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A ascensão de Pablo Marçal (PRTB) nas pesquisas da eleição municipal de São Paulo levou o prefeito Ricardo Nunes (MDB) a rever sua estratégia de campanha. Investindo em um discurso mais ideológico, ele tem priorizado entrevistas a veículos identificados com a extrema direita, radicalizado em questões de costumes, como gênero, aborto e drogas, e criticado o regime da Venezuela, apesar da pouca relação do tema com o pleito municipal. “Eu sou bem mais para o campo conservador, eu vou na missa todos os domingos, durante toda a minha vida. Se você tem uma vida de igreja, você tem aqueles princípios cristãos”, afirma.

Após dois anos de uma série de demissões nas equipes de confiança, segurança e proteção, o X está em processo de reforço dessas áreas. Recentemente, a empresa anunciou a abertura de novas vagas, divididas igualmente entre suas equipes de segurança e segurança cibernética.

A reação à suspensão do X no Brasil e a avaliação do Supremo Tribunal Federal (STF) refletem a polarização no país, mostra pesquisa da AtlasIntel (íntegra) divulgada na noite de ontem. A retirada da plataforma é reprovada por 50,9% dos entrevistados e aprovada por 48,1%; 56,5% acreditam que ela teve motivação política, enquanto 41,7% acham que foi uma decisão técnica. A suspensão enfraquece a democracia para 54,4% e a fortalece para 44,9%. Por outro lado, 49,7% acreditam que o ministro Alexandre de Moraes está certo na polêmica, contra 43,9% que dão razão a Elon Musk. O bilionário sul-africano tinha obrigação de acatar as decisões do Supremo para 48,9% e deveria ignorá-las para 37,6%. Há uma maioria clara na rejeição à multa de R$ 50 mil a quem acessar o X via VPN: 64,5% são contra e 34,7 são a favor. A margem de erro é de dois pontos.

Ordens aos gritos, prazos de trabalho inviáveis, crises de ansiedade e orientação para gravar reuniões em busca de divergências na equipe. Esses são relatos de ex-funcionários do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, que tem sido alvo de denúncias de assédio moral e pedidos de demissão desde o início da gestão de Silvio Almeida, em janeiro de 2023. Em um ano, foram abertos dez procedimentos internos para apurar supostos casos de assédio moral na pasta — sete foram arquivados por “ausência de materialidade”, e três estavam abertos até julho passado. Nos quatro anos da gestão passada, comandada pela atual senadora Damares Alves (Republicanos-DF), foram abertos 12 procedimentos do tipo. Além disso, 52 pessoas saíram do ministério no primeiro ano, sendo que ao menos 31 pediram demissão. O ministro e duas assessoras diretas, a chefe de gabinete Marina Basso Lacerda e a secretária-executiva Rita Cristina de Oliveira, foram os principais alvos de reclamação. Em nota, o ministério afirma que as informações são baseadas “em falsas suposições” e que “desenvolve diversas ações para prevenção e enfrentamento de assédios e discriminações”. (UOL)

Os Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira um amplo esforço para enfrentar campanhas de influência midiática russa nas eleições de novembro, tentando conter o uso de canais estatais e sites de notícias falsas pelo Kremlin para influenciar os eleitores americanos. Entre as ações previstas estão sanções e apreensão de domínios da web que as autoridades americanas dizem que Moscou usa para espalhar propaganda e desinformação sobre a Ucrânia, invadida há mais de dois anos pelos russos. “O povo americano tem o direito de saber quando uma potência estrangeira se envolve em atividades políticas ou procura influenciar o discurso público”, afirmou o procurador-geral Merrick Garland. Dois funcionários russos da emissora estatal RT foram acusados nesta quarta-feira de conspiração para violar a Lei de Registro de Agentes Estrangeiros. Eles teriam pagado US$ 10 milhões a uma empresa anônima do Tennessee para divulgar quase 2 mil vídeos em inglês no YouTube, TikTok, Instagram e X “consistentes com o interesse da Rússia em amplificar as divisões internas nos EUA, a fim de enfraquecer a oposição do país aos principais interesses russos, particularmente a guerra em curso na Ucrânia”. As agências de espionagem americanas avaliam que a Rússia prefere Donald Trump a Kamala Harris, considerando-o mais cético em relação ao apoio dos Estados Unidos à Ucrânia. (New York Times)

