Lula suspende compra de blindados israelenses e irrita Exército
O presidente Lula suspendeu a compra de 36 blindados israelenses, no valor de R$ 1 bilhão, após recomendação de seu assessor especial Celso Amorim. O ex-chanceler alega que não faz sentido manter negociações com um país que destrata seu principal líder, lembrando que Lula foi declarado persona non grata pelo governo Netanyahu ao comparar as milhares de mortes de palestinos ao Holocausto. A decisão causou descontentamento no Exército. O ministro da Defesa, José Múcio, negocia com a empresa israelense que a produção dos blindados seja feita no Brasil, garantindo empregos e a criação de uma fábrica em território nacional, para convencer Lula a manter a compra. (UOL)
STF mantém suspensão do X no Brasil em decisão unânime da Primeira Turma
Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux, ministros da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiram manter a decisão de Alexandre de Moraes de bloquear o X no Brasil. A suspensão continua até que a plataforma cumpra decisões da Justiça, pague R$ 18 milhões em multas aplicadas por desobedecer ordens judiciais e indique um representante legal no país. Fux fez uma ressalva a respeito ao avaliar que a suspensão do X é válida desde que “não atinja pessoas naturais e jurídicas indiscriminadas e que não tenham participado do processo (...), salvo se as mesmas utilizarem a plataforma para fraudar a presente decisão, com manifestações vedadas pela ordem constitucional, tais como expressões reveladoras de racismo, fascismo, nazismo, obstrutoras de investigações criminais ou de incitação aos crimes em geral”. (g1)
Ultradireita vence eleição na Alemanha pela primeira vez desde a Segunda Guerra
Em um desastre para os partidos que compõem o governo de coalizão da Alemanha, a legenda AfD (Alternativa para a Alemanha), de ultradireita, venceu com folga a eleição estadual na Saxônia e ficou em segundo lugar na Turíngia, dois dos 16 estados federados do país, que também têm governos parlamentaristas. Pela primeira vez em sua história, a ultradireita se tornou o partido mais forte em uma eleição para um parlamento estadual. É também a primeira conquista dos extremistas no país desde a Segunda Guerra Mundial. Dos 6 milhões de votos nos dois estados, a AfD conquistou 33% na Turíngia e 30% da Saxônia, apenas 1% a menos do que os governistas de centro-direita da União Democrata Cristã (CDU). O líder estadual da AfD na Turíngia, Björn Höcke, usou repetidamente retórica nazista na campanha. Apesar dos resultados, os extremistas devem continuar na oposição nos dois estados, pois todos os partidos rejeitaram uma aliança com eles. (DW)
Barraco no auditório, tensão nos bastidores: a tentativa de debate em São Paulo
No debate de ontem com candidatos à prefeitura de São Paulo organizado pela TV Gazeta e pelo canal MyNews, houve preocupação com o formato e as regras para evitar justamente o que ocorreu ontem: propostas de lado, ataques em alta, constantes pedidos de direito de resposta e quase violência física, quando o candidato José Luiz Datena (PSDB) saiu do púlpito e ficou frente a frente com Pablo Marçal (PRTB). A imprensa e as assessorias dos políticos não puderam entrar no auditório, ficando em uma sala separada, mas tendo acesso ao retorno das câmeras, mesmo nos intervalos.
Candidatos à prefeitura de São Paulo trocam agressões no debate da TV Gazeta
"Tchutchuca do PCC", "Boules" e "Bananinha", o debate dos candidatos à prefeitura de São Paulo realizado na noite deste domingo pela TV Gazeta, em parceria com o canal MyNews, foi recheado de ofensas e apelidos agressivos trocados entre os candidatos mais bem colocados na pesquisa. Guilherme Boulos (PSOL), Pablo Marçal (PRTB), Ricardo Nunes (MDB), José Luiz Datena (PSDB) e Tabata Amaral (PSB) participaram sob a mediação da jornalista Denise Campos de Toledo. As acusações de elo com o PCC do candidato Marçal e do prefeito Ricardo Nunes estiveram no centro das falas dos concorrentes.
Mau tempo é a causa de acidente que matou presidente iraniano Ebrahim Raisi
O acidente de helicóptero que resultou na morte do presidente iraniano Ebrahim Raisi, em 19 de maio, foi provocado exclusivamente por condições meteorológicas adversas. A confirmação foi divulgada neste domingo pelo comitê especial de investigação do Irã. Raisi estava voltando da cerimônia de inauguração de uma barragem na fronteira com o Azerbaijão quando o helicóptero caiu na região montanhosa do Noroeste do Irã, devido a fortes chuvas e intenso nevoeiro. Hossein Amirabdollahian, chanceler iraniano, também morreu no incidente. Segundo a conclusão da investigação, o acidente foi causado pelas "condições climáticas e atmosféricas complexas da região", conforme informado pela mídia estatal IRIB. Raisi foi eleito em 2021 e seu mandato ia até 2025. Aos 63 anos, ele era a segunda maior autoridade do Irã e estava cotado para suceder o aiatolá Ali Khamanei, líder supremo, que tem 85 anos. (Globo)
Alexandre de Moraes convoca Primeira Turma do STF para analisar decisão sobre X
Alexandre de Moraes convocou a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) para analisar, a partir da madrugada desta segunda-feira, a decisão que suspendeu a rede social X, ex-Twitter, no Brasil. O ministro assinou neste domingo um despacho em que informa que o julgamento vai acontecer de forma virtual "com duração de 24 horas, com início às 00h00 do dia 02/09/2024 e término às 23h59 do mesmo dia". Fazem parte da Primeira Turma os ministros Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino. Integrantes da corte haviam sugerido que a determinação de Moraes sobre a rede de Elon Musk fosse submetida ao julgamento do plenário, refletindo uma preocupação com a legitimidade e o impacto institucional de tal decisão.
Barroso diz que o fim do inquérito das fake news está próximo
Após bloqueio do X pelo ministro Alexandre de Moraes, o presidente do STF, Ministro Luís Roberto Barroso, disse à Folha de S. Paulo que uma empresa sem representante não pode operar no Brasil. Segundo Barroso, o inquérito das fake news não está distante do fim. "Nós não estamos distantes do encerramento porque o procurador-geral da República já está recebendo o material. Caberá a ele pedir o arquivamento ou fazer a denúncia", disse Barroso. (Folha de S. Paulo)