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Ele já se comparou a Winston Churchill mais de uma vez. Mas segundo artigo publicado no Haaretz, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, jamais será lembrado como um grande político. Pelo contrário: será lembrado como “o pior primeiro-ministro que Israel já teve”. Assinado pelo historiador israelense Benny Morris, o texto lembra que, em uma entrevista no mês passado, o chefe do Conselho de Segurança Nacional, Tzachi Hanegbi, disse que Netanyahu será classificado no futuro como “alguém que teve sucesso em fortalecer Israel”. Segundo Morris, considerando o que aconteceu com o país em 7 de outubro e suas consequências, o comentário de Hanegbi soa como “bajulação grotesta, infundada e sem lógica”. (Haaretz)

O coach Pablo Marçal, candidato do PRTB à prefeitura de São Paulo, vem tentando a todo custo negar a fratura na direita radical na capital. Em evento com empresários na noite de quinta-feira, ele minimizou a entrevista do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Metrópoles na qual disse que “falta caráter” ao candidato. “Se falta caráter, ele pode me ensinar, falar o que precisa. Eu respeito ele e estou à disposição para aprender. Não tenho nenhum problema com o Bolsonaro”, disse. Marçal, porém, não poupou críticas ao vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL), segundo filho do ex-presidente, a quem chamou de “retardado mental”.

A PEC 28 de 2024, que permite ao Congresso anular decisões do Supremo Tribunal Federal que os parlamentares considerem ultrapassar a competência da Corte, não deve avançar na Câmara dos Deputados. Após o acordo entre os três Poderes sobre a manutenção das emendas impositivas, que reduziu a tensão entre Legislativ e Judiciário, a sinalização na Casa é de recuar parcialmente na retaliação ao STF. Já a PEC 8 de 2021, que veio do Senado e limita as decisões monocráticas dos ministros do Supremo, deve avançar e ser pautada neste ano. Apesar da intenção do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e de seus aliados de engavetar a PEC 28 de 2024, o texto deve ser pautado na Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania (CCJ). A presidente da CCJ, Carol de Toni (PL-SC), quer dar celeridade às duas propostas e, na quarta-feira, escolheu o líder da oposição na Câmara, Filipe Barros (PL-PR), para ser o relator da PEC das decisões monocráticas. Ela já definiu o nome para relatar a outra PEC, mas ainda não divulgou. (Poder360)

Nova pesquisa do Datafolha, divulgada nesta quinta-feira, mostra que, na disputa pela Prefeitura de São Paulo, o influenciador Pablo Marçal (PRTB) cresceu sete pontos em duas semanas, chegando a 21% e empatando com o deputado Guilherme Boulos (PSOL), que passou de 22% para 23%, enquanto o prefeito Ricardo Nunes (MDB), caiu de 23% para 19%. A margem de erro da pesquisa é de três pontos percentuais para cima ou para baixo. Por isso, os três estão tecnicamente empatados. Já o apresentador José Luiz Datena (PSDB) recuou de 14% para 10%. A deputada Tabata Amaral (PSB) oscilou de 7% para 8%, e a empresária Marina Helena (Novo) se manteve em 4%. Disseram votar em branco e nulo 8%, eram 11% antes, e não souberam responder 4%, frente a 3% no levantamento anterior. (Folha)

Em depoimento à Polícia Federal, o perito criminal Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação, do Tribunal Superior Eleitoral, negou ter negociado o vazamento das mensagens publicadas pela Folha de S. Paulo sobre o uso do seu setor de forma não oficial pelo gabinete do ministro Alexandre de Moares. Ele disse que nunca foi procurado e que não procurou ninguém para negociar o material em troca de dinheiro. Tagliaferro afirmou ter entregado seu celular desbloqueado durante as investigações de um processo que responde por violência doméstica em Caieiras (SP). O aparelho teria sido devolvido seis dias depois, sem lacre. A investigação apura quem vazou o conteúdo, assim como a possibilidade de atentado à democracia. A abertura do inquérito para investigar o caso das mensagens foi determinada pelo próprio Moraes. (CNN Brasil)

Controlado pelo chavismo, o Tribunal Supremo de Justiça da Venezuela validou nesta quinta-feira os resultados das eleições de 28 de julho que deram a reeleição a Nicolás Maduro, ratificando após uma auditoria o que já havia sido anunciado pelo Conselho Nacional Eleitoral. “Esta câmara declara, com base na perícia realizada, e com base no relatório elaborado por peritos nacionais e internacionais, de forma inquestionável, a validade do material eleitoral examinado e valida os resultados das eleições presidenciais”, afirmou o presidente da Corte, Caryslia Rodríguez. O tribunal, no entanto, não apresentou as atas de votação, conforme solicitado pela oposição, que contesta o resultado, e pela comunidade internacional. A juíza também acusou o candidato presidencial Edmundo González Urrutia de desacato por não responder à intimação como testemunha. Ele reagiu à decisão judicial afirmando que o governo “não usurpará a verdade” porque “a soberania reside de forma intransferível no povo”. Já o Conselho de Direitos Humanos da ONU alertou sobre a falta de imparcialidade e independência tanto do Supremo e do CNE, ambos controlados pelo chavismo. (El País)

Favorito para suceder a Rodrigo Pacheco (PSD-MG) na presidência do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP) jogou areia no acordo firmado entre a cúpula do Legislativo e o Supremo Tribunal Federal (STF) para liberar emendas parlamentares. O senador, que hoje comanda a poderosa Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), é contra o trecho que restringe a aplicação das chamadas emendas de bancada apenas em obras estruturantes. Embora essas emendas sejam apresentadas coletivamente pelas bancadas dos estados, seus recursos acabam fatiados para atender a interesses locais de cada parlamentar. “Se ficar com essa tese fechada de que só podem obras estruturantes, nós vamos prejudicar municípios importantes no Brasil, que precisam de uma emenda de bancada”, diz ele. (Globo)

A ONU estima que pelo menos 19 mil crianças palestinas se tornaram órfãs nos bombardeios de Israel em Gaza. O New York Times visitou em Khan Younis um abrigo criado por voluntários para mais de mil órfãos, e há uma longa lista de espera. Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, dos mais de 40 mil palestinos mortos, cerca de 17 mil eram crianças e adolescentes, entre eles dois mil com menos de dois anos de idade. No último domingo, um bombardeio em Deir al-Balah matou a professora Hala Khattab, de 36 anos, e seus seis filhos: Hussein, de 15, os quadrigêmeos de 9 anos Kinan, Hamman, Lujain e Sibal, e sua bebê, Wakeen. Estavam todos em casa. O exército israelense confirmou o ataque e disse que sua força aérea havia realizado uma ação de precisão contra “um terrorista da Jihad Islâmica”. (New York Times)

Sob sigilo, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes abriu, na última segunda-feira, uma investigação para apurar a troca de mensagens entre assessores de seu gabinete e ex-auxiliares do Tribunal Superior Eleitoral. A Polícia Federal intimou Eduardo Tagliaferro, ex-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, a depor nesta quinta-feira em São Paulo. A mulher dele também foi intimada. A defesa de Tagliaferro acesso total às informações sobre o procedimento. Não há informações sobre o motivo da abertura de inquérito e quais crimes são investigados. (Folha)