A articulação pela indicação de um nome de consenso para suceder Arthur Lira (PP-AL) na presidência da Câmara pode ter chegado ao fim. O vice-presidente da Casa e presidente do Republicanos, Marcos Pereira (Republicanos-ES), disse nesta quarta-feira que Lula deu aval para Hugo Motta (Republicanos-PB) disputar a eleição à presidência da Câmara. “Estive com Lula e comuniquei que o plano de apresentar o Hugo poderia gerar um consenso. Lula disse que não iria interferir no processo e não apresentou resistência. Ele [Lula] me disse que precisava conhecer o Hugo melhor e que o considerava muito jovem [34 anos]. Mas concordou com a minha escolha e disse que eu precisava apresentar este plano ao Lira também, mas que por ele não havia objeções. Sei que nem o Lira nem o Lula querem uma disputa”, afirmou Pereira, acrescentando que Lira disse que “ia trabalhar para viabilizar” essa solução. “Mas o líder do processo de escolha é o Lira.” (Globo)

“Pablo Marçal” e “PCC”. Pesquisas no Google pelos dois termos ganhavam tração na sexta-feira, 30 de agosto, após a campanha do prefeito e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), sugerir em emissoras de rádio que os eleitores experimentassem essa busca. Mas a tendência se alterou em um suposto atentado contra o candidato do PRTB em um comício na zona leste de São Paulo. Às 15h18m, a equipe de Marçal acionou a Polícia Militar e relatou a presença de um “homem armado”, que teria ameaçado o candidato e fugido em um carro após ser abordado por seguranças. Marçal chegou a vestir um colete à prova de balas. Após o episódio vir à tona, o interesse pela ligação entre Marçal e o PCC caiu segundo dados do Google Trends, e a pesquisa sobre o atentado subiu. No entanto, como revelou o portal Metrópoles, o candidato não mencionou nenhuma arma no boletim de ocorrência registrado no Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa. (Globo)

Chamam atenção doações de R$ 25 mil à campanha de Pablo Marçal na corrida pela prefeitura de São Paulo. Uma das doações nesse valor é de Danecleide Claudia da Silva, que constava na lista de pessoas que receberam auxílio-aluguel até março de 2022 e morava no Jardim Lidiane, favela na zona norte da cidade, quando foi selecionada como beneficiária de um conjunto habitacional. Apenas três pessoas doaram valores mais altos que Danecleide. Outro doador do mesmo valor, Vitor Augusto Ferreira Alonso fez um Pix no último dia 25, dois dias antes de Danecleide. Ele recebeu auxílio emergencial na pandemia de R$ 4.200. Marçal já foi alvo de uma operação da Polícia Federal, em julho do ano passado, sob suspeita de falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e apropriação indébita nas eleições de 2022, quando foi pré-candidato à Presidência da República e candidato a deputado federal, mas acabou tendo o registro indeferido pela Justiça Eleitoral. Nesta eleição, ele já recebeu R$ 1,28 milhão em doações de pessoas físicas. A lei eleitoral determina que doações de pessoas físicas não podem ultrapassar 10% dos rendimentos brutos do doador no ano anterior à eleição. (Folha)

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, apresentou sua renúncia nesta quarta-feira, em meio a um momento delicado no país, com as forças russas avançando no leste e intensificando os ataques a cidades, incluindo um recente ataque em Lviv que deixou sete mortos.

Pode ser criada uma brecha na Lei da Ficha Limpa que beneficie políticos como o ex-presidente Jair Bolsonaro. Por ora, o Senado adiou a votação do projeto de lei que altera regras de inelegibilidade de políticos condenados, mas o assunto voltará à pauta. O adiamento é uma estratégia do relator, senador Weverton Rocha (PDT-MA), para evitar uma derrota diante da resistência do PT e do MDB, que consideram a proposta inconstitucional. O líder do PL, senador Carlos Portinho, do Rio de Janeiro, afirmou que o texto pretende consertar abusos do Judiciário. O senador Sergio Moro (União Brasil-PR) concorda que “a Lei da Ficha Limpa tem pontuais injustiças” e que “esse projeto corrige várias” delas. (Folha)