhã na convenção que homologou a candidatura de Evandro Leitão à prefeitura de Fortaleza pelo PT. Lula usou uma máscara descartável porque apresentou sintomas de resfriado. Segundo a assessoria de imprensa do Palácio do Planalto, ele não teve exames positivos nem para covid nem para influenza. Em seu discurso, Lula afirmou que voltou à Presidência porque "a elite não está preparada para governar o país". (CNN e UOL)

A oposição ao governo de Nicolás Maduro voltou a protestar nas ruas de Caracas, capital da Venezuela, neste sábado. Os manifestantes contestam o resultado da eleição, quando Maduro se autodeclarou presidente reeleito segundo o conselho eleitoral do país. Para a líder da oposição, María Corina Machado, que convocou o ato, o candidato Edmundo González Urrutia venceu com 67% dos votos. “Vamos prestar homenagem a todos os heróis que afirmaram e defenderam a vontade do povo venezuelano no dia 28 de julho”, disse ela em um vídeo divulgado na quinta-feira.

Menos de duas semanas após Joe Biden desistir de concorrer à reeleição, a vice-presidente americana, Kamala Harris, conseguiu o total de delegados necessário para sua nomeação oficial como candidata democrata à Casa Branca. Jaime Harrison, presidente do partido, disse que a nomeação será oficializada depois que a votação virtual terminar, na segunda-feira. Ele fez o anúncio durante uma reunião online para apoiadores, enquanto os delegados ainda votavam em um processo destinado a nomear formalmente a candidato democrata antes da convenção do partido no final deste mês.

Depois do secretário de Estado americano, Antony Blinken, a chanceler da Argentina, Diana Mondino, reconheceu publicamente a vitória de Edmundo González Urrutia nas eleições presidenciais da Venezuela. “Todos podemos confirmar, sem espaço para dúvida, que o legítimo ganhador e presidente eleito é Edmundo González”, postou no X. Horas depois, Omar Paganini, ministro das Relações Exteriores do Uruguai, também usou a rede social para fazer o mesmo reconhecimento. “Em função das evidências esmagadoras, fica claro para o Uruguai que Edmundo González Urrutia obteve a maioria dos votos nas eleições presidenciais da Venezuela. Esperamos que a vontade do povo venezuelano seja respeitada. ‘A verdade é o caminho da paz’”, escreveu no X. (g1)