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Por 15 votos a 1, o Conselho de Ética da Câmara recomendou ao plenário da Casa a cassação do mandato do deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), réu pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes. A decisão seguiu o entendimento da relatora do caso, Jack Rocha (PT-ES), que defendeu a perda do mandato de Brazão por condutas incompatíveis com o decoro parlamentar. A defesa do deputado pode recorrer à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), questionando apenas os procedimentos do rito do processo — se foram contra a Constituição, o regimento interno ou o Código de Ética da Câmara. Para que Brazão perca o mandato, a recomendação do Conselho de Ética precisa ser aprovada por ao menos 257 dos 513 deputados no plenário da Câmara. (g1)

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quarta-feira mostra que 51% dos entrevistados aprovam o desempenho do presidente Lula, enquanto 46% desaprovam. A aprovação se mantém igual desde maio. Já a reprovação registrou queda de um ponto em relação à pesquisa de junho, dentro da margem de erro, que é de um ponto percentual para cima ou para baixo. Já o governo é considerado ruim ou péssimo por 44%, exatamente o mesmo percentual dos que avaliam a atual gestão como ótima ou boa. E 12% consideram o governo regular. As duas avaliações aumentaram um ponto de junho para julho. O levantamento foi feito entre 24 e 27 de agosto com 5.813 pessoas. Confira a íntegra.

Pesquisa Quaest realizada entre os últimos dias 25 e 27 mostra Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB) e Ricardo Nunes (MDB) tecnicamente empatados na disputa pela prefeitura de São Paulo. O deputado federal aparece com 22% das intenções de voto, enquanto o coach e o atual prefeito têm 19% cada um. Assim, eles compartilham a liderança dentro da margem de erro, que é de três pontos percentuais para mais ou menos. Assim como apontado por levantamento do Datafolha divulgado semana passada, Marçal registrou um crescimento real nas intenções de voto. Na pesquisa Qaest anterior, do fim de julho, ele aparecia com 12%, já Nunes tinha 20% e Boulos, 19% — ambos oscilando dentro da margem de erro. Enquanto Marçal avançou, José Luiz Datena (PSDB), que tinha 19% em julho, recuou com força, passando a 12%. A deputada federal Tabata Amaral (PSB) cresceu de 5% para 8% e Marina Helena (Novo) se manteve com 3%. (Globo)

O ministro Paulo Pimenta quer deixar logo o ministério extraordinário de apoio aos Rio Grande do Sul e voltar para a Secretaria de Comunicação (Secom) da presidência. Já tem até data marcada: 12 de setembro, quase duas semanas antes de expirar a Medida Provisória que criou a pasta durante as enchentes que devastaram o estado. Segundo aliados, Pimenta, que é gaúcho, ficou no fogo cruzado entre aliados e opositores do governo no estado, além de ser criticado pela atuação do ministério, considerada tímida. A pessoas próximas, ele disse que pretendia retornar à Secom mesmo que o governo decidisse prorrogar a vigência da pasta, mas essa extensão foi descartada pelo Executivo, uma vez que exigiria nova negociação com o Congresso às vésperas da eleição municipal. (Folha)

Quase dois meses depois de a Suprema Corte dos Estados Unidos garantir a Donald Trump imunidade quase total por decisões tomadas durante o mandato, o promotor especial Jack Smith apresentou um novo indiciamento contra o ex-presidente por tentar subverter o processo eleitoral de 2020. A nova acusação restringe as condutas descritas na tentativa de escapar das restrições impostas pela Suprema Corte, descartando atos oficiais e enfatizando condutas pessoais de Trump, mas mantém as quatro acusações contra o agora candidato republicano, incluindo conspiração para fraudar as eleições. Em sua rede, a Truth Social, o ex-presidente afirmou que a nova acusação não passa de perseguição política. A primeira audiência do processo acontecerá no próximo dia 5. (Politico)

Assassino confesso da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes, o ex-policial Ronnie Lessa afirmou nesta terça-feira em audiência virtual no Supremo Tribunal Federal (STF) que aceitou executar o crime por ganância, classificando-o como uma asneira. Ele voltou a dizer que foi contratado pelos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão e que a recompensa seria a exploração de terrenos na zona oeste do Rio de Janeiro, o que poderia lhe render R$ 25 milhões. O ex-PM disse que pesquisas sobre políticos do PSOL começaram em 2012 e que os pedidos eram feitos pelo PM Edmilson de Oliveira, o Macalé. “Parecia que eles queriam dar uma pancada no PSOL”, disse. Ele também reafirmou que os irmãos Brazão lhe garantiram o envolvimento do delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, no planejamento do crime. A pedido de Lessa, o depoimento ocorreu sem a presença dos demais réus na sessão virtual. “Nós tínhamos um pacto de silêncio e ele foi quebrado”, argumentou. “Não estamos lidando com pessoas comuns. São pessoas de alta periculosidade, assim como eu fui. Não me coloco como sendo mais perigoso que eles. No andar do depoimento vamos perceber que essas pessoas são mais perigosas do que se possa imaginar.” (Folha)

Após sindicância aberta no ano passado, o Exército identificou os quatro autores e os 37 signatários da chamada “Carta ao Comandante do Exército de Oficiais Superiores da Ativa do Exército Brasileiro”, recebida pelo tenente-coronel Mauro Cid, então ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro (PL), em 28 de novembro de 2022. Os autores serão alvo de inquérito policial militar por haver “indícios de crime”. Dois são coronéis da ativa  (Alexandre Castilho Bitencourt da Silva e Anderson Lima de Moura), e dois são da reserva (Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo Cardoso). Vinte e seis militares que assinaram o documento já receberam punições disciplinares, mas podem ser alvo de novas investigações. A apuração apontou a participação de 12 coronéis, nove tenentes-coronéis, um major, três tenentes e um sargento. A carta foi encontrada no celular de Cid pela Polícia Federal, após o depoimento do ex-comandante da Força general Marco Antônio Freire Gomes, que revelou a existência do documento. A carta teria sido articulada por militares dias após o segundo turno presidencial, quando as conspirações a favor de um golpe aumentavam. (Estadão)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta terça-feira que a incursão de suas tropas na região russa de Kursk faz parte de um “plano de vitória” que ele apresentará ao presidente americano, Joe Biden, no próximo mês. “Pode parecer ambicioso demais para alguns, mas é um plano importante para nós”, acrescentou, dizendo que também mostrará aos candidatos presidenciais Kamala Harris e Donald Trump. Zelensky revelou ainda que a Ucrânia realizou recentemente o primeiro teste bem-sucedido de um míssil balístico produzido internamente, mas se recusou a compartilhar detalhes. Já o principal comandante militar ucraniano em Kiev, general Oleksandr Syrskyi, disse que suas tropas controlam 1.294 quilômetros quadrados de território russo. Ele esclareceu que não há intenção de manter o controle dessas áreas, mas sim desviar a atenção da Rússia para enfraquecer a ofensiva russa contra o Leste da Ucrânia. (BBC)

Des filhes deste solo és mãe gentil, pátria amada, Brasil. E assim se formou a polêmica do dia nas eleições municipais de São Paulo: com uma intérprete cantando o hino nacional em linguagem neutra. Foi no palco de um comício do candidato Guilherme Boulos (PSOL), no qual também estava o presidente Lula e a candidata à vice da chapa, Marta Suplicy (PT). O evento de campanha ocorreu no último sábado, mas o vídeo do momento só ganhou as redes hoje. Como era de se esperar, a oposição não perdeu a oportunidade de atacar Boulos e Lula, considerando a releitura do hino um desrespeito a um símbolo nacional. (Poder360)