Total de eleitores menores de 18 anos cresceu 78% desde 2020
Os jovens parecem estar retomando o interesse pela participação política. Pelo menos é o que indica o total de eleitores de 16 e 17 anos aptos a votar nas eleições deste ano. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) estão inscritos 1.836.061 eleitores nesta faixa etária, o que representa um crescimento de 78% em relação aos 1.030.563 que participaram da última eleição municipal, em 2020. Esses adolescentes, para quem o voto é facultativo, representam 1,17% do eleitorado brasileiro. (Estadão)
Israel anuncia ter resgatado refém na Faixa de Gaza
As Forças Armadas de Israel anunciaram nesta terça-feira terem resgatado Qaid Farhan Alkadi, de 52 anos, tomado como refém pelo grupo terrorista Hamas nos ataques de 7 de outubro do ano passado. De acordo com os militares, ele foi libertado em “uma operação complexa no sul da Faixa de Gaza”, sem mais detalhes. Alkadi pertence à minoria árabe-israelense e trabalhava como vigia nas instalações do Kibbutz Magen quando a comunidade agrícola foi atacada pelo Hamas. Estima-se que o grupo extremista ainda mantenha 110 reféns, dos quais pelo menos 30 já estariam mortos. (AP)
Entorno de Marçal tem nomes suspeitos de ligação com o PCC
O coach Pablo Marçal (PRTB) começou a campanha à prefeitura de São Paulo acusando adversários de usarem entorpecentes, mas levantamento aponta que seu partido e o entorno de sua campanha têm nomes suspeitos de ligação com o PCC, uma das maiores facções do tráfico de drogas no país. O presidente da legenda, Leonardo Avalanche, por exemplo, foi gravado afirmando ser o responsável pela libertação de André do Rap, um dos líderes da facção, solto por ordem do Superior Tribunal de Justiça e hoje foragido. Marçal admite ter relação com o influenciador Renato Cariani, réu por desvio de produtos químicos para fabricação de drogas. (Folha)
Macron rejeita primeira-ministra da Nova Frente Popular
Em nome da “estabilidade institucional”, o presidente francês, Emmanuel Macron, rejeitou nesta segunda-feira nomear a candidata da Nova Frente Popular (NFP) de esquerda, Lucie Castets, como primeira-ministra. Ele convocou uma nova rodada de consultas com partidos e “personalidades” para superar o impasse político iniciado após as eleições de 7 de julho, que resultou em um Parlamento dividido em três grandes blocos, sem maioria. “Um governo baseado apenas no programa e nos partidos propostos pela aliança com maior número de deputados, a Nova Frente Popular [de esquerda], seria imediatamente censurado” na Assembleia Nacional (câmara baixa), disse Macron em comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu. Sem citar o partido de esquerda radical França Insubmissa (LFI), fundado por Jean-Luc Mélenchon, Macron exortou socialistas, ecologistas e comunistas que formam a NFP a “cooperarem com outras forças políticas”. Mas a NFP afirmou que só retornará ao Eliseu se for para falar sobre um governo chefiado por Castets, do Partido Socialista. O secretário nacional do Partido Comunista, Fabien Roussel, reiterou a posição da NFP e pediu “uma grande mobilização popular”. Já a líder ecologista, Marine Tondelier, criticou o argumento da “instabilidade”, lembrando que Macron dissolveu a Assembleia Nacional sem qualquer consulta à população ou à classe política. “Continuaremos a lutar para respeitar a vontade dos franceses”, acrescentou ela.
