Reino Unido deve defender imigração para voltar à normalidade, diz ‘Economist’
Desde os assassinatos de três meninas durante uma aula de dança em Southport, em 29 de julho, que têm como suspeito um adolescente negro que é filho de ruandeses, protestos anti-imigração eclodiram em cidades britânicas, com diversos ataques a mesquitas, delegacias policiais e até a uma livraria. Os atos criminosos, incitados nas redes sociais, não se encaixam na imagem de um Reino Unido buscada pelo novo governo trabalhista. Mas a Grã-Bretanha é cada vez mais liberal e grandes contraprotestos começaram a aparecer em apoio às comunidades imigrantes. Apenas 17% das pessoas dizem que é muito importante para ser verdadeiramente britânico ter nascido no Reino Unido, abaixo dos 48% em 1995. A eleição recente foi uma derrota esmagadora para um governo que fez campanha para reprimir duramente a imigração ilegal. O caminho para voltar à normalidade, segundo a Economist, é punir os criminosos, defender a política migratória e melhorar os serviços públicos decadentes. (The Economist)
Em reunião ministerial, Lula pede a Vieira uma ‘solução pacífica’ para Venezuela
Encontrar “uma solução pacífica” para a crise das eleições na Venezuela. Esse foi o pedido do presidente Lula ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, anunciado antes do início da primeira reunião ministerial do semestre, nesta quinta-feira. “O companheiro Mauro vai fazer uma fala para explicar como está a organização do G20, e queremos que todos os ministros estejam envolvidos e falem um pouco das celeumas que estamos enfrentando aí para encontrar uma solução pacífica para as eleições da Venezuela. É muito importante”, disse Lula.
Governo Maduro prende quatro jornalistas na Venezuela e os acusa de terrorismo
Entre as mais de duas mil pessoas presas na Venezuela, nos protestos contra a suspeita reeleição de Nicolás Maduro, há quatro jornalistas que estavam trabalhando na cobertura das manifestações. O governo Maduro os acusa de crimes de terrorismo assim como faz com os outros detidos, informou o Sindicato dos Trabalhadores da Imprensa (SNTP) do país. O sindicato denuncia que as autoridades venezuelanas impedem o acesso a advogados de defesa privados. “Denunciamos a utilização ilegal e arbitrária das leis antiterrorismo na Venezuela, especialmente contra jornalistas e fotojornalistas detidos durante os protestos pós-eleitorais no país”, afirmou o SNTP em comunicado nas redes sociais. Os presos são os fotojornalistas Yousner Alvarado, da cidade de Barinas, e Deisy Peña, de Miranda, o cinegrafista Paúl León, detido em Trujillo, e o repórter José Gregorio Carnero, de Guárico. (Globo)
Após atritos entre Lula e Ortega, Nicarágua decide expulsar embaixador brasileiro
A Nicarágua decidiu expulsar o embaixador do Brasil Breno de Souza da Costa por não participar das comemorações dos 45 anos da Revolução Sandinista, irritando as autoridades locais. Apesar de passado de afinidade entre Lula e Daniel Ortega, o ditador não atende as ligações do brasileiro desde junho do ano passado, quando o Papa Francisco pediu que intercedesse pela libertação do bispo Rolando José Álvarez. O religioso ficou detido por mais de 500 dias e, em janeiro passado, acabou expulso do país centro-americano. Uma fonte do Itamaraty disse que o aviso para Breno deixar o país foi dado há cerca de duas semanas. O ministério das Relações Exteriores tenta esclarecer a decisão e ainda aguarda uma manifestação definitiva de Manágua. A chancelaria brasileira já avisou que haverá consequências caso a expulsão seja confirmada. O embaixador segue na capital nicaraguense. (Divergentes e Folha)
María Corina diz que pode entregar atas ao governo brasileiro
A líder opositora da Venezuela María Corina Machado afirmou, em entrevista a Janaína Figueiredo, que não pretende recuar da exigência de reconhecimento da vitória de Edmundo González Urrutia e ofereceu ao Brasil acesso às atas eleitorais que diz ter em seu poder. “Temos as atas físicas, que obviamente estão protegidas. São documentos oficiais, originais, impressos pelas máquinas do Conselho Nacional Eleitoral, e com assinaturas das testemunhas, membros de mesa e trabalhadores do CNE. Temos 83,5% das atas, e temos essas atas porque funcionários do CNE acompanharam nossa luta. Podemos entregar as atas eleitorais ao governo do Brasil, e a qualquer outro governo do mundo que quiser constatar a validez do que temos. Que obriguem o regime a entregar suas atas. Essas atas seriam a prova da fraude, as nossas são a prova da vitória de Edmundo”, afirmou.
