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O site americano Politico revelou neste sábado que recebeu de um usuário identificado apenas como “Robert” uma série de documentos internos da campanha de Donald Trump. As mensagens começaram a ser enviadas em 22 de julho. A campanha republicana culpou “fontes estrangeiras hostis aos Estados Unidos” e citou um relatório da Microsoft de sexta-feira informando que hackers iranianos “enviaram um e-mail de spear phishing em junho a um alto funcionário de uma campanha presidencial”. A Microsoft não identificou a campanha alvo do e-mail e não quis comentar neste sábado. O Politico não conseguiu verificar de forma independente a identidade do hacker ou sua motivação, e um porta-voz da campanha de Trump, Steven Cheung, recusou-se a dizer se tinha mais informações que fundamentassem a indicação de que o hacker era do Irã.

Depois de o Tribunal de Contas da União decidir que Lula não precisa devolver um relógio Cartier que ganhou em seu primeiro mandato, Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado que vai leiloar o “conjunto de joias” para fazer uma doação à Santa Casa de Juiz de Fora (MG), onde foi socorrido após ser esfaqueado em 2018. Em evento no Recife, Bolsonaro disse que pretende vender os objetos que lhe pertencem, apesar da determinação do TCU de devolução dos itens valiosos. “Vou pegar o conjunto de joias, conjunto que é meu. Vou leiloar essas joias e vou doar para a Santa Casa de Juiz de Fora”, afirmou. Ele foi indiciado pela Polícia Federal, qe investigou o fato de ele ter ficado com peças caras presenteadas por governos estrangeiros e vendido algumas nos Estados Unidos. O ex-presidente nega o desvio “bens públicos”. (Globo)

O governo brasileiro avisou à Venezuela que não reconhecerá a reeleição de Nicolás Maduro sem a publicação das atas de todas as urnas, conta Daniela Lima. O recado ocorre após o Tribunal Supremo de Justiça, que está periciando o pleito com a análise das atas, anunciar neste sábado que sua decisão será inapelável. O regime chavista interferiu sistematicamente no tribunal, que perdeu sua autonomia e independência. A diplomacia brasileira alega que, da mesma forma que não pode avalizar as atas publicadas pela oposição, por não serem oficiais, não avalizará qualquer ato até que os todos os documentos sejam submetidos ao crivo do público, das organizações internacionais e de institutos da Venezuela e de outros países. Segundo uma fonte, o Planalto considera “positiva” a análise das atas: “Se estão avaliando, é porque as atas existem”. (g1)

A ministra Cármen Lúcia, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), negou que sua gestão tenha flexibilizado o rigor com que seu antecessor, Alexandre de Moraes, atuava junto às plataformas digitais para combater a desinformação e diz que a relação com as big techs melhorou. “Acho que foi importantíssima a atuação de Alexandre de Moraes, ele foi rigoroso como tinha de ser. Não houve nenhuma inflexão de lá até aqui. As regras eleitorais votadas na gestão Alexandre de Moraes são as mesmas”, disse ela neste sábado. Segundo a ministra, a análise da desinformação no Brasil está estruturada em quatro pilares: volume de dados, velocidade, viralização e verossimilhança. E destacou que conteúdos falsos reincidentes não precisam de nova ordem para exclusão, uma vez identificados pelo TSE. “Quando você mente, desinforma e contamina a liberdade do outro, você precisa ter uma resposta judicial nas mesmas condições”, disse.

O ministro das Relações Exteriores da Colômbia, Luis Gilberto Murillo, afirmou neste sábado que uma conversa entre o líder venezuelano Nicolás Maduro e os presidentes brasileiro, Lula, colombiano, Gustavo Petro, e mexicano, Andrés Manuel López Obrador, pode acontecer na semana que vem. Na sexta-feira, Maduro disse que aguardava a chamada, mas que, “devido a problemas de agenda”, ela não pôde ser realizada. “Tivemos dificuldades em ajustar a agenda dos três presidentes e também dos ministros das Relações Exteriores”, disse Murillo em entrevista à Rádio W da Colômbia, acrescentando que os três países também estão em constante diálogo com as diferentes oposições da Venezuela.

A Justiça argentina realizou na noite de sexta-feira uma operação no apartamento do ex-presidente Alberto Fernández como parte da investigação sobre violência de gênero iniciada após denúncia de sua ex-mulher Fabiola Yañez. O celular do ex-mandatário foi apreendido para verificar se ele continuou a assediar a ex-companheira mesmo após ser avisado de que não podia contatá-la. Será preciso determinar se novos elementos de prova sairão do celular apreendido para contribuir com a formação dos autos do caso. Mais cedo, a Justiça decretou o sigilo do processo no caso das supostas agressões sofridas pela ex-primeira-dama. (La Nación)

A vice-presidente americana, Kamala Harris, aparece à frente do ex-presidente Donald Trump em três estados cruciais, de acordo com nova pesquisa do New York Times e do Siena College. Harris tem 50% das intenções de voto contra 46% para Trump em Wisconsin, Pensilvânia e Michigan. Essa é a mais recente indicação da importância para a campanha democrata da saída do presidente Joe Biden da corrida presidencial. A pesquisa foi realizada entre os últimos dias 5 e 9. (New York Times)

Ao menos 93 palestinos foram mortos neste sábado em um ataque israelense a uma mesquita e uma escola que abrigava pessoas deslocadas no complexo Al-Tabi’in, no bairro Al-Daraj, em Gaza, segundo autoridades locais. Israel confirmou a ação militar e alegou que o Hamas operava no local.

Apesar da objeção de diversos órgãos internacionais, como a Corte Interamericana de Direitos Humanos, o Peru aprovou, nesta sexta-feira, uma lei que prescreve crimes contra a Humanidade cometidos antes de 2002 na luta contra as guerrilhas. A nova legislação beneficia ex-presidente Alberto Fujimori – que cumpriu apenas 16 dos 25 anos a que foi condenado devido a um indulto humanitário – e 600 militares processados por violações dos direitos humanos. Aos 86 anos, Fujimori já anunciou que pretende concorrer às eleições presidenciais de 2026. (Globo e El País)

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes deu ordem para a soltura de Filipe Martins, um dos antigos assessores mais próximos de Jair Bolsonaro. Um dos alvos da Operação Tempus Veritatis, que apura suposta tentativa de golpe de Estado planejada no governo do ex-presidente, Martins estava preso desde fevereiro. A decisão de Moraes atende a um parecer do procurador-geral da República, Paulo Gonet. (Estadão)