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O prazo dado no último dia 20 pelo Supremo Tribunal Federal para que Executivo e Legislativo apresentassem uma para aumentar a transparência na liberação de recursos de emendas parlamentares terminaria nesta sexta-feira. Por isso, o governo pediu mais tempo à Corte em uma reunião entre o ministro da Casa Civil, Rui Costa, o advogado-geral da União, Jorge Messias e o presidente do STF, Luís Roberto Barroso. O STF concedeu uma extensão de mais dez dias. Na quarta-feira, Costa, reuniu-se com lideranças do governo no Congresso para tentar um acordo e votar as novas normas em projeto de lei. O texto, porém, não foi finalizado até a sessão conjunta desta quinta-feira e o governo deve enviar um projeto de lei complementar com as modificações. (Globo)

Em sua primeira entrevista após aceitar a disputa à Casa Branca, a vice-presidente Kamala Harris afirmou que, se for eleita, nomeará um republicano para seu gabinete, retomando sua promessa de governar para “todos os americanos”. “Tenho 68 dias até a eleição, então não vou colocar a carroça na frente dos burros”, disse ela. “Passei minha carreira convidando a diversidade de opiniões. Acho que é importante ter pessoas à mesa quando estão sendo tomadas algumas das decisões mais importantes, com pontos de vista e experiências diferentes. E acho que seria benéfico para o público americano ter um membro do meu gabinete que fosse republicano”, disse Harris à apresentadora Dana Bash, da CNN, acrescentando não ter um nome específico em mente. Ao lado de Tim Walz, que concorre como vice-presidente na chapa democrata, Harris explicou sobre algumas mudanças de posição a respeito de imigração e exploração de petróleo. Mas garantiu que seus valores não mudaram. Reconheceu, porém, que seu tempo como o seu tempo como vice de Joe Biden proporcionou uma nova perspectiva sobre algumas das questões mais importantes do país. A entrevista será veiculada na íntegra nesta quinta-feira no horário nobre. (CNN)

O Ministério Público da Venezuela emitiu a terceira convocação para o candidato opositor Edmundo González, acusando-o de crimes como conspiração e usurpação de funções. Se ele não comparecer ao depoimento, uma ordem prisão será emitida. González está escondido desde o final de julho devido a ameaças de prisão e sua última aparição pública foi em uma manifestação na ONU em Caracas. O governo de Maduro também está atacando a oposição por publicar documentos de votação e classificou-os como falsos, embora esses documentos sejam públicos. A repressão se intensificou após as eleições, com várias detenções de líderes opositores e ativistas. (El País)

A partir deste fim de semana, Israel fará uma pausa escalonada nas operações militares em Gaza para permitir que trabalhadores da saúde vacinem cerca de 640.000 crianças menores de 10 anos contra a poliomielite. A medida ocorre após a OMS confirmar a presença da doença em um bebê, sendo o primeiro caso de poliomelite em 25 anos no território palestino. A vacinação começará no domingo na região central de Gaza e continuará por três dias, com uma suspensão temporária das operações militares das 6h às 15h. Em seguida, haverá uma pausa semelhante no sul e no norte de Gaza para completar a vacinação. O acordo não representa um primeiro passo para um cessar-fogo, segundo Israel. (New York Times)

Às vésperas da data limite que Arthur Lira (PP-AL) estabeleceu para indicar quem ele apoiará como seu sucessor na presidência da Câmara dos Deputados, uma ala da Casa lançou uma ofensiva contra a candidatura do líder da União Brasil, Elmar Nascimento (BA). Lira, que não pode se reeleger, ficou de fazer o anúncio até esta sexta-feira. A eleição só ocorrerá em fevereiro. A reação contra Elmar ocorre após Lira sinalizar a aliados que pode chancelar o apoio a ele. Há resistências de representantes do governo petista e parlamentares, que o consideram ríspido. Ainda nesta semana, houve uma tentativa der unificar as candidaturas de Antonio Brito (PSD-BA), Isnaldo Bulhões Jr. (MDB-AL) e Marcos Pereira (Republicanos-SP), já que os três partidos integram o mesmo bloco na Câmara ao lado do Podemos, com 147 deputados. Essa seria uma estratégia para fazer frente a uma eventual decisão de Lira a favor de Elmar. Só que nenhum dos três quis abrir mão da disputa, segundo fontes. Além do temor de que o líder do União Brasil seja derrotado, interlocutores do centrão avaliam que há chances de o governo atuar nos bastidores caso o alagoano insista com a candidatura. (Folha)