‘Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito’, diz Amorim sobre Venezuela
O ex-chanceler Celso Amorim, assessor especial da presidência para assuntos internacionais, afirmou ao Estúdio i que teme “um conflito muito grave” na Venezuela. “Não quero usar a expressão guerra civil, mas temo muito. E eu acho que a gente tem que trabalhar para que haja um entendimento. Isso exige conciliação. E conciliação exige flexibilidade de todos os lados”, disse. Como medidas de flexibilização, ele citou as sanções impostas por Estados Unidos e União Europeia ao governo de Nicolás Maduro, disse que o “nível de divisão” do país vai exigir mediação e criticou a prisão de uma chefe regional da oposição na noite de terça-feira.
TCU decide que Lula pode ficar com relógio, abrindo brecha para rediscutir joias sauditas
O Tribunal de Contas da União (TCU) decidiu nesta quarta-feira que o presidente Lula pode ficar com um relógio de ouro recebido como presente em 2005, durante seu primeiro mandato. Assim, abriu espaço para rediscutir o caso das joias recebidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Prevaleceu o entendimento do ministro Jorge Oliveira, indicado por Bolsonaro, de que não há norma que defina o conceito de “bem de natureza personalíssima” e alto valor de mercado. “Sob tais fundamentos, não é possível impor obrigação de incorporação ao patrimônio público em relação ao bem objeto desta representação, como também não o é em face daqueles que são escrutinados em outros processos que tramitam nesta corte”, afirmou. Ele foi seguido por quatro de oito ministros que votaram.
PGR se posiciona contra as ‘Emendas Pix’ e aciona STF
O procurador-geral da República, Paulo Gonet, apresentou nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação contra as chamadas “Emendas Pix”, modalidade em que recursos indicados por parlamentares são transferidos diretamente às prefeituras e governos estaduais sem definição clara de uso. O dinheiro sequer passa por ministérios e ainda isenta o Tribunal de Contas da União (TCU) da fiscalização. Essa modalidade de emendas foi criada em 2019 por uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da deputada Gleisi Hoffmann (PT-PR) e relatada pelo deputado Aécio Neves (PSDB-MG).
Plataforma colombiana checa atas e afirma que Urrutia venceu eleições na Venezuela
Plataforma colombiana especializada em checar credibilidade eleitoral, a Missão de Observação Eleitoral (MOE) revisou as atas de votação das eleições presidenciais da Venezuela, apresentadas pela oposição, e ratificou o resultado divulgado pelo partido de Edmundo González Urrutia (leia aqui o relatório na íntegra). A MOE checou a veracidade de 100 desses documentos e, para a contagem, considerou 21.952 registros (alguns, em baixa resolução, tiveram que ser descartados). Após a análise, a plataforma confirmou a vitória de González, em todos os estados venezuelanos, por 67,2% contra 30,4% de Nicolás Maduro. O QR Code presente em cada uma das atas foi usado para a confirmação da veracidade dos documentos. Segundo o conselho eleitoral do país, presidido por um aliado de Maduro, o presidente teve 51,95% dos votos ante 43,18% de González Urrutia. (Poder360)
Rússia acusa Ucrânia de fazer incursão em larga escala em seu território
O governo de Moscou acusou nesta quarta-feira a Ucrânia de fazer uma incursão em larga escala em território russo na região de Kursk. Caso confirmada, a ação terá sido a primeira operação de tropas ucranianas a cruzar a fronteira da Rússia desde que esta invadiu o país vizinho, em fevereiro de 2022. Imagens de satélite mostram destruição e sinais de bombardeio na cidade de russa de Sudzha, a 10 quilômetros da fronteira ucraniana, e em seus arredores. Segundo o presidente russo, Vladimir Putin, as forças da Ucrânia disparam “com diversos tipos de armamentos” contra alvos civis, mas não deu maiores detalhes. Não se sabe, por exemplo, se soldados ucranianos ainda estão em território russo. O governo de Kiev não comentou as acusações. (CNN)