Mensagens indicam que Moraes usou TSE para investigar bolsonaristas no Supremo
Uma série de mensagens acessadas pela Folha mostram que, entre agosto de 2022 e maio de 2023, o gabinete de Alexandre de Moraes no Supremo Tribunal Federal ordenou – de forma extraoficial – a produção de relatórios pela Justiça Eleitoral, corte que à época era presidida pelo ministro, para embasar decisões contra bolsonaristas no inquérito das fake news. O material indica que, em ao menos 20 casos, o gabinete de Moraes usou o órgão de combate à desinformação do Tribunal Superior Eleitoral como um braço investigativo do Supremo.
Amorim sugere nova eleição na Venezuela, mas governo insiste em atas
O assessor especial da presidência para assuntos internacionais, Celso Amorim, sugeriu ao presidente Lula a realização de novas eleições na Venezuela, em uma espécie de segundo turno, como forma de superar a crise no país vizinho. Fontes no Itamaraty dizem, no entanto, que o governo segue defendendo a apresentação das atas de cada uma das sessões eleitorais. Durante a reunião ministerial da semana passada em Brasília, Lula chegou a mencionar a ideia de uma nova votação, referindo-se a uma proposta que havia sido aventada por Amorim. Segundo fontes, o ex-chanceler teria apresentado a proposta a Lula após consultas com interlocutores estrangeiros. Ao Valor Econômico, Amorim indicou que a proposta era embrionária e que sequer havia conversado com os parceiros latino-americanos, mas admitiu que esse caminho envolveria uma contrapartida, com a retirada de sanções estrangeiras. (Valor)
Kamala Harris critica entrevista de Trump com Elon Musk
Na noite desta segunda-feira (12), o ex-presidente e candidato dos Republicanos Donald Trump participou de uma entrevista com Elon Musk no X. A dupla trocou elogios entre si e críticas aos democratas. Trump denegriu imigrantes e tentou retratar Kamala Harris como uma “radical” de esquerda, além de pronunciar seu nome incorretamente. A campanha de Harris condenou a entrevista, chamando-a de exemplo do “extremismo e agenda perigosa” de Trump. A entrevista ocorreu enquanto Harris lidera as pesquisas após o lançamento de sua campanha, com uma vantagem de 0,3% sobre Trump e uma liderança de quatro pontos nos estados decisivos de Michigan, Pensilvânia e Wisconsin. (Guardian)
Nunes venceria Boulos no segundo turno em SP por 13 pontos percentuais
Se houvesse um segundo turno na eleição paulistana entre Ricardo Nunes (MDB) e o psolista Guilherme Boulos, o prefeito venceria o deputado federal por 49% a 36%, segundo pesquisa do Datafolha realizada nos dias 6 e 7 de agosto com 1.092 eleitores de São Paulo, com margem de erro de três pontos percentuais. Nunes lidera na maioria dos segmentos, entre eles evangélicos, homens e pessoas com menor renda. Boulos aparece numericamente à frente entre quem tem maior renda e empata entre eleitores negros e mulheres. (Folha)
Pacheco quer remodelar emendas parlamentares para driblar Dino e governo
Rodrigo Pacheco, presidente do Senado, pretende enviar um projeto de lei para remodelar as emendas parlamentares como forma de dar uma resposta política ao ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, que estabeleceu uma série de restrições às emendas atendendo a ações impetradas pela sociedade civil. A percepção no Congresso é que a redução dos tipos de emendas pode tornar mais difícil para o governo federal exercer pressão sobre deputados e senadores por pautas de seu interesse. A ideia seria reduzir as modalidades existentes de emendas e especificar melhor qual parlamentar pede o recurso, além do destino das verbas. Hoje as emendas são divididas em individuais, de bancada e de comissão. Entre as individuais estão as chamadas “pix”, proibidas pelo ministro em decisão monocrática, nas quais as prefeituras decidem onde colocar o dinheiro. Também existiam as emendas de relator, conhecidas como “orçamento secreto”, consideradas inconstitucionais pelo STF. Após o fim das emendas de relator, as emendas de comissão tiveram um aumento explosivo. Na Câmara dos Deputados, as discussões sobre o tema começam nesta terça-feira na reunião de líderes. (UOL)
Ataque de drones israelenses mata dois agentes do Hezbollah no Líbano
Enquanto se preocupa com um possível ataque iraniano a seu país, Israel segue atacando o sul do Líbano. Dois agentes do Hezbollah foram mortos em um bombardeio de drones israelenses a um veículo perto de Brashit, no sul do Líbano, informou o canal de notícias saudita Al Hadath. Um ataque adicional na região também foi relatado em Chihine. (Times of Israel)
Hamas lança dois foguetes contra Israel e um deles cai no mar de Tel Aviv
Segundo as forças de segurança israelenses, dois foguetes foram disparados de Gaza contra Israel. Um deles caiu no costa, no mar Mediterrâneo, e o outro não teria cruzado o território do país, e portanto não chegou a disparar alarmes. É a primeira vez nos últimos três meses, desde 26 de maio, que um foguete cruza a área de Tel Aviv. O Hamas assumiu a responsabilidade pelo lançamento dos foguetes e disse que foi “em resposta aos massacres contra o povo palestino”. (Haaretz)
Bolsonaro usa decisão do TCU e pede ao STF arquivamento de investigação sobre joias
A defesa Jair Bolsonaro (PL) pediu nesta segunda-feira o arquivamento da investigação sobre o suposto esquema de desvio de joias do acervo presidencial. Os advogados do ex-presidente usam como base o julgamento do Tribunal de Contas da União (TCU) que autorizou o presidente Lula a ficar com um relógio de luxo recebido em 2005 como presente. A manifestação é endereçada ao procurador-geral da República, Paulo Gonet, e foi protocolada no Supremo Tribunal Federal (STF). A defesa de Bolsonaro alega que há uma “similitude fática” entre os dois casos, o que levaria ao reconhecimento da “licitude administrativa dos atos praticados” pelo ex-presidente. A Polícia Federal indiciou Bolsonaro por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro no caso das joias sauditas. (Globo)
Opinião: neutralizado, Trump já se prepara para rejeitar uma nova derrota
Philip Bump: “Sem IA. E nada de ‘trapaça' de Kamala Harris. Por que Trump e seus aliados espalhariam uma afirmação falsa sobre participação popular num comício coberto pela C-Span? Em parte, porque muitos elementos da base de Trump abraçaram a rejeição da realidade básica durante anos. Em parte, é um viés de confirmação, com os partidários sendo mais propensos a aceitar informações falsas como verdadeiras quando apoiam suas crenças pré-existentes. Mas, em parte, é porque Trump e seus aliados já estão levantando questões avidamente sobre a confiabilidade do apoio a Kamala Harris – e, por extensão, a confiabilidade dos resultados de novembro”. (Washington Post)