Bolsonaro e Valdemar entram em choque por eleições municipais
A disputa pelas prefeituras nas eleições de outubro está provocando um conflito interno no PL e pode comprometer o projeto do partido de eleger ao menos mil prefeitos e fortalecer a base para a disputa presidencial em 2026. Para manter mobilizado seu eleitorado mais radical, o ex-presidente Jair Bolsonaro e seus seguidores vêm torpedeando potenciais candidatos de centro e alianças com esse campo costuradas pelo presidente do partido, Valdemar Costa Neto.
Dois mil presos e 26 mortos: repressão do governo Maduro aumenta na Venezuela
Desde que a vitória suspeita de Nicolás Maduro foi anunciada na Venezuela, 26 pessoas morreram durante os protestos populares no país e o número de presos, segundo o próprio presidente, ultrapassa dois mil. A polícia chavista está invadindo casas sem mandato judicial e promovido prisões indiscriminadamente. Há relatos de pessoas com deficiência e adolescentes sendo detidos e permanecendo isolados nas prisões, sem contato com familiares e advogados. As ações de repressão têm como foco bairros populares, sobretudo em Caracas. (Globo)
Acadêmicos lançam carta pelo reconhecimento da vitória da oposição venezuelana
Um grupo de 11 acadêmicos de instituições como Harvard, Columbia e USP, publicou uma carta aberta sobre as eleições venezuelanas em que defende que a comunidade internacional reconheça a vitória de Edmundo González Urrutia sobre Nicolás Maduro. Com base em relatórios independentes que indicam que o opositor venceu, os estudiosos, entre eles Steven Levitsky, Larry Diamond, Francis Fukuyama, Maria Hermínia Tavares e Matias Spektor, pedem que o povo da Venezuela seja apoiado e que se faça tudo para ajudar a promover uma transição pacífica e democrática.
Hamas nomeia Yahya Sinwar como novo líder
Após dois dias de negociações em Doha, o Hamas nomeou Yahya Sinwar como novo líder, substituindo Ismail Haniyeh, assassinado em Teerã na semana passada. Desde 2017, Sinwar atua na chefia do grupo na Faixa de Gaza. Agora, assumirá a ala política. Segundo fontes, a escolha foi unânime. Haniyeh era visto pelos diplomatas regionais como uma figura pragmática e fundamental para o alcance político do grupo. Já Sinwar é visto como uma das figuras mais extremistas do Hamas. Ele é acusado de ser um dos mentores dos ataques de 7 de outubro e não é visto em público desde então. O anúncio ocorre em um momento de aumento das tensões no Oriente Médio, enquanto o Irã e seus aliados ameaçam retaliar o assassinato de Haniyeh, atribuído a Israel, que não assumiu o ataque. (BBC)
Câmara adia retorno e ficará um mês sem votar projetos no plenário
Diferentemente do Senado, que retorna ao trabalho nesta terça-feira, a Câmara dos Deputados não realizará sessões plenárias nesta semana. Com isso, completará no domingo um mês sem votar uma pauta. Com foco nas eleições municipais, os 513 integrantes da Casa receberam duas semanas adicionais ao período de recesso parlamentar, que ocorreu entre 17 de julho e 1º de agosto. Líderes fizeram repetidos pedidos ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), por mais tempos de recesso para acertar questões partidárias nos municípios. Pelo menos 96 congressistas planejam disputar as eleições de outubro. Por isso, a tendência é que o Salão Verde da Câmara fiquei ainda mais esvaziado até lá. A expectativa é que os deputados se concentrem entre terça-feira e quinta-feira que vem para votar o segundo projeto de lei complementar da reforma tributária. (Estadão)
Brasil tenta conversa de Maduro e González com Lula e presidentes de México e Colômbia
O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, tem atuado para que haja uma conversa entre Lula e os presidentes de México e Colômbia com o da Venezuela, Nicolás Maduro, e o oposicionista Edmundo González Urrutia, conta Malu Gaspar. O objetivo é iniciar uma negociação para solucionar a crise eleitoral venezuelana. Segundo diplomatas, as conversas ocorreriam separadamente nesta semana. Ainda falta uma resposta positiva dos dois. Se o encontro ocorrer, Lula e os presidentes Gustavo Petro (Colômbia) e Andrés Manuel López Obrador (México) dirão a Maduro que não abrem mão da divulgação das atas eleitorais para verificação “imparcial” dos resultados. Caso contrário, não reconhecerão sua reeleição. Também dirão que se houver uma escalada do conflito e da violência, eles serão obrigados a se retirar do esforço de negociação. (Globo)
‘Mulher-Maravilha’ saúda indicação de Walz
A notícia de que o governador de Minnesota, Tim Walz, será o candidato a vice de Kamala Harris foi saudada pelos democratas e até por alguns republicanos, mas a primeira manifestação de apoio nas redes veio da própria Mulher-Maravilha. “Vinte e quatro anos na Guarda Nacional do Exército, um professor escolar. Um campeão que entende a América. Mal posso esperar para chamar Tim Walz de ‘nosso vice-presidente’”, tuitou a atriz Lynda Carter, que interpretou a heroína na célebre série de TV. No mundo da política, o Projeto Lincoln, financiado por republicanos contrários a Donald Trump, também aplaudiu, publicando uma foto do governador cercado por estudantes após assinar uma lei garantindo refeições gratuitas a todas as crianças, independentemente da renda. (Guardian)
Kamala escolhe o governador Tim Walz como companheiro de chapa, dizem fontes
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, escolheu seu companheiro na chapa do Partido Democrata à Casa Branca. O nome, que será anunciado oficialmente hoje, é o do governador de Minnesota, Tim Walz, de 60 anos, que vem se destacando pela combatividade na campanha democrata. Segundo fontes ligadas à candidata, ela se disse cada vez mais confortável na parceria com o governador ao longo das últimas semanas, conforma conversava com possíveis candidatos. Walz, teria dito Kamala, é um “guerreiro despreocupado” e uma companhia contagiante.
Parlamento é dissolvido em Bangladesh após mais de 400 mortos em protestos
Mais de 100 pessoas morreram segunda-feira em Bangladesh na onda de protestos estudantis que causou a renúncia da primeira-ministra, Sheikh Hasina, de 76 anos e há 15 no poder. Foi o dia mais sangrento dos conflitos, que agora somam mais de 400 mortos nas últimas semanas. O presidente Mohammed Shahabuddin dissolveu o parlamento ontem depois de um ultimato dos manifestantes, que se reuniram com o chefe do exército, general Waker-Uz-Zaman. O gabinete do presidente também anunciou que a ex-primeira-ministra e líder da oposição, Begum Khaleda Zia, foi libertada da prisão e recebeu perdão presidencial. (Guardian)