Dino fecha o cerco a contratações de ONGs com verba de emenda
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, publicou decisão em que fecha o cerco a contratações de empresas por ONGs com recursos de emendas parlamentares. Na última sexta-feira, ele determinou que as ONGs passem a adotar licitações eletrônicas integradas ao sistema do governo federal Transferegov.br ou usar a própria plataforma da União, que envia automaticamente notificações a um cadastro de fornecedores. A decisão segue a publicação de reportagens pelo UOL mostrando indícios de desvios de recursos por ONGs por meio de contratações de empresas. Também ocorre no contexto da ação que analisa o descumprimento de determinação do STF que considerou ilegal o chamado “orçamento secreto”. Em 1º de agosto, Dino já havia determinado que a Controladoria-Geral da União (CGU) audite em até três meses todos os repasses de emendas parlamentares para as entidades, de 2020 até hoje. (UOL)
Cármen Lúcia retoma ação que pode derrubar candidatura de Marçal
Depois de 20 dias parada no gabinete da presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Cármen Lúcia, uma ação que pode gerar um “efeito dominó” no PRTB e derrubar a candidatura de Pablo Marçal à prefeitura de São Paulo foi retomada, conta a coluna de Malu Gaspar. A ação é movida pela administradora de empresas Aldineia Fidelix, viúva de Levy Fidelix, que disputou duas vezes a presidência da República e morreu em 2021. Ela alega que o atual presidente nacional do PRTB, Leonardo Avalanche, desrespeitou um acordo de fevereiro passado para pacificar o partido, como lhe conceder a vice-presidência nacional da agremiação, seis cargos na comissão executiva nacional e outros 20 cargos do diretório nacional, além de lhe garantir o comando político dos diretórios de São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Roraima e Rio Grande do Norte. Embora não seja mencionado na ação da viúva, Marçal será diretamente afetado caso Aldineia ganhe o processo, porque sua candidatura foi chancelada por uma comissão provisória do PRTB em São Paulo, alinhada a Avalanche.
Forças de Maduro prendem 120 adolescentes na Venezuela
Entre os mais de 1.600 venezuelanos que foram presos pelas forças de segurança de Nicolás Maduro há 120 adolescentes, alguns com apenas 13 anos de idade. O Washington Post entrevistou familiares de pessoas sob custódia e representantes de organizações internacionais. Muitos foram tirados de suas casas à noite e sofreram violência na frente de suas famílias. “Estão detendo pessoas com uma velocidade que não vimos no país mesmo durante a repressão brutal em 2014 e 2017”, disse Juanita Goebertus, diretora das Américas da Human Rights Watch. “Isso não é apenas uma repressão aos manifestantes. É uma caça às bruxas completa contra qualquer um que ouse criticar o governo.” (Washington Post)
Equipe de Trump põe em dúvida participação dele em debate com Kamala
A equipe de campanha de Donald Trump vêm dando sinais de que ele pode não participar do debate com a vice-presidente Kamala Harris marcado para o próximo dia 10 na rede de TV ABC. Os assessores do ex-presidente querem que o microfone do candidato que não estiver com a palavra seja desligado, como aconteceu no debate com Joe Biden. Já a equipe de Kamala quer os microfones ligados o tempo todo, apostando que Trump não conseguiria se conter ao longo de 90 minutos de confronto com uma candidata mais energética. Outro sinal veio do próprio republicano, que usou sua plataforma Social Truth para acusar a ABC de “ter lado” e indagar “por que deveria debater com Kamala Harris naquela rede”. (CNN)
Integrante do CNE diz não haver provas da vitória de Maduro
Embora o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e a Corte Suprema da Venezuela tenham declarado a reeleição de Nicolás Maduro, não há provas reais de que ele tenha vencido o pleito de 28 de julho. A declaração é de Juan Carlos Delpino, um dos dois representantes da oposição no CNE, para quem o órgão “falhou com o país” ao anunciar, ainda na madrugada após a votação, que Maduro havia vencido. Embora integre o conselho, Delpino disse não ter acesso às atas eleitorais – equivalentes aos boletins de urna brasileiros – que permitissem aferir a votação. Ele vivia nos EUA e retornou à Venezuela para integrar o Conselho como parte da promessa do governo de realizar eleições livres, mas logo entrou em conflito com Elvis Amoroso, presidente do CNE e aliado próximo de Maduro. Delpino deixou o país e está agora na vizinha Colômbia, temendo a onda de repressão desencadeada pelo governo após as eleições. (New York Times)
Resposta do Irã a ação israelense será “definitiva, calculada e precisa”, diz ministro
Após matar o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, em um bombardeio na capital iraniana em 31 de julho, Israel passou a lidar com a ameaça de uma resposta do Irã. E segundo o ministro iraniano das Relações Exteriores, Abbas Araqchi, ela será “definitiva, calculada e precisa”. O bombardeio israelense em Teerã teria sido, segundo ele, “uma violação imperdoável da segurança e soberania do Irã”. Disse Araqchi: “O Irã não busca aumentar as tensões. No entanto, não tem medo disso”. Israel prometeu matar todos os líderes do Hamas após os ataques de 7 de outubro e seus serviços de inteligência têm um histórico de assassinatos no Irã, principalmente de cientistas que trabalham no programa nuclear do país. (Guardian)