Em um sinal de realinhamento da direita radical em São Paulo, o vereador carioca Carlos Bolsonaro (PL) selou uma trégua com o coach Pablo Marçal (PRTB), que arrancou nas pesquisas e aparece empatado com o prefeito Ricardo Nunes (MDB), candidato oficial do bolsonarismo. Os dois conversaram por telefone na quarta-feira, em um contato intermediado pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), e deixaram de lado a troca de ataques de semanas atrás. Marçal, em entrevista ao podcast Flow, disse ter saído da conversa “com o coração mais leve”, enquanto o Zero Dois publicou nas redes que o candidato do PRTB foi “muito educado e bacana”. (Poder360)

Pouco se fala sobre a guerra no Sudão, terceiro maior país da África, mas ela representa a pior crise humanitária do mundo e terá um impacto global que não está sendo enxergado pelos países ocidentais e tampouco pela ONU, diz reportagem de capa da Economist. O número de mortos pode ter chegado a 150 mil, e 20% da população do país (10 entre 50 milhões de pessoas) precisou fugir de suas casas. Se nada mudar, serão dois milhões de mortos pela fome até o fim do ano. O cenário já configura a fome mais severa dos últimos 40 anos no planeta. A capital está arrasada, 245 cidades foram queimadas e a maioria dos deslocados (80%) segue no país, mas a omissão do Ocidente e das Nações Unidas acabará levando um fluxo de refugiados para a Europa. A guerra civil começou em abril de 2023, quando o exército e paramilitares da Forças de Apoio Rápido (RSF) se desentenderam. Os Médicos Sem Fronteiras estimam que 80% das unidades de saúde nas regiões afetadas não funcionam mais. (The Economist)

A pesquisas eleitorais das últimas semanas sobre a disputa pela prefeitura de São Paulo apontam um crescimento acelerado de Pablo Marçal (PRTB), embolado no primeiro pelotão com Guilherme Boulos (PSOL) e Ricardo Nunes (MDB). Entretanto, seus adversários começam a trabalhar com um cenário sem o nome do coach na urna eletrônica, acreditando serem grandes as chances de sua candidatura ser cassada pela Justiça Eleitoral antes do primeiro turno, no dia 6 de outubro. Corre no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) uma ação questionando o cumprimento de prazos de registro pelo PRTB. Já em São Paulo, o candidato é acusado de abuso de poder econômico ao impulsionar mediante pagamento suas redes sociais. (Metrópoles)

Em novo embate com o X, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 24 horas ao dono da rede social, Elon Musk, para nomear um novo representante legal no Brasil. Se a determinação não for cumprida, a operações da rede social no Brasil podem ser suspensas. De forma inédita, a intimação foi postada pelo STF na conta do tribunal na plataforma, marcando o perfil de Musk, pois não há representante legal no país. A advogada registrada no processo também foi intimada. O objetivo de Moraes é garantir que a plataforma respeite as leis brasileiras e a legislação exige que haja representação no país. Também visa fazer o X pagar multas por descumprimento de decisões como o bloqueio de perfis que atacavam as instituições democráticas. No último dia 17, o X anunciou em um post o encerramento das operações no Brasil devido às decisões judiciais de Moraes, que teria ameaçado multar e prender a responsável pelo escritório da rede social no Brasil, Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição. A publicação incluiu uma cópia digital da suposta decisão de Moraes. O documento tramita em sigilo e ainda não foi oficialmente tornado público. (